Mãos

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Por que todas as mãos escrevem e desenham o amor, todas as bocas falam, gritam e cantam, mas poucos corações vivem ele verdadeiramente?

Porventura, todos os caminhos por quais trilhamos estão traçados na palma das nossas mãos, e, quiçá, marcados nas calçadas invisíveis do espaço que se cruzam e por vezes se entrelaçam em tantas outras. Num emaranhado algumas dão nós, outras se tornam laços, feitos e desfeitos.

"Duas coisas não se escondem: a velhice pelas mãos e o amor pelos olhos."

Por trás de vidraças
te pressinto
e em eco escuto tua voz
- onde as mãos
dize-me
que um encontro tenho
marcado
com tua sombra.
Como buscar-te
se os relógios ficaram sem memória
e num tempo indiviso estou
perdida..."

Tenho muitos homens aos meus pés, entretanto não possuo nenhum em minhas mãos

Quando uma história de amor não é escrita a quatro mãos, o próprio enredo diz que amor não correspondido é amor não merecido. É amor que não merece verso, nem poesia. E, às vezes, a vida grita, mas não ouvimos o seu som esclarecedor, porque ainda estamos fora de sintonia. E uma história sem sinergia deixa de ser um verso de amor para se transformar na palavra perdida no meio do caos.

Todos os homens fazem cavernas de sombras para os olhos,
Com chapéus e mãos, órbitas, pestanas, testas,
Para as delicadas pupilas ousarem olhar para a Luz.

Nas terras do norte também, onde a luz não tem sombra,
O homem ergue a mão para proteger a vista;
É coisa que já vi fazerem no luar forte.

Diante de qualquer clarão muito forte, essa mão vigente
Corre ao seu posto, fazendo um escuro;
Como os do gato, os olhos do homem ficam grandes e suaves de noite.

São olhos novos, ainda não habituados a ver.
Absorvendo facetas, individuais,
Ainda sem habilidade para os usarem redondos e certos.

Pensem: animais de quatro nós éramos, baixos,
Com o olhar horizontal bem guardado
Daquela claridade vibrante, chamejante de arder os olhos.

Porém tinha de vir esse dia inevitável:
Um animalzinho valente ergueu a pata ao galho,
Puxou-se para cima - e cambaleou à sua altura.

Nossos bebês humanos nos mostraram como foi.
Eles escalam; nós, vigilantes,
Deixamos que aprendam a loucura de seu susto.

Naquela primeira aventura, a luz desceu em saudação,
De igual a igual, um faiscar na mente,
E o animal pensou ser "anjo" - como bem podíamos.

Uma pata, livre da terra, agarrava-se ao galho liso;
A outra, liberta, esperava, enquanto os olhos
Erguiam-se afinal ás aves e nuvens voando.

E assim ele se equilibrou ali, um animal de pé.
E o anjo, poupando o que ele mal ganhara,
Levantou aquela mão inerte para proteger sua vista,
Naquele gesto mais comum que é feito.
O homem não pode olhar diretamente para o sol.
(Roteiro para um passeio ao inferno)

Doris Lessing
Roteiro para um passeio ao inferno

A gente nasce rascunho e vira obra original nas mãos de Deus.

Os meus olhos não te vêm
A minha boca não te beija
As minhas mãos não te tocam
Mas meu coração consegue te sentir

Destino? Seria comodismo demais de minha parte entregar minha FELICIDADE nas mãos dele...

"Suas mãos soam, você gagueja na presença dele(a). Ri de tudo que ele(a) fala, mesmo não tendo graça. Isso não é amar. Amar é muito pior que isso.".

Eu aprendi que o amor é muito mais que andar de mãos dadas.

Dispostos


Case-se com a saudade
Que eu me caso com a solidão
E as nossas mãos
Descomprometidas
Com as vaidades dos nossos mundos
Se encontrarão
E será o que houver de ser
Nem a solidão fará parte de mim
Nem a saudade terá gosto em você.

Só numa multidão de amores

Eles não estavam trocando juras de amor, não andavam de mãos dadas, nem se chamavam por nomes infantis. Não tinha pieguice romântica ali. Mas foi a cena mais doce que eu vi: dois olhares se encontrando. Não só se encontrando: se confortando, se sabendo, se completando. Eu notei que eles eram algo além de amigos, que se desejavam e se protegiam, e foi só pela cumplicidade dos olhos, que deixavam de ser dois e se enlaçavam quatro.

Eu quis então ter um olhar pra mim. Não alguém pra chamar de meu, como diz o clichê, como grita a conveniência, mas um olhar que fosse meu por puro encaixe. Foi um pouco de inveja, talvez. Eu soube naquelas duas pessoas que elas não se sentiam sozinhas ou perdidas. Que mesmo depois de um dia cheio e chato, tinham uma certeza de carinho. E eu quis. Quis algo além da rotina do trabalho e gente fabricada com seus narizes perfeitos e cabelos penteados. Quis algo certo como o frio na barriga e a respiração travada, o coração esquecendo de bater. Quis algo errado que me fizesse bem só por escapar do caminho óbvio de toda noite. Uma espera no fim do dia, sabe? Essa espera. Não a espera de uma vida toda sem saber o que buscar pra ser feliz. Só sair do dia igual pra ter uma noite diferente. E tornar esse diferente comum só porque é bom estar perto.

Todo o amor que eu sufoquei por excesso de razão agora grita, escapa, transborda. Estou só numa multidão de amores, assim como Dylan Thomas, assim como Maysa, assim como milhões de pessoas; assim como a multidão de amores está só, em si. Demonstro minha fragilidade, meu desamparo. Eu não procuro alguém pra pentencer e ter posse, só quero uma fonte segura de amor que não dependa das obrigações, das falas decoradas, dos scripts prontos. Eu sei que eu abri mão de várias oportunidades. Sei que fiz pouco caso do amor que me entregaram de maneira pura e gratuita, só porque eu achava que podia encontrar coisa melhor. Se as pessoas estão sempre indo e vindo, eu só queria alguém minimamente eterno em sua duração, que me fizesse parar de achar normal essa história de perder as pessoas pela vida.

Vou embora querendo alguém que me diga pra ficar. Estou sempre de partida, malas feitas, portas trancadas, chave em punho. No fundo eu quero dizer "Me impede de ir. Fica parado na minha frente e fala que eu tenho lugar por aqui, que não preciso abandonar tudo cada vez que a solidão me derruba. Me ajuda a levar a vida menos a sério, porque é só vida, afinal." E acabo calada, porque não faz sentido dizer tudo isso sem ter pra quem.

Eu não quero viver como se sobrevivesse a cada dia que passo sozinha. Não quero andar como se procurasse meu complemento em cada olhar vago. Eu acho que mereço mais que isso por tudo o que eu sei que posso fazer por alguém. E fico só esperando, na surpresa do dia que eu desencanar de esperar, um par de olhos que me faça ficar sem nenhuma palavra, nada além de dois olhos se enlaçando quatro. Nessa multidão de amores, sozinho é aquele que não espera.

Ele colocou as duas mãos na cabeça e sacudiu os cabelos. Ou seriam os pensamentos?

A riqueza só é riqueza quando está nas mãos dos que temem ao Senhor e respeita primeiramente as leis divinas.

Eu ainda vou morder a sua boca, eu ainda vou sair na rua contigo de mãos dadas e te apresentar como meu namorado. Eu ainda vou brigar contigo por causa de besteira e você vai me calar com um beijo, eu ainda vou ser sua e você meu. Tenho tanta certeza disso quanto tenho que um dia ainda vou deixar de ser boba e vou parar de sonhar e imaginar besteira.

Carolina

Era uma morena de olhos verdes. Tinha mãos delicadas e era um pouco baixa. Não tinha um belo sorriso, mas era simpática. Tinha o olhar sério como se carregasse o ódio do mundo inteiro dentro de si. Cabelos cacheados apenas nas pontas. Usava óculos e tinha o nariz meio curvado. Roía unhas e se achava um pouco acima de peso. Nem de longe era a mulher mais linda do mundo, nem de longe parecia um princesa, mas tinha curvas que era impossível de não se notar. Quando a conheci naquele fim de tarde, ela estava completamente sozinha. Tinha lágrimas nos olhos, eu a segurei em meus braços e afastei toda a dor. Compreendi e entendi seus erros. ELA ME MUDOU. Carolina era diferente das outras garotas de dezessete anos, tudo era um motivo para ser feliz. Ela acreditava demais nas pessoas. Queria mudar o mundo. Se revoltava com injustiças e se emocionava com simples gestos de amor. Ah, o amor...
O amor era seu alimento, sua fonte de energia, seu porto seguro, seu chão, seu tudo. Foi feita por amor apara o amor. Carolina não era de ferro nem de aço, mas era garota diferente, um ser humano especial, uma mulher maravilha, uma super-heroína, um menina cheia de erros bonitos.

Quero.

Em minhas mãos quero
Guardar o calor do teu corpo.

Em cada pedacinho da minha boca
Quero guardar o gosto quente dos seus beijos.

Da sua respiração ofegante quero guardar
O momento exato do teu prazer.

E de cada palavra que foi dita
Quero fazer versos que falem de nós.

E quando tudo isso acabar
Quero descansar do meu cansaço
Em teu leito perfumado pelo cheiro do nosso amor
E me deixar vencer pelo sono da paz
Misturado à satisfação até que a paixão
Desperte-nos outra vez.

Se grande parte da terra estivesse nas mãos
de pessoas como meu pai,
o destino do planeta seria outro.
RisoNeves

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