Manha Maravilhosa
Pela manhã tens poesia
és habitação de pequenos
o vento é presença invisível
tempo de lábios fieis
o sopro de Deus!
É tumulo aberto
aos impios.
*Fases*
Lembro das risadas e jogos que a gente fazia
Chegava de manhã e ia embora no final do dia
Virava a madrugada, a gente não dormia
mas no silêncio dá saudade eu sei que você sentia
E de repente uma decisão
Fez desmoronar todo o nosso mundão
Acabou a diversão, acabou, o que eu faço?
Se era você o exemplo que eu seguia os passos
E então os laços que formamos se partiram
Mas cê deixou sua marca no meu coração
Não é a toa que eu me lembro do seu sorriso
Da rua escura, e dos nossos velhos amigos
E eu pisquei em 2024
Ano novo era amanhã e você, como cê tava?
Já fazia uns meses que não me respondia
Mas no fundo eu sabia que a culpa não era minha
E cadê você, hein? Tá vivendo sua vida?
Ainda bem, amigo, isso era tudo que eu queria
Mesmo distante por tempo e também por ousadia
Isso era tudo que eu queria
Só peço que cê sempre lembre
Do meu rosto e do abraço
Que eu te dei naquele dia
De amor, o último ato...
(Fortemente inspirado na música "máquina do tempo" do Yun Li)
"Nem todos estão prontos para apreciar a brisa da manhã ou agradecer pelo calor do sol, mesmo em um dia agradável. Não há culpados, apenas o peso da vida, que nos pressiona com as cobranças das nossas próprias escolhas."
Um Dia Todos Seremos Memórias!
Autor: Igidio Garra®
Era uma manhã de outono, daquelas em que o vento sussurra segredos entre as folhas douradas e o sol parece hesitar antes de aquecer a terra. Clarilda, uma mulher de cabelos grisalhos e olhos que carregavam o peso de muitas histórias, sentou-se no banco de madeira no quintal.
Em suas mãos, um álbum de fotos amarelado, cujas bordas denunciavam o passar dos anos.
Ela o abriu com cuidado, como quem manuseia um tesouro frágil, e deixou que as lembranças a envolvessem.
A primeira foto mostrava um piquenique à beira do rio.
Lá estavam ela, ainda jovem, rindo ao lado de Pedrusko, seu marido, enquanto os filhos, Ania e Jony, corriam atrás de uma bola desajeitada.
O cheiro de grama molhada e o som das gargalhadas pareciam saltar da imagem, tão vivos que Clarilda quase podia tocá-los.
"Éramos tão felizes", murmurou, um sorriso tímido desenhando-se em seu rosto enrugado.
Folheou mais algumas páginas. Havia o dia do casamento de Ania, com seu vestido branco esvoaçante, e a formatura de Jony, o orgulho estampado em seu olhar.
Mas também havia silêncios nas fotos que não estavam ali: os dias de despedida, as lágrimas que não foram capturadas, os momentos em que a vida insistiu em seguir, mesmo quando o coração pedia uma pausa.
Clarilda fechou o álbum e olhou para o horizonte.
O vento trouxe o aroma das flores que plantara com Pedrusko, décadas atrás.
Ele se fora há dez anos, mas as flores continuavam a brotar, teimosas, como se carregassem um pedaço dele. Ania e Jony, agora adultos, viviam suas próprias vidas, distantes, com filhos que mal conheciam a avó.
E Clarilda sabia: um dia, ela também seria apenas uma memória, uma foto desbotada em um álbum que alguém, talvez, abriria com o mesmo carinho.
Levantou-se devagar, apoiando-se na bengala, e caminhou até a árvore onde Pedrusko gravara suas iniciais 70 anos antes.
Passou os dedos sobre as letras tortas – "C & P" – e sentiu uma paz estranha.
"Um dia", pensou, "todos seremos memórias. Mas, enquanto houver alguém para lembrar, ainda estaremos aqui."
O sol finalmente venceu a timidez e banhou o quintal em luz.
Clarilda voltou para casa, o álbum sob o braço, carregando o peso e a beleza de saber que a vida, no fim, é feita de instantes que ecoam além de nós em nossas memórias e de quem nos suceder!
No céu, nesta manhã, um recado:
um arco-íris, suave e encantado.
É da chuva que nasce a dança...
e quem disse que, após a tempestade,
não há esperança?
Você chegou como aquela brisa suave da manhã em um domingo tranquilo;
Trazendo consigo tudo o que há de mais belo na vida, me apresentou um lado do mundo que eu ainda não conhecia.
Mostrou-me poemas, livros — daqueles que cativam e trazem paz à alma.
Trouxe Maria Bethânia, com suas letras apaixonantes, cheias de desejo e euforia;
Chico Buarque, com seu amor lírico e suas críticas tão eloquentes.
Me apresentou à cultura, ao amor — e ao quanto ele pode ser belo.
E, junto com tudo isso, trouxe você: feito de música, poesia, textos e sentimentos.
Entrou no meu coração aos poucos, como quem não quer nada…
E, de repente, se foi.
Deixando para trás apenas tudo de bom que pôde me entregar.
5 da manhã
Ao longo do tempo ela repetiu por vários anos a mesma cena de um acontecimento que a mudou completamente vinha de um amor que não valeu apena ter encontrado nem nessa vida nem nas próximas, enquanto o coração se partia e as lágrimas corriam ela não acreditava no que ela tava revivendo, ele era como uma brisa da manhã na vida dela a calmaria que ela buscava, ela cuidou tanto dessa rosa com Tanto carinho que ela tinha medo de machuca-la e ela murchar que fez de tudo para regala, mais a rosa usou seus espinhos para feri-la, a dona que tanto cuidou e amou ele, na quele dia em diante ela começou a ter medo da rosa pois ela usou suas fraquezas contra ela, fraquezas que ela compartilhou apenas a rosa e ela usou o que ela tanto escondia contra a dona da rosa e aos poucos ela parou de acreditar e confiar na rosa. E a cena que se repetiu a fez repensar sobre o pq ela deveria cuidar e regar a rosa novamente. O amor seria suficiente para curar? Apenas o tempo dirá se valeu a pena realmente cuidar da rosa.
Meu sorriso é uma maquiagem que esconde marcas do dia a dia, e que a cada manhã coloco em meu rosto.
Valorize os pequenos momentos da vida: um café da manha bem preparado com amor. Uma boa limpeza na casa. Uma louça elegante para sua família. Uma receita feita por você. Os dias passam e tudo que você conquistou jamais será mais lembrado do que os pequenos e grandes momentos de carinho e afeto que você construiu ao longo da vida ao lado das pessoas que ama. ❤
DIA DE FRIO NO CERRADO (soneto)
A manhã de nevoa branca e fria
num úmido dia, e tão invernado
em maio nas bandas do cerrado
embrulhado pela geada ventania
Ruflante folha, em triste romaria
e a garoa, em um tom enxarcado
num bale, do inverno anunciado:
faz frio, frio que frio no frio viria
Arfa no peito este frio ardente
achega no cobertor cavaleiro
é frio que sente, e mais sente
Vergado, olhar gelado, cordeiro
ó dia de frio no cerrado, gente
escasso ao sertanejo costumeiro!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 maio, 2025, 169’29” – Araguari, MG
Frente fria
O universo não me gosta, me destrói
Saí com meu carro numa linda manhã de domingo
Alí, num caloroso sol eu fui atormentado
Parecia uma revolução, uma revolução dos bichos
Cães, veados, um URSO, tudo isso na via que eu vinha
Quando pensei ter desviado de tudo, me surpreendo mais uma vez
A 4° praga do Egito no meu parabrisa, era como um ataque feroz, golpes fugazes
No momento que paro meu veículo, tomo minha atenção para outra coisa;
Meu tanque estava vazio.
Nesta manhã ensolarada
Estou sem norte
Atirado à sorte
Estou aqui
Não sei se devia estar
Mas estou...
Cambaleando nesta estrada
Mas vou seguindo a jornada
Com paladar áspero
Apavorado...
Com o corpo suado
E cansado
Me atiro aos prantos
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