Machado e Juca Luiz Antonio Aguiar

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Desencontros


Distância da ânsia
De encontrar os sinais que deixaste
Somos ausência de encontros
Somos conexões perdidas
Nos mares navegados
Das maresias das sensações.

Abraçar


Abracei os laços
Partes de nós
Busquei refazer caminhos
Atirado das amarras impostas
Pelas cicatrizes que deixaste.

Partirei

Partirei em passos silenciados
Abraçados do momentos
Reinventando das intensidade dos nossos rastros
Será um tempo insubstituível.

Kaike Machado

Bilhetes


Beleza da intensidade
Levo cada palavra
Horizonte fascinante
Envolvido das tendências
Da entrega singular
Nos bilhetes escritos.

Maresias


Mar de aventuras
Abraça a reciprocidade de atos
Entregue da singularidade
Intensidade dos gestos
Simplicidade do demonstrar.

Caminhos Em Passos


Caminho abraçando as maravilhas
Intensa do norte, Conexões dos nossos encontros.
Turbulências caótica
Pulsar envolvente de cada dia
Procura entre nós
Atitude singular
Simplicidade onde por ser.

Mar de Maresias


Dos nossos atos
Somos ecos de turbilhões de sensações
Mostra teu jeito singular
Intensidade cativante
Sabe envolver a ponto de faltar o ar.

Invenção


Ilusões do navegar sem destino
Viver essa energia do desconhecido
Extensão de mares revoltados
Vastidão das sensações
Laços intensamente marcados
Por nossos encontros diante das maresias.

Conexões perdidas


Compasso onde é necessário
Estar a passos da distância
Preencho em direções
Reinventado em demasiadas
As intensidade das sensações
Amplitude do Mar
Singularidade do meu navegar.

Seu amor é uma mentira


Sinuosa maneira de agir
Estar a passos largos
Atiradas em falas
Mostra opaco vestígios.

Cartas


Caos de sentimentos
Atirados em restos
Torturas de amar
Seco demonstrar
Por isso digo
"Cartas de amor são ridículas"

A hora do despertar


É natural ao ser humano relutar diante da experiência do luto, ainda que saiba, em sua consciência mais íntima, que tudo aqui é passageiro e nada é permanente. Há, porém, uma audácia silenciosa: a crença de que jamais irá partir, mesmo sabendo que cada um chega ao mundo com os dias contados.

A vida, sendo viagem de experiências (maduras ou infantis), passa sempre.

Ao desembarcar na estação da existência, o homem deixa para trás entes que sofrem com sua partida e, antes mesmo de chegar, muitos já anseiam pelo seu retorno à casa primeira.

Ao despertar do sono letárgico do período gestacional, o homem chora ao nascer: choro de socorro diante do novo. Contou cada fase para essa oportunidade, mas, ainda assim, sofre o medo de enfrentar o desconhecido: outra vida, outro tempo, outra história.

Assim como o nascimento, a morte pode ser dolorosa, sobretudo para aquele que se acostumou ao corpo material que lhe foi emprestado. Esqueceu-se das responsabilidades assumidas outrora, por livre escolha, ciente do livre-arbítrio de que desfrutaria nesta passagem.

Muitas vezes, o homem se permite a ilusão de ser seu próprio deus, entregando-se às coisas efêmeras e acreditando que detém o controle, sobretudo do seu próprio corpo e mente, jogando- se integralmente às trivialidades materiais. Porém, na hora do retorno à estação primeira, perde-se em descontentamento, arrependendo-se de ter lançado fatias da própria existência ao vento. E, como criança, o velho chora ao perceber que a única coisa que já não possui é tempo para recomeçar, reconstruir, reviver ou corrigir a rota.

Para que a vida não lhe soe como um fardo pesado, é necessário reconhecer, antes de tudo, seu próprio eu e as atribuições assumidas em tempos pretéritos. Pois todo aquele que escolhe retornar à vida jamais estará isento de, um dia, experimentar a morte.

Mari Machado

⁠Textura


Toque envolvido
Das amarras e intensidade
Turbulências das sensações
Reinventar da amplitude
Do nosso sentir.

A melhora antes da morte nunca me foi compreendida, de fato.
Hoje eu entendo, em vários sentidos isso se encaixa,
eu fico pensando, e esse pensamento se repete e repete na minha mente, tem pessoas que realmente não nasceram para o amor, ou são apenas escolhas feitas de forma errada?


Não tenho as respostas, talvez nunca as terei, mas eu sei que dói, e como...

Pra você


Pulsar do nosso amar
Vida onde conecta
Sensações diárias
Da entrega dos detalhes
De amar a cada navegar.

Olhos enferrujados

Há quem pense e acredite piamente que o passado é roupa que se deve customizar: com remendos, bordados e até estilização em pérolas.

Não! O passado não foi sequer estação, quiçá abrigo. Lá, onde mora a tua memória hoje, é apenas lembrança do que restou do teu velho eu, deteriorado pela frustração de ter acreditado que tudo dura para sempre.

Das ruínas da tua carne — efêmera e cruel por te fazer acreditar na formosura material e na ferrugem do ouro que fez brilhar os teus olhos, hoje cansados de esperar —, iludidos com a beleza que te acariciava como quem te quisesse bem.

Tempo, senhor das descobertas que, durante um longo período, foram encobertas pelo teu ego, teu medo e a tua vilania — que até hoje insiste em acreditar e se perder nas ilusões da matéria.

Mari Machado

Não! O passado não foi sequer estação, quiçá abrigo. Lá, onde mora a tua memória hoje, é apenas lembrança do que restou do teu velho eu, deteriorado pela frustração de ter acreditado que tudo dura para sempre.

Mari Machado

A vida é essa efeméride que habita o tempo: frágil, breve, mas intensa o suficiente para nos atravessar.
É uma matéria que se molda às estações que cada um vive: ora floresce, ora cai em silêncio, ora amadurece para depois se desfazer no vento.

O que hoje é lembrança, ontem foi presença — carne, gesto, instante que respirava conosco.
E o que amanhã será apenas um vulto, talvez não passe de um eco dos sentimentos que deixamos escorrer pelos dedos, ressentidos por não termos aproveitado as oportunidades presentes que a existência, generosa e impermanente, nos ofereceu.

A vida é assim:
um convite que se renova,
um aviso que sussurra,
um tempo que não volta,
mas que insiste em ensinar.
Ensinar a amar.
Amar com profundidade.

—“De volta para minha casa.”

Fundi com a Poesia


Face única
Natureza da minha intensidade
Condução das minhas palavras
Horizonte do meu existir
Singularidade dos instantes
Abraços dos atos conectados.

Conexões


Caótica conexões
Norte empolgante das ligações
Ponto de cada partida
Fascina meu navegar
Espero um dia sentir a conexão
Do teu toque, o desejo de onde quero chegar.