Machado e Juca Luiz Antonio Aguiar

⁠Não pensei antes de fazer
Fui lá e fiz
Fiz, porque gosto
Fiz, porque quis

E faria denovo
Não me arrependo
Não fiz por mal
Fiz por amor
Amor a mim
Aos meus desejos
Que são só meus
De mais ninguém

Não pensei antes de fazer
Nem antes de agir
Fui lá e fiz

Você entrava no meu banho
Eu acordava do seu lado
E as minhas vontades
Gritavam alto

Tentei fugir, você não quis
Eu disse não, mas não ouviu
Você sabia que eu queria
Me segurava e eu tremia

Era o nosso segredo
Passei a te querer todo dia
Era meu vicio diário
Lá dentro do nosso armário.

⁠Sozinho
Em meu quarto
Trancado

Minha casa
Minhas plantas
Minhas contas
A pagar

Sem sono
Sem ânimo
Da vida
Dos dias
Do ano
Que vem

O que há de vir?
O que Deus tem pra mim?
Quero energias boas,
Quero conhecer pessoas

O que é de mim
Faz parte de mim
Quero acreditar de novo
Acreditar no novo

Eu vou tentar
Não vou parar
De lutar
E acreditar de novo

E de novo..

E de novo ..

E de novo ..

⁠O meu combustível pra continuar
Jesus é a calmaria, o aconchego dos meus dias
O meu alicerce pra não desistir
Não tá sendo fácil aqui, mas eu tenho que seguir

⁠Tem dias que o peito aperta
Tem dias que o fardo pesa
Nem que fosse arrastando
Eu não volto pra trás
Fica aqui comigo e não sai mais

⁠És o meu alívio
A força e o ânimo que eu necessito pra prosseguir
Se eu não desisti o motivo é porque sempre esteve aqui
Nos piores momentos dizendo que nunca desiste de mim
Pra onde eu irei se o que eu preciso só encontro em Ti?

⁠A semente do ódio é irrigada
Com as lágrimas da falta de amor
E a cura que há pra nossa dor
Não é rara nem cara quando dada
Vejo massa aos montes preparada
Pra alimento mostrando-se incapaz
De aplacar o necessitar voraz
Que se espalha da elite ao submundo
Quatro fomes se espalham pelo mundo:
A de pão, de amor, saúde e paz!


Glosa: Eliézer Aguiar
Mote: Cidoval Morais

⁠Eu não encaro de frente
A saudade que carrego
Tampouco sou um descrente
No oceano em que navego
Mas é duro acreditar
Que algo vai transformar
Essa minha nostalgia
Pois não há diapasão
Pra afinar meu violão
À música de alforria.

⁠Sou como a chuva, que desce pelas montanhas mais altas, que entranha pelas encostas em direção aos vales;

Sou como o pequeno riacho, que corre pelos caminhos mais profundos;

Sou como a força impetuosa das correntes, que desce para encontrar o mar.

⁠Quando você se incomodar com a escolha ou opção da outra pessoa... O idiota é você

Quando você taxar uma pessoa pela sua escolha... O idiota é você

Quando você tentar suprimir a ideia do outro com sua imposição... O idiota é você

⁠Vida corriqueira...
Num colapso existencial,
Uma tragédia de uma vida intempérie
Porque não amou?
- não tive tempo
Porque não iluminou?
- fiquei sem tempo
No que tornou-se importante?
- fiz bolhas de sabão e, estas por sua vez o vento as levou...
E quando tudo acabou, o adeus ficou!
Viveu?
- também não tive tempo!
Então, o que fez?
- Existi. Apenas isso.

⁠Faço das circunstâncias um combustível para que eu cresça em resiliência. Não existe sofrimento, mas aprendizado. Enquanto houver raízes, vou brotar e evoluir.

⁠eu sou uma planta crescida!
Eu já fui uma plantinha. Uma singela plantinha...
Quando os seres que deviam cuidar de mim foram embora me tornei sequidão, quase morri.
Nos dias ensolarados, o sol foi em demasia, quase me torrou, mas eu resisti.
Foi então que houve chuva... Eu precisava, eu estava seco.
Nunca flori, talvez porque nem todas as plantas florem.
Eu cresci, sem folhas em alguns galhos, mas cresci.
Não dei mudas, isto é, até o momento, talvez porque o tempo ainda não chegou.
Quando o período certo ocorrer ou quando eu for enxertado espero que a outra parte de mim possamos então juntos florir e darmos mudas, belas mudas.

⁠Sei que as vezes as coisas ruins acontecem com a gente... mas pq sempre quando as coisas estão melhorando? Deus me dê forças pra superar essa fase...

⁠PSICANÁLISE

É preciso ser analisado
Para ser superado
Para ser investigado
Para não ser neurótico
Para não somatizar (...)

⁠e uma sala vazia fica cheia quando você está
por que você é inteiro
até em p e d a ç o s.

⁠Avós são livros de história borrados, recheados de histórias que nunca serão contadas.

⁠Gato que pula e não mede o tombo, se arrebenta.

Quando a gente sai da nossa essência, quando a gente sai do nosso eu, de quem a gente gostaria de ser ou de quem a gente é, a gente não tem como ficar feliz. Porque a gente se perde.

Eu vejo que essa temporada é muito diferente das outras, porque não acontece nada!

A gente age aqui dentro com as nossas vivências e experiências lá de fora. Não tem como a gente agir com algo que a gente não tem dentro da gente. Ou com algo que a gente não viveu.