Machado e Juca Luiz Antonio Aguiar
Nenhum outro momento
Será suave como este momento deve ser
Perfeito como o luar
Perturbado igual ao mar
Ilusório como eu e você
Por mais que eles não existam
É assim que gosto de pensar
Eu e Você
Únicos
Como em nenhum outro momento
No encontro de uma Constante - Outro momento
Se tudo tiver que acabar
Se o motivo é o orgulho
Se sua felicidade depende tanto de mantê-lo
Então não me aproximarei
Cortarei a noite em silêncio
Procurando um caminho
Não para casa, mas algum lugar, onde minha culpa
Seja um pouco mais inocente
E meu orgulho será saber
Que apesar de todos os muros
Eu lutei, enquanto acreditei
E mesmo acreditando
O melhor é partir
Porque há coisas que o orgulho
Impede de reconstruir
No encontro de uma Constante - Orgulho
Chegar perto é perigoso
E o único machucado
É perceber o vazio
E agir sem pensar
Ver que quem quer partir sou eu
Eu não sei dizer adeus
Não quero partir
Um obrigado é muito pouco
E sem querer estou partindo
De todos
De tudo
No encontro de uma Constante - Sem querer partir
Há tantos medos
Tanto amor em acreditar
Que tudo pode mudar
Que o agora de hoje é diferente do de ontem
Sempre vi em seu olhar
O desejo de fé
De querer ir além
Mesmo que não saiba da importância
De todas as verdades
Agora o que importa é isso
Não trair a mim
E deixá-la partir
No encontro de uma Constante - Agora
Quem, além da sua voz fará perceber
Que nosso tempo acabou
Que não é preciso insistir
Mesmo sendo você
Aquela que jurei amar
Tudo irá embora
Junto com o vento
No encontro de uma Constante - Ao vento
Existe um sentimento que me faz falta
Aquele de cuidar mais de mim
De dançar na minha própria festa
De fazer diferença em todos os meus momentos
Sempre espero em vão que alguém vá entender
Ter um pouco de compreensão
Que esse desejo ainda machuca, mas não contém dor
Não vou traduzir esses momentos
É tão claro, tão calmo
Que não quero apressar
Apenas vou embora
Essa dor já não me machuca
No encontro de uma Constante - Vontade sem desejo
Como na natureza cada formiga, cada abelha tem sua função e com os homens por mais que queiram mudar, cada um nasce para uma função.
O Cinema Silencioso
de Sylvio Panza
Na época do cinema mudo e preto e branco os diretores e atores, assim como todos os envolvidos na produção de um filme, tinham que superar estas deficiências técnicas para conseguir transmitir emoções ao público.
Sem tecnologia para captar as vozes dos atores e os sons do ambiente, muito menos sincronizar uma dublagem, as filmagens recorriam ao uso de legendas que se tornaram marca registrada daquela época. Algumas salas colocavam um pianista para, conforme a sua habilidade, sincronizar melodias e sons ao andamento da história.
As maquiagens e figurinos também tinham que considerar os tons de cinza, o preto e o branco no resultado final das filmagens. Já os atores precisavam atuar como mímicos, o que tornava ainda mais complexa a arte de contracenar. As sequências dos roteiros, por sua vez, tinham a missão de cadenciar o ritmo da história para não deixá-la monótona e manter o interesse da plateia.
É verdade que exisitiam, como era de se esperar com tantas dificuldades, filmes de péssima qualidade também naquela época. Mas grandes obras primas foram produzidas e são referências até os dias de hoje.
Os grandes atores e filmes desta época do cinema em preto e branco podem nos inspirar, em qualquer área de atuação, na tentativa de aproveitarmos toda a tecnologia que dispomos com os mesmos cuidados, técnicas, arte e garra daqueles que não dispunham de tantos recursos e criavam obras maravilhosas.
No encontro de uma Constante - Suma com as perguntas (trecho)
Quando eu te vejo
Todas aquelas respostas
Permanecem sem perguntas.
E quando a escuridão pousar em você
Sinta que estarei por perto
Mesmo não sendo o ideal
Serei a chuva que eliminará sua dor
A parte imperfeita que
Completará o quebra-cabeça
Que alguém ainda irá criar.
Desde o início
Planejávamos o final
Desde o início eu era uma resposta à deriva
Esperando que uma pergunta sua me completasse.
No encontro de uma Constante - Apenas eu olhando (trecho)
O início, um doce início
Onde queria apenas olhar para você
Ficando iludindo, não vendo nada
Nada além de um brilho que nunca foi seu
Não há mais dúvidas
De alguma forma é preciso ficar preso
Preso para não ir
Pois não há mais liberdade no seu mundo
No encontro de uma Constante - Apenas obrigado (trecho)
Apenas obrigado, é apenas isso que preciso ouvir
Saber que fiz algo certo
E quando ouço, é quando percebo
Vejo que há para onde fugir
Fugir para um lugar onde há uma realidade
Fatos que sejam melhores que minha imaginação
E mais real que o momento de agora
Não sei
Não lembro
Mas obrigado
Obrigado por fazer mais do que imagina
No encontro de uma Constante - O propósito disso tudo (trecho)
Pergunto-me, se você se pergunta
Mesmo elaborando respostas
Nunca irão ter suas perguntas
Não há acaso, nunca houve
Aquele dia à tarde foi uma brincadeira do destino
Em unir o que não pode ser unido
Quando me falou, que não sabia o porquê de estar ali
Eu logo soube que era uma brincadeira do destino.
