Machado de Assis Poema Pai Contra Mae
O LOUCO
Louco que louco
Que sabedes das suas demências
Talvez não seja louco
Ou talvez seja
Mas o louco que louco
Que se presume sapiente
Tende mesmo a ser louco
Puro demente!
FINGE
Fascínio libertino
De querenças e prazeres
Amasso e lambança
Tons desatinados de amores
Que amor que loucura
Que desejo que frescura
Finge,
Toques profundos e ardentes
Em mantos e prantos de prazeres.
BANCOS e JARDINS
(D'sorroco)
Verdes de Vida
Cruas
Bisbilhotando jovenildade
Aspirando ares da urbe
Passam por min
Amors de toda a parte
Encantam-me e me enamoram
Nestes bancos solitarios sem fim
Amor, o todo do tudo.
(Victor Bhering Drummond)
Isso é o que o amor faz;
Te faz conhecer o claro e o escuro,
A luz e a sombra;
O dia é a noite.
O amor é barroco.
Pequenos fragmentos de luz;
As flores de abril, o florescer da primavera.
O desejo que ninguém viu.
Estrada de prazer,
A folha que cai, a chuva que vem.
O beijo de paz, a fragrância de um dia que já clareou.
Consegue transformar o ribeirão na imensidão do mar
É um lindo lar sempre a acordar.
É divino. Ele é o todo.
E te faz conhecer o tudo
Porque ele é a mais pura liberdade.
(Victor Bhering Drummond)
Vicissitude
Não precisa me dizer
Eu sinto
O calor que embaça
Sob céus vazios
Poluído
Espera aí...
Onde pensa que vai?
Sei que está confuso,
Mas por que não espera um pouco mais?
Não precisa repetir
Eu sei que tarde
A lua te suspendia
Sobre um rio
Sinto muito...
O que te levaria a tanto?
Tão longe assim?
Sozinho
Enfim.
MINHAS DECISÕES
Minhas decisões
Acertadas ou não
Sangraram
Rasgaram a carne
Quebraram a casca
Minhas decisões
Acertadas ou não
Fizeram-me sentir
A dor das metamorfoses
Sem elas eu não sentiria
O frescor do vento nas asas.
DONOS DA VERDADE
Procuro onde mora a normalidade
Quem dita as regras do feio ou esquisito
A quem foi dado o compasso, prumo, régua
Não acho
Se souber, me procure
Quem sabe assim eu me cure
Estarei por aí
Aqui, ali
Nesse mundo confuso
Quem sabe a louca sou eu
Ou você que me lê
Inspiro, respiro, piro
Vida de Navegante
A cabine é teu lugar sagrado
Terra firme já não é o seu lar
Pelo oceano estás apaixonado
Sentido só há no partir e retornar
Vida repleta de tanta aventura
Tiveste prazer com mulheres de todas as cores
Cada qual com sua história e cultura
Deixando em cada porto lágrimas e amores
Como a Estrela Polaris eu queria ser
Para você meu Capitão em mim se encontrar
Mas de ilusão não posso viver
Convicta sou de que serei mais uma a chorar.
Enquanto o navio não parte
Vamos brindar, dançar e sorrir
Atiçar essa chama que em meu peito arde
Armazenando memórias pra minha alma nutrir.
GAIOLAS
Abandonei as gaiolas
Para ganhar os ares
Enxergar novas paisagens
Sentir o vento
Larguei as gaiolas
E para surpresa minha
Escolhi o ninho.
DESATINO
Perdi-me da razão
Não mais lembro do seu rosto
Nem ouço sua voz
O que afirmam ser o certo
Acho errado!
O que ensinam ser errado
Já nem sei!
Perdi a razão!
Se achar não me devolva
Nem diga onde estou
Nessa grande maluquice
É provável que os loucos guardem o último resquício de sanidade.
RECOMEÇOS
Vou seguindo de recomeços
De todas as segundas
De tantos janeiros
Já não sei se sou pedaço
Nem sei se sou inteira
Vou seguindo desse jeito
Sou feita de recomeços.
O amor
O amor é indefinível,
tem nele todo indizível,
difícil de se entender...
Tudo que dele se diga,
é, certamente, plausível,
mas não passa de clichê...
O amor vem de alma pura,
não veste-se de fuga ou medo
é forte tal qual um rochedo
não é doença, ele é cura.
Perene, pra sempre dura,
não divide, multiplica;
não se traduz nem se explica,
em palavras, sua essência,
mas se expressa na evidência
dos gestos de quem o sente...
A cor dos olhos não mente
quando irradia o seu lume;
no amor não cabe o ciúme,
mas sim respeito e lealdade.
O amor traz felicidades,
não a dor nem o sofrimento,
insegurança e tormento,
sentimentos doentios...
Se é amor tem que ser sadio,
ser livre e sem vencimento...
Alma forra
Antes da delicada frieza
era devotado
também de atitudes arrojadas
com a deia em forma de mulher
que me arrebatou...
me fez, do mundo, declinado
um servo, aos seus pés, inclinado
de raios desembestados
que por fim surtou...
fui amante fiel endiabrado
de corpo, dessossegado
fui o louco mais apaixonado
e cativo do amor...
mas hoje sou barco imbicado
dali fui desacorrentado
co'as fenestras do ceticismo
que me alforriou...
Eu quero ficar presente
Na lembrança de quem me importa
Deixar meus bons exemplos ultrapassando gerações
Seguir o meu instinto do que é o bem e o mal
Você sente quando olho com ameaça de fazer
o que penso e que revelo no meu gesto de roer
As minhas unhas com nervoso de emoções ,
na ânsia de sentir o teu perfume e te beber
Direto da tua boca os teus amores de ilusões
Hoje eu sei o que eu espero
Nessa vida o que eu quero
Amores mais e menos bens
E um dia quem sabe ser de alguém
Meu dia amanheceu antes do sol raiar,
no brilho do seu sorriso depois do amor
Foi uma noite de estrelas e de luar...
REMEMBER
Na memória ficou enraizado
o desabrochar da existência:
pela lente com que foram gravados
momentos da adolescência.
Ele não tá nem aí
Então vou aparecer por aqui
Aqui ele vai me notar
No feed nao tem como ignorar
Vai lamber a tela do celular
Vai reprovar na arte de suportar
Minha ausência em consciência
Te vejo amanhã então?
- onde?
-aqui mesmo, no feed
-pq?
-pq só existo ao ser visto aqui
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