Má índole
Sobre alguns assuntos que provocam debates, é interessante observar que são como discutir a boa ou má música, se não for músico nada resta para falar.
Alguns de nós têm o triste hábito de avaliar as pessoas.
Mas, lembremo-nos...
Tomar decisões erradas não faz de você uma pessoa má!!!
Como é sentir que tudo o que você planejou e vislumbrou foi por água abaixo só por causa de uma má interpretação da sua personalidade ? é... Essas e outras perguntas com respostas deixem com Larissa , ela virou Expert nesses assuntos e o pior totalmente sem querer!
Fazer é a ação mais inteligente realizada por uma pessoa, quando despreza a má vontade daqueles que, em algum momento da vida poderiam ter sido úteis.
Sou uma má menina por que não guardo gritos mudos no meu coração...por que sou independente, por que não me incomoda pagar a conta, nem abrir a porta por ele e muito menos levar as flores, sou uma má menina por que não me deixo, não me quebro, sacudo as lágrimas, acomodo o decote e sigo para frente; por isso, sou uma má menina, por que não nasci submissa, calada, quieta e frágil.
Maldades do coração; o transtorno está no coração, ele maquina coisas ruins continuamente, semeando discórdias, seus pensamentos estão sempre maquinando em como praticar o mal, se vingar, causar dano mesmo que por mero prazer leviano.
Não há valores em seu coração, fora tomado pela ira, pelo engano, a língua má e maldade faz parte de seu cotidiano, apressa em causar danos, a maldade dá-lhe as mãos como amiga, em todos seus atos os frutos são dor e sofrimento, este é o rastro de seus passos;
a inveja é sua mãe, pois tudo que seu semelhante possui, rega-lhe os olhos como sangue suga, as palavras que saem de sua boca sempre são: dá, dá, dá, nunca esta satisfeita.
Desprezas o que tens, a insatisfação é seu pai, como vento no moinho levando tudo ao ar, não retém nem mesmo o que lhe é importante, como tola despreza a sabedoria.
Em seu coração acredita estar em vantagem, quanta vaidade de tolice, esquecem que são propriedades de um mesmo senhor, desferindo danos ao próprio dono.
Gente má…
Que pena haver gente tão má em nós;
A viver muito mais que a gente boa;
Daí, por cá nos sentirmos tão sós;
Daí, tanta maldade, em nós entoa!
Que pena morrer tanta gente boa;
Tão primeiro, que essas bestas tão más;
Daí, cá tão nos sentirmos à toa;
Daí por cá tanto faltar a paz!
Que pena, O Criador, a tal permita;
Que pena, O Criador, a tal não ligue;
Que pena, O Criador, a tal deixar!...
Que a de cá, nossa vida mais bonita;
Deste viver, mais cedo se desligue;
Para o viver, dessa tão má; reinar.
Com profunda mágoa;
SORTE (soneto)
Na minha má sorte, a boa é pendente
Eu nunca inferi por que. Não entendia
Nos prados do fado estava ausente
Indaguei a vida por que era. Não sabia
Na quimera do meu dia, fui inocente
De uma tal timidez íntima e correntia
Que o passar do tempo foi em frente
E as venturas pouco tiveram cortesia
E assim, o sonho se fez bem distante
O vario momento me foi um instante
E por eles pouco soube dessuar valor
Sinto, sem, no entanto, ser dissonante
Que se fiquei ou se eu passei avante
O importante é que fui e serei amor...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano
A UM TRISTE (soneto)
O meu destino é talvez a do azar
Jurando as venturas... de maneira
Que com o acaso se possa sonhar.
Vidas de má sorte várias, herdeira!
Outros êxitos talvez já pude gastar
Fui, um aventureiro na tranqueira
Do fado. E infausto agora a chorar
Ou pesado no sortilégio, na beira...
É brado num temor sem tamanho
Num luto da felicidade: permitidos
Mártir na dor, um desígnio estranho
Por isso, lamento aflição e pranto
Sentimentos dos heróis vencidos.
E com a alma cartada no recanto...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro, 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Como eu queria ser jovem novamente! Os amigos da minha idade já estão todos casados e com filhos. Se esse é o rumo natural das coisas, não sei onde vou parar. Sempre preferi andar mal acompanhado do que sozinho, mas, até as más companhias viraram pais de família... isso me faz pensar que eu era o pior dentre as más companhias!
Desfarelo aqui dicções,
neste texto em contrapé,
pra plantar em dois talhões
os da boa e os da má-fé.
I
Ao abrir a minha mão,
saltam letras trepidantes,
as mesmas letras que antes
amanhei com o coração…
pula o Z, todo gingão,
com as suas zorações;
rima fome com cifrões,
mete alhos por bugalhos,
e aqui nestes trabalhos
desfarelo aqui dições…
II
Entretanto, o calmo H
junta dez letras, ou mais;
faz caretas às vogais,
cultivando o seu maná…
diz ser fã do que não há,
é um fã do que não é,
como um vento de maré
duvidosa e bailarina,
apregoa o que imagina,
neste texto em contrapé…
III
Encruzado, bem selecto,
diz-me o X, bem divertido,
quase junto ao meu ouvido,
novidades do alfabeto…
E, então, num tom secreto,
denuncia as inflexões
aplicadas nos chavões
inventados a preceito,
que me dão imenso jeito
pra plantar em dois talhões…
IV
Meto algumas consoantes
no alfobre da direita,
mas a esquerda não aceita
gatafunhos circundantes;
planto versos abundantes
com estâncias de banzé;
curto a letras, e até
meto água nas carreiras,
onde cabem nessas leiras
os da boa e os da má-fé.
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