Luiz Felipe Pondé

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Luiz Felipe de Cerqueira e Silva Pondé (1959) é um escritor, professor e filósofo brasileiro.

A vida é perigosa e a verdadeira liberdade cobra preço, financeiro e existencial

As ciências sociais nunca tocarão o coração da realidade, porque não olham para a humilhação do homem cotidiano.


A beleza artificial é uma batalha discreta contra o vazio do corpo e da alma.

Só há um ambiente onde o dinheiro não é o mais importante: onde ele sobra.

Nada mais brega do que fingir amor à “arte” em nome da autoimagem.

Construímos sonhos de autorrealização profissional, afetiva e material. A expectativa com nossa própria grandeza ocupa grande parte de nossos devaneios.

A morte do pudor acaba por gerar o desinteresse pelas mulheres.

O egoísmo é a grande revolução moral moderna.

⁠“Em mil anos seremos esquecidos. A Idade Média perderá seu título de era das trevas, e nós receberemos essa maldição. Lembrarão de nós como mimados, ressentidos e covardes.”

Ninguém põe em dúvida a escravidão e o preconceito racial nem o dever de acabar com eles. Mas dizer que, por isso, “tudo que é africano é lindo” ou que “todo negro é maravilhoso”, típico do politicamente correto, é um crime intelectual e afetivo.

Quem crê que a educação cria novos seres humanos o faz para disfarçar seu cotidiano ordinário, é uma mentira contada a si mesmo todo dia.

Toda mente totalitária parte do pressuposto de que ela é um agente do bem de todos.

⁠A mesma sociedade que gerou a longevidade gerou o horror ao envelhecimento.

De alguma forma, a marca definitiva do contemporâneo é o narcisismo estéril e o individualismo histérico.

Uma das lutas contínuas da civilização é contra a indiferença porque homens e mulheres não são especiais e existem às dúzias por aí, a gargalhadas, como bonecos de cera sem graça.

⁠A espiritualidade contemporânea é um produto de mercado para consumidores entediados.

⁠Um pecador que se sabe pecador é infinitamente mais confiável do que uma pessoa que se acha do bem.

"O mundo contemporâneo inventou o impossível: a multiplicidade de diferenças que não fazem nenhuma diferença. "

O ressentimento é nossa fúria para com a mortalidade que nos define e torna quase todas as nossas qualidades irrelevantes.

O homem é um tipo de animal que carrega o cadáver nas costas a vida inteira, porque sabe mais do que deve e menos do que precisa.