Luis Fernando Verissimo Sonhos

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Nem me (a)trevo,
Neste entrevero
De trevo a trevo,
Decisões,
Esquinas
Descidas
Atrevidas
E ao fim
Há (a) vida.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Imaginação
Estrela sem constelação
Brilho dando norte
Luz marcante de neon
Pendurada sem suporte.

Muito além do humano alcance
Mitológica inspiração divina
Feito páginas de romance
Ou frescor jovial de menina.

Luz que não é lua
Com nada se parece
No céu da alma flutua
Com a força de uma prece.

Destemida enfrenta tudo
Deixa rastros de decorações
Trás gritos de voz dos mudos
Fértil ao extremo é nossa imaginação

Inserida por MoacirLuisAraldi

Afoito
comia letrinhas
como se fossem biscoitos
oitos
tos
os
s.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Ao unir os seus pontos fracos formou um grande ponto. Seria este seu ponto forte?

Inserida por MoacirLuisAraldi

A perfeição pode estar no sorriso,
na mudança que sofremos
na mesmice de não mudar.
Pode estar no risco vazio de giz na calçada,
no grito ecoando no nada,
no vazio da alma não lavada.
levada pela estrada vazia,
da ânsia ou da agonia.
Perfeição nunca será encontrada
Pois é sinônimo de utopia.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Caneta
Deixas no papel estampas do meu pensamento,
Acaba-se dignamente em matemática e versos.
Tens alma viva em sentenças proferidas e registradas.
Na força extrema ainda dá fé,
E ao morrer num poema,
A tinta trêmula busca a reticência...
Esforço final pra dizer que
O show sempre vai ter sequência.

Inserida por MoacirLuisAraldi

A luz quando é apagada num toque leve e preciso, morre desligada ou volta a ascender com mais juízo?

Inserida por MoacirLuisAraldi

Mata-se uma alma por dia num paraíso sem leões.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Futuro é o presente que ainda não foi iluminado.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Distância é só um ponto de partida.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Não salvar
Aquela clicada em não salvar pôs todo o trabalho da manhã por água abaixo. Pior que não foi a primeira vez - Shit.
Que cagada!
Não iria refazer – não mesmo.
Sorte que o tapa pegou no meio da tela. O computador permaneceu inteiro. Mas o resto do dia foi de branquear o cabelo de raiva. Justo este que tinha ficado perfeito:
- ô se tinha.
Até tentou buscar na memória o básico do que tinha escrito. Pouco lembrou além da parte onde ela, já na ala feminina do Madre Pelletier tinha assumido o romance com a Lorenona, sua colega de cela.
Faltava-lhe a certeza de como ela tinha acabado na penitenciária.
Se estivesse certo, ela tinha matado o Alemão com um golpe de taco de snooker na noite da natal de 2008.
Apavorada escondeu-se nos fundos da casa, mas os policiais na primeira investida já a avistaram.
Além de prendê-la acabaram com o pé de chuchu que cobria a cerca. No dia seguinte Dona Inácia vasculhou o terreno, mas não encontrou nada que pudesse ajuda-la na defesa.
Na primeira audiência alegou legítima defesa, mas a acusação trouxe uma testemunha chave que derrubou esta hipótese.
O advogado, naturalmente, recorreu. Mesmo que livrá-la seria impossível, tentava a pena mínima prevista por lei.
No presídio Tonha não se encontrava consigo mesma. Sentia-se frágil. Sofria ameaças de toda ordem. Por ser uma mulher atraente despertava inveja e desejos nas próprias colegas.
Em busca de carinho e segurança aceitou a aproximação de Lorenona.
Aliás, não demorou muito para todas ficarem sabendo disso. Um programa de TV propôs entrevistar o casal – Lorenona concordou – e assim fez. Tonha ficou chateada.
Sabia que já tinha dado um final para as duas, mas já que perdeu tudo o que escreveu podia mudar.
Estava convencido por si só que deveria retomar o texto, refazer com o pouco que lembrava e criar as outras partes.
Poderia uma delas, matar Odete Roitman, assim finalmente o mistério seria desfeito.
A cabeça a mil já bolou o final para as duas. Riu feliz da vida.
Ligou o PC, reabriu a página e decidiu escrever primeiro o final pra não esquecer. Elas iriam...
Caramba, pensou, preciso saber como faz para salvar automaticamente.
Foi pro Google tentar descobrir.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Folhas secas
Insisto na tecla desbotada,
Deslizo a deriva - Nem perdido nem destinado.
Não importa onde estão as divisas
O que ficou pra trás já percorri,
Nem a luz da ilusão permitirá repetir.
Ao meu grito segue-se o insano silêncio,
Saliento, me sento, me ausento.
Mesmo de alma limpa falta a paz,
Enterro-me já em ossos e pelos.
Minha carne não é pra vermes
Se não tenho nobreza, tenho orgulho,
Sou superficial, mas também mergulho.
A eles ofereço minha indiferença
Que degustem - fartem-se iludidos –
De vocês eu ganharei - nada mais sei –
Cutucam-me as folhas secas
Envoltas à raiz que tropecei.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Tentar escapar da morte parece ser uma constante normal em nós. O problema é quando, inadvertidamente, escapamos da vida.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Viver é uma experiência incomparável.

Vamos deixando um tanto de nós nos sorrisos que distribuímos vida a fora, um pouco de amor mesmo nos mais breves romances, um tanto de confiança em cada melhor amigo que as fases da vida acabam escolhendo. Um tantinho de agradecimento aos ingratos que tornam possíveis certas comparações e que criam certos medos bons até nas manobras mais seguras que vamos tendo que fazer.

Adquirimos uma porção de experiência em cada passo que temos que dar e isso possibilita entender que caminhado nos tornamos maduros, mas não velhos.

Ficamos, também, com um pouco do abatimento, é preciso dizer, em cada rosto triste que fitamos no dia a dia, mas isso é para vermos que sorrir pode ser mais benéfico.

Quanto a mim, deixo um pingo de essência em cada poema que escrevo e que talvez só eu sinta, contudo, isso me permite entender de quantas sílabas métricas se faz uma existência de versos livres.

Mesmo que eu tenha sepultado um mínimo que seja da minha própria alma junto a cada amigo que partiu, e nas minhas próprias partidas, continuo vivo e o melhor: vivendo.

Deixo (me permitam) um naco de amor a cada um que entra em minha trajetória, pois não se vive de acasos e no amor - em todas suas variantes - o que se diz é muito menor do que o que se sente.

No fundo, me atrevo a dizer que somos todos diversos e, ao mesmo tempo, parecidos em humanidade, pois dentro da sensibilidade de cada um vamos moldando-nos no íntimo e quem mais sensível for mais intensamente vive.

Não devemos nunca buscar a bandeira da felicidade em nenhum lugar fora de nós pelo simples motivo dela não existir. Seria uma grave ilusão de ótica, se quiser vê-la, senti-la e vive-la olhe para dentro, ela sempre esteve ali – Acredite: chegou a sua hora de visualiza-la e ser feliz.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Sou fã de foto sem edição,
De frutas sem polimento,
De pedras brutas.
Sou fã de pessoas de cara limpa
E alma transparente
Que não aparentem o que não são.
Sou fã de um mundo mais autêntico
Do olho no olho
Do contato real,
Sou fã de gente
Que não deixa o orgulho e
A soberba consumir a
Própria humildade.

Inserida por MoacirLuisAraldi

O que a poesia uniu poeta nenhum separa.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Solidão e medo
Olhei a torre em meio à neve,
Eu estava só na cena.
O mar silenciado pelo gelo.
Europa fria a me doer,
Meu mundo congelado...
Amedrontado,
Tudo em volta tão triste,
Nada de banho de chuva,
Nada de ciúmes da tua roupa,
Nada de arrancar suspiros como na canção.
Só... Solidão e medo.
Lembranças...
Dos beijos
Do perfume,
Dos teus chiliques,
Das noites chiques.
Fondue, vinho, passeios...
Eu e você.
Excitante barulho do chuveiro,
Do show animado, deslizes gelados,
Sorrisos fotografados,
Carícias e olhos molhados.
Tempos de amor, tempos de ser amado,
Tempos pelo próprio tempo sepultado.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Um trevo de quatro vidas é sorte pra quem tem, mas só vale mais de uma a vida que se vive bem.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Laço

Um laço no buquê de rosas
Entrego pra que possas desatar
Puxando certo vira amor
Puxando errado vai enozar.

E o laço quando ata
Ninguém mais desfaz o nó
Morrem as flores sufocadas
E as pétalas viram pó.

Neste caso as demais rosas
Choram meio desesperadas
Do jardineiro elas fogem
Para não morrerem amarradas.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Ciclo
Nasci com a alma distraída...
Inocente.
Cresci me concentrando um pouco a cada dia
Mostrei-me já adulto
Num espelho distraído.
Hoje ele me mostra envelhecido
Como a lembrar-me que eu já
Vivi o que podia ter vivido.
Relaxo novamente,
É natural...
Não se fica pra semente.

Inserida por MoacirLuisAraldi

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