Luis Fernando Verissimo Sonhos
“Quando eu quis
tirar a máscara
ela estava pregada à cara.
Quando enfim tirei
e me vi no espelho
já tinha envelhecido muito”.
(Mar Português)
O Amor
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Irrita-me a felicidade de todos estes homens que não sabem que são infelizes. A sua vida humana é cheia de tudo quanto constituiria uma série de angústias para uma sensibilidade verdadeira. Mas, como a sua verdadeira vida é vegetativa, o que sofrem passa por eles sem lhes tocar na alma, e vivem uma vida que se pode comparar somente à de um homem com dor de dentes que houvesse recebido uma fortuna — a fortuna autêntica de estar vivendo sem dar por isso, o maior dom que os deuses concedem, porque é o dom de lhes ser semelhante, superior como eles (ainda que de outro modo) à alegria e à dor.
Por isto, contudo, os amo a todos. Meus queridos vegetais!
Eternizar um momento não é guardar uma fotografia e sim viver com saudades das emoções e sentimentos vividos no mesmo.
Nada me explica. Nada me pertence
E sobre tudo a lua alheia verte
A luz que tudo dissipa e nada vence.
Fiquei doido, fiquei tonto...
Meus beijos foram sem conto,
Apertei-a contra mim,
Aconcheguei-a em meus braços,
Embriaguei-me de abraços...
Fiquei tonto e foi assim...
Sua boca sabe a flores,
Bonequinha, meus amores,
Minha boneca que tem
Bracinhos para enlaçar-me,
E tantos beijos p'ra dar-me
Quantos eu lhe dou também.
Ah que tontura e que fogo!
Se estou perto dela, é logo
Uma pressa em meu olhar,
Uma música em minha alma,
Perdida de toda a calma,
E eu sem a querer achar.
Dá-me beijos, dá-me tantos
Que, enleado nos teus encantos,
Preso nos abraços teus,
Eu não sinta a própria vida,
Nem minha alma, ave perdida
No azul-amor dos teus céus.
Não descanso, não projecto
Nada certo, sempre inquieto
Quando te não beijo, amor,
Por te beijar, e se beijo
Por não me encher o desejo
Nem o meu beijo melhor.
(Fernando Pessoa)
A magia de trabalhar com atendimento ao cliente é que em todos os dias você pode encantar várias pessoas.
Todo estresse é provocado por uma série de pressões, libertando os pensamentos me liberto da pressão.
Senhor, dá-me alma para Te servir e alma para Te amar. Dá-me vista para Te ver sempre no céu e na terra, ouvidos para Te ouvir no vento e no mar, e mãos para trabalhar em Teu nome.
Quando não temos coragem para dizer o quanto amamos...
Esperamos que os olhos transmitam o que sente o coração...
Beijo
Beijo não tem hora, não tem lugar;
pode ser roubado ou demorado mas de qualquer forma,
não dá vontade de parar.
Beijo pode ser no rosto,
pode ser na testa ou no pescoço,
mas é só na boca que se sente o gosto.
Beijo anima, alimenta;
Tem gosto de nada misturado com tudo.
E quando está frio,
ainda esquenta.
Beijo provoca emoção,
faz bater mais forte o coração.
E quando se fecha os olhos,
dá até para ouvir uma canção.
Beijo faz parar o tempo,
faz parar o vento e
torma inesquecível um momento.
Beijo é assim,
algo sem controle como um louco.
Beijamos, beijamos e ainda
achamos pouco.......
Anny Versário
Anny Versário era uma menininha
Que morava em um planeta bem diferente,
Um planeta de nome engraçado e meio bobo.....
Seu planeta se chamava: Planeta BOLO
Sempre com roupas coloridas,
usava um vestidinho com broches de pirulito e
botões de bala de caramelo,
e um chapéu em formato de cone amarelo.
Nas ruas feitas de chocolate,
com calçadas de marshmellow....
Ela vivia a correr e a brincar
e quando a noite chegava,
as velinhas ascendiam para iluminar..........
E por todos os lugares,
Ela vivia a cantar,
A sua música preferida:
“Parabéns para você,
nesta data querida,
muitas felicidades,
muitos anos de vida......”
Hoje Tomei a Decisão de Ser
Eu Hoje, ao tomar de vez a decisão de ser Eu, de viver à altura do meu mister, e, por isso, de desprezar a ideia do reclame, e plebeia sociabilizacão de mim, do Interseccionismo, reentrei de vez, de volta da minha viagem de impressões pelos outros, na posse plena do meu Génio e na divina consciência da minha Missão. Hoje só me quero tal qual meu carácter nato quer que eu seja; e meu Génio, com ele nascido, me impõe que eu não deixe de ser.
Atitude por atitude, melhor a mais nobre, a mais alta e a mais calma. Pose por pose, a pose de ser o que sou.
Nada de desafios à plebe, nada de girândolas para o riso ou a raiva dos inferiores. A superioridade não se mascara de palhaço; é de renúncia e de silêncio que se veste.
O último rasto de influência dos outros no meu carácter cessou com isto. Reconheci — ao sentir que podia e ia dominar o desejo intenso e infantil de « lançar o Interseccionismo» — a tranquila posse de mim.
Um raio hoje deslumbrou-me de lucidez. Nasci.
A espantosa realidade das coisas
É a minha descoberta de todos os dias.
Cada coisa é o que é,
E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra,
E quanto isso me basta.
Basta existir para se ser completo.
Tenho escrito bastantes poemas.
Hei-de escrever muitos mais, naturalmente.
Cada poema meu diz isto,
E todos os meus poemas são diferentes,
Porque cada coisa que há é uma maneira de dizer isto.
Às vezes ponho-me a olhar para uma pedra.
Não me ponho a pensar se ela sente.
Não me perco a chamar-lhe minha irmã.
Mas gosto dela por ela ser uma pedra,
Gosto dela porque ela não sente nada,
Gosto dela porque ela não tem parentesco nenhum comigo.
Outras vezes ouço passar o vento,
E acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido.
Eu não sei o que é que os outros pensarão lendo isto;
Mas acho que isto deve estar bem porque o penso sem esforço,
Nem ideia de outras pessoas a ouvir-me pensar;
Porque o penso sem pensamentos,
Porque o digo como as minhas palavras o dizem.
Uma vez chamaram-me poeta materialista,
E eu admirei-me, porque não julgava
Que se me pudesse chamar qualquer coisa.
Eu nem sequer sou poeta: vejo.
Se o que escrevo tem valor, não sou eu que o tenho:
O valor está ali, nos meus versos.
Tudo isso é absolutamente independente da minha vontade.
"......nosso roteiro imáginário é a maneira improvisada de viver a vida.....o teatro nosso de cada dia...."
CAMALEÃO IN VITRO
Sou um verdadeiro investigador de mim mesmo
Cada dia descubro algo novo em mim
Creio que meu “eu” atual é um retrato em branco e preto, ou às vezes em tons de sépia e o meu passado é um retrato colorido, cujos tons se avivam no decorrer do tempo.
Nos espelhos da vida já me vi de tantas formas...
Me vi bonito, feio, inteligente, ignorante, criativo, ocioso, atencioso, disperso, amável, insuportável...
Tanto me vi que enjoei.
Posso ser tudo, como também posso não ser nada, mas nessa vida cheia de imagens ilusórias e utópicas a única conclusão a que posso chegar é que eu sou e sempre serei apenas o reflexo daqueles que me observam.
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