Luis Fernando Verissimo Sonhos
O Sonho é a Pior das Cocaínas O sonho é a pior das cocaínas, porque é a mais natural de todas. Assim se insinua nos hábitos com a facilidade que uma das outras não tem, se prova sem se querer, como um veneno dado. Não dói, não descora, não abate – mas a alma que dele usa fica incurável, porque não há maneira de se separar do seu veneno, que é ela mesma.
Não quero rosas, desde que haja rosas.
Quero-as só quando não as possa haver.
Que hei-de fazer das coisas
Que qualquer mão pode colher?
Não quero a noite senão quando a aurora
A fez em ouro e azul se diluir.
O que a minha alma ignora
É isso que quero possuir.
Para quê?... Se o soubesse, não faria
Versos para dizer que inda o não sei.
Tenho a alma pobre e fria...
Ah, com que esmola a aquecerei?...
Todo o homem de hoje, em quem a estatura moral e o relevo intelectual não sejam de pigmeu ou de charro, ama, quando ama, com o amor romântico. O amor romântico é um produto extremo de séculos sobre séculos de influência cristã; e, tanto quanto à sua substância, como quanto à sequência do seu desenvolvimento, pode ser dado a conhecer a quem não o perceba comparando-o com uma veste, ou traje, que a alma ou a imaginação fabriquem para com ele vestir as criaturas, que acaso apareçam, e o espírito ache que lhes cabe. Mas todo o traje, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e em breve, sob a veste do ideal que formamos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em quem o vestimos. O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão. Só o não é quando a desilusão, aceite desde o princípio, decide variar de ideal constantemente, tecer constantemente, nas oficinas da alma, novos trajes, com que constantemente se renove o aspecto da criatura, por eles vestida.
Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.
Viajei por mais terras do que aquelas em que toquei...
Vi mais paisagens do que aquelas em que pus os olhos...
Experimentei mais sensações do que todas as sensações que senti,
Porque, por mais que sentisse, sempre me faltou que sentir
E a vida sempre me doeu, sempre foi pouco, e eu infeliz.
Porque, de tão interessante que é a todos os momentos,
A vida chega a doer, a enjoar, a cortar, a roçar, a ranger,
A dar vontade de dar gritos, de dar pulos, de ficar no chão, de sair
Para fora de todas as casas, de todas as lógicas e de todas as sacadas,
E ir ser selvagem para a morte entre árvores e esquecimentos,
Entre tombos, e perigos e ausência de amanhãs,
E tudo isto devia ser qualquer outra coisa mais parecida com o que eu penso,
Com o que eu penso ou sinto, que eu nem sei qual é, ó vida.
Nota: Techo do poema "A Passagem das Horas"
"Nada me comove que se diga, de um homem que tenho por louco ou néscio, que supera a um homem vulgar em muitos casos e conseguimentos da vida. Os epiléticos são, na crise, fortíssimos; os paranóicos raciocinam como poucos homens normais conseguem discorrer; os delirantes com mania religiosa agregam multidões de crentes como poucos se alguns) demagogos as agregam, e com uma força íntima que estes não logram dar aos seus sequazes. E isto tudo não prova senão que a loucura é loucura. Prefiro a derrota com o conhecimento da beleza das flores, que a vitória no meio dos desertos, cheia da cegueira da alma a sós com a sua nulidade separada." (Livro do desassossego)
Tornamo-nos esfinges, ainda que falsas, até chegarmos ao ponto de já não sabermos quem somos. Porque, de resto, nós o que somos é esfinges falsas e não sabemos o que somos realmente.
O SONHO QUE VOCÊ SONHA DORMINDO, ACABA NO DIA SEGUINTE...
O SONHO QUE VOCÊ SONHA ACORDADO, TRABALHANDO, DURA TODAS AS SUAS GERAÇÕES, QUE ASSIM PENSAREM..
AO LEVANTAR-SE
Agradeça a Deus a bênção da vida, pela manhã.
Se você não tem o hábito de orar, formule pensamentos de serenidade e otimismo, por alguns momentos, antes de retomar as próprias atividades.
Levante-se com calma.
Se deve acordar alguém, use bondade e gentileza, reconhecendo que gritaria ou brincadeiras de mau gosto não auxiliam em tempo algum.
Guarde para com tudo e para com todos a disposição de cooperar para o bem.
Antes de sair para a execução de suas tarefas, lembre-se de que é preciso abençoar a vida para que a vida nos abençoe.
Mudanças...
É preciso mudar pra crescer. Não podemos seguir adiante se ficarmos parado no nosso comodismo, o processo de mudança acontece no nosso dia-a-dia, com nosso esforço conseguimos perseguir e ver o horizonte surgindo. Mas as mudanças, “Nós não gostamos delas. Nós a tememos. No entanto, não conseguimos evitá-las. Ou nos adaptamos às mudanças, ou somos deixados para trás. Crescer é doloroso. Qualquer um que te disser que não, está mentindo. Mas aqui vai a verdade: às vezes, quanto mais as coisas mudam, mais elas permanecem as mesmas. E às vezes, oh, às vezes mudar é bom. Às vezes mudar é tudo.”
Recomeçando
Após ouvir uma canção de Chico Buarque
Amo tanto e de tanto amar
Eu adoeço.
Eu queria retornar
Ao meu começo
E aprender a amar
Sem adoecer,
Porque amar não foi feito
Prá morrer...
Postado
À minha irmã,
escutando uma canção de Tom Jobim.
Se todas as flores
Fossem iguais a você,
Do jeito que você é para mim,
Eu poderia escrever,
E adoraria poder,
E arriscaria dizer
Um verso assim:
Que maravilha viver
Por toda vida
Colhendo Margarida
Em meu jardim...
Meu feitio de oração
Uma amiga me disse assim no messenger:
“Orei por você ontem.
Você pode me retribuir fazendo o mesmo por mim.
O que você acha?”
Eu respondi começando assim.
E completei agora...
Enquanto vivo eu oro.
Enquanto eu choro,
Enquanto eu como
Eu oro, e quando estou com sono,
Também a cada vez que eu rio,
E quando eu saio,
E se eu morro de frio eu oro.
E quando eu caio,
E quando à noite eu me deito pra dormir,
E quando eu vou sair,
Se eu me demoro,
Eu, nessa hora,
Sem motivo,
Oro...
Eu quase nunca espalmo a mão na mão.
Eu quase nunca falo baixinho.
Eu quase nunca faço uma oração
Assim, do jeito certinho...
Eu oro quando estou sozinho.
Eu oro no meio da multidão.
Eu oro quando estou no meio do caminho
Ou na contra-mão.
Eu oro quando abraço um primo
E quando eu falo com meu irmão.
Cada vez que eu cometo um desatino eu oro,
Cada vez que eu melhoro,
Cada vez que eu escapo de um tiro de raspão.
Eu não decoro a letra da oração.
Às vezes eu fecho os olhos.
Outras vezes distraio a minha visão...
E, todavia,
É assim que eu oro.
É assim que eu falo com Deus.
De outra maneira não.
Não uso palavra.
Uso a vida.
Não uso a voz.
Uso a mão.
Mas não espalmada.
Estendida.
Às vezes a mão fechada.
Às vezes a mão no chão.
Às vezes a mão tremula e cansada.
Às vezes mesmo a mão desanimada
Por tanto lutar em vão...
Mas mesmo assim
Essa é a mão
Que eu movo e trago sempre em comunhão.
É meu feitio.
É minha condição.
É como se o orar deixasse cada poro.
Fizesse parte da minha respiração.
É assim, desse jeito, quando eu oro.
É dessa forma minha oração.
Não sou obrigado a odiar ninguém que me fere. Sou obrigado a me culpar, por ter confiado em alguém que respira.
"Se eu pudesse fazer uma declaração pra você,
de tudo que eu queria, ou não queria, te dizer
não precisaria ler nem ouvir
Pra sentir...
O medo bate fundo em meu coração.
É estranho te querer assim.
É estranho ainda te querer...
Apesar de tantas oportunidades que eu tive
Optei por sentir, não, por fugir...
Mas como eu não controlo meus sentimentos
Fico à mingua de falar.
Esperando você me salvar de mim mesmo
Pra você pouco importa o que eu sinto
Mas você não pode me impedir de sentir."
A cada 12 meses reiniciamos o calendário, deixando para trás tudo que passou no ano velho e nos preparamos para tudo que virá no novo ano que se anuncia. Que a partir do dia 1.º de janeiro seja iniciado um novo ciclo em sua vida, repleto de alegrias, realizações e muita prosperidade!
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