Loucura
Todos os sentimentos extremados estão associados à loucura.
Estar em minoria, mesmo em minoria de um, não era sintoma de loucura. Havia verdade e havia mentira, e não se está louco porque se insiste em se agarrar à verdade mesmo contra o mundo todo.
Tu és a brisa que refresca-me nesta noite quente...
a loucura nos momentos de paixão...
o alimento que dá-me a força para viver...
Sinto um arrepio quando sinto....
os teus lábios colados aos meus....
dos breves momentos que partilhamos......
de sentir o teu calor e a tua força......
Sentir toda esta paixão....
que me deixa louca desse teu sorriso lindo....
que deixa-me sem forças.....
do teu amor que conquisto-me para sempre....
Passo os dias a pensar em ti.....
Como seria se estivesses aqui.....
a beijar a minha face e enxugar as minhas....
lágrimas dos meus lábios....
Abraça-me e aconchego-me com teu calor.....
e proteger-me com o teu desejo amor...
a minha felicidade!!
Sonhe grande, nem que seu sonho seja uma loucura na cabeça daqueles que não acredita na sua vitoria.
Cada ser humano tem um gráu de loucura, e cabe a ele controlar quando em excesso para que não seja penalizado
A maior loucura na vida que uma poessoa pode cometer é a de não cometer loucura alguma. Na realidade normais mesmos são aqueles loucos que não cometem a loucura de serm normais!
...No ar
Escrevi
com dedos no ar
o sonho
que sonhei pra nós.
Loucura...
Apenas eu lia,
não deu tempo
pra te mostrar.
Então você vive a loucura vivida,
anda pelo fogo como quem não teme queimadura,
coleciona impulsos como quem guarda medalhas,
e mesmo assim se recusa a enxergar o que você viveu
a rachadura que abriu dentro de si.
Você diz que está tudo bem,
que o tempo cura, que o vento leva,
mas o que foi vivido não se dissolve.
Não há como apagar o que marcou a pele,
o que feriu o espírito,
o que gritou na alma pedindo mudança.
A verdade é simples e cruel:
toda escolha deixa um rastro,
toda noite sem controle cobra seu preço,
e todo abismo que abraçamos
acorda conosco — mesmo quando fingimos dormir.
Quando a loucura entrar em minha alma, fazendo meus sentidos se perderem como sinos na escuridão, nessa hora buscarei minha salvação, em seus braços, minha redenção, minha luz, minha razão, simplemente você, minha paixão.
Retrato Ardente
Entre os teus lábios
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.
No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.
Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.
Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.
Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.
Não vejo mistério em ser simples, nem loucura em ser sincero, apenas levo as coisas da maneira como gostaria que elas fossem. Apenas vivo o meu destino na esperança de que, seja lá onde este caminho der, o final vai ser sempre o melhor possível, não para mim, mas para a minha história e, independente do espetáculo ou do fracasso, das lágrimas que vão cair ou das gargalhadas que vão ecoar, no final, eu vou estar ali feliz por tudo que fiz e resignada com o próximo passo que vou dar. Acho que este é o encanto da vida.
E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós.
Sinceridade muitas vezes é loucura, alcoolismo, insensatez. Mas são raros os que assumem seus erros e esses eu guardo no peito.
Fui um douto em sonhar tantos amores...
Que loucura, meu Deus!
Em expandir-lhe aos pés, pobre insensato,
Todos os sonhos meus!
E ela, triste mulher, ela tão bela,
Dos seus anos na flor,
Por que havia de sagrar pelos meus sonhos
Um suspiro de amor?
Um beijo — um beijo só! eu não pedia
Senão um beijo seu
E nas horas do amor e do silêncio
Juntá-la ao peito meu!
Foi mais uma ilusão! de minha fronte
Rosa que desbotou
Uma estrela de vida e de futuro
Que riu... e desmaiou!
Meu triste coração, é tempo, dorme,
Dorme no peito meu!
Do último sonho despertei e n’alma
Tudo! tudo morreu!
Meus Deus! por que sonhei e assim por ela
Perdi a noite ardente...
Se devia acordar dessa esperança,
E o sonho era demente?...
Eu nada lhe pedi: ousei apenas
Junto dela, à noitinha,
Nos meus delírios apertar tremendo
A sua mão na minha!
Adeus, pobre mulher! no meu silêncio
Sinto que morrerei...
Se rias desse amor que te votava,
Deus sabe se te amei!
Se te amei! se minha alma só queria
Pela tua viver,
No silêncio do amor e da ventura
Nos teus lábios morrer!
Mas vota ao menos no lembrar saudoso
Um ai ao sonhador...
Deus sabe se te amei!... Não te maldigo,
Maldigo o meu amor!...
Mas não... inda uma vez... Não posso ainda
Dizer o eterno adeus
E a sangue frio renegar dos sonhos
E blasfemar de Deus!
Oh! Fala-me de amor!... — eu quero crer-te
Um momento sequer...
E esperar na ventura e nos amores,
Num olhar de mulher!
Só um olhar por compaixão te peço,
Um olhar.... mas bem lânguido, bem terno...
O sentido poético mais profundo sobrevive à loucura, a melodia sobrevive à lógica, o ritmo à palavra.
