Longe
LONGE DO PARAÍSO
Oh, minha flor
Que fim levou aquele amor
Que era antes, feito de sonho,
Beijo e sorriso?
O que restou foi tom menor
Escala triste, como improviso
A nos expor tamanha dor
Longe das portas do paraíso.
Será possível um amanhecer
Um novo dia para entender
Que a vida é triste,
Mas se o amor ainda existe
Nós haveremos de renascer.
Soneto da distância
Minha amada vive muito longe de mim
No mais alto monte da saudade
Tão distante deste mar sem piedade
Onde habito sem sossego até fim
Onde vivo e morro de desejo
Não suporto sofrer tão mal assim
Nunca pude sequer lhe dar um beijo
Para ter seu corpo quente junto a mim
Dois amantes que a sorte condenou
Ao destino fatal do abandono
A distância se impôs e ordenou
Que jamais pudessem se encontrar
Nesta estrada sem rumo sul ou norte
Onde o amor se consome até a morte.
"Vou passar uns dias longe de ti
para provar pro mundo e pra mim
que não estou viciado,
neste teu corpo quente,
neste beijo molhado."
O Riso da Razão
A razão nos trouxe longe demais.
Fez-se lâmina, espelho, consciência.
Inventou nomes para o que morre,
catalogou a tragédia, pesou a sombra,
criou a ilusão do controle.
Mas a morte ri.
Riu de Sócrates quando bebeu o veneno,
riu de Hamlet segurando o crânio,
ri agora de nós,
tão lúcidos, tão preparados,
tão certos de tudo que se esfarela.
A arte nasce dessa consciência:
sabemos que vamos morrer,
então escrevemos.
O poema é a voz do desespero
mas também do desafio.
Dissimula a finitude, mas não a nega.
Rabisca no ar um sentido impossível,
um mapa para lugar nenhum.
E ainda assim, rimos.
Porque entendemos o jogo.
Porque, no fim, a única resposta à morte
é este delírio lúcido—
este poema.
Voltei à poesia
longe dela não há esperança
nem alívio, nem descanso
nem mar, nem praia, nem remanso
falemos pois de fantasia
de futuro, de passado ou de estrelas
já que o mundo perdeu objetivo
palavras não atingem compromisso
a boca que ama é a mesma que escarra
no rosto da inocência, com o mesmo afã
de confessar uma paixão, uma crença,
se confessa ódio e ausência.
Voltei à poesia
enquanto o caos se expande
e o amante esquece o beijo
enquanto um corpo cai do décimo andar
e as guerras alimentam o comércio da paz
calemos diante do absurdo, fique mudo
que importa dos homens justos seus ais
ou das mulheres estéreis o abandono
são todos labirintos esquecidos
sem pão, sem cordão, sem migalhas
sem ariadne...
Voltei à poesia
sigamos os rastros do cometa
não haverá espaço nem palavras
que contestem a ilusão estética de apolo
nenhuma ninfa subirá do lago de Narciso
para chorar a morte do poeta!
Voltei à poesia
a única razão justa de negar
ser mais um estúpido
amante da prata insaciável
e assassina da beleza!!!
Não é que eu não te ame, longe disso. Talvez seja exatamente o oposto, por te amar demais. É, eu acho que é isso! Eu amo você, numa dimensão gigantesca, e espero de você ao menos um décimo disso; mas você não pode me dar. Meu amor é grande, de proporções inimagináveis. Meu amor não cabe só em mim, ele insiste em transbordar. Acho que, eu gosto de paixões, loucas paixões. Eu gosto de amores, mas acho que por si só não basta, tem que ter aquela paixão ardendo, aquelas pequenas loucuras. Você não é pouco pra mim, eu que sou demais, sou demais a qualquer um, meu amor não combina com nenhum desses relés amores mortais. Vejo tanta gente falando sobre tudo que já fez um dia por aquela pessoa. Talvez você seja daqueles que só cabem um grande amor para toda a vida, e já o teve, agora não tem mais ânimo para outros amores. Eu não, sou dessas que tem uma vida cheia de grandes amores, amores por comidas, cidades, países, pessoas. Já falei, meu amar é imensidão. Preciso de mais amor, mais fogo, mais paixão. Não gosto de comodismo, me cansa, enjoa. Nasci ou pra estar sozinha ou pra estar ao lado de quem possa retribuir pelo menos um décimo do meu querer. Mas não vou com raiva, vou alegre, levando no meu coração todas as coisas boas, deixando as ruínas ficarem no passado e te desejando toda a sorte e felicidade do mundo.
Mesmo de longe algumas pessoas que só observam gostariam de ter o que você tem. O convívio, o seu abraço, o seu diálogo, sua intimidade, seu companheirismo.
"Nem sempre é sobre estar ao lado de alguém, mas sim, querer estar ao lado de alguém"
Apenas quem já esteve longe sabe, que nenhuma beleza ou valor, supera a presença daqueles que amamos.
Escalando nuvens...
Exausto de tudo e longe de todos, resolvi enfrentar as correntes super quentes da tempestade de areias do deserto,
abri os olhos novamente e vi a minha frente uma tempestade de raios, apoiada por uma fumaça quilométrica proveniente de um vulcão, do seu núcleo uma grandiosa explosão de cores veio a tona fazendo o chão tremer e o horizonte sumir,
passando de fases e ganhando experiências novas, trilhei um caminho e fui atravessando cada obstáculo, desde as ondas gigantes, as travessias entre corredores de enormes montanhas na corda bamba sobre a sombra de abismos,
com muita concentração e vontade de vencer driblei o frio com a força do pensar, para fugir do calor escaldante e das chuvas torrenciais usei o silêncio como sombra e os sentimentos como guarda-chuva,
estou me sentindo cada vez mais forte e preparado, uma brisa saudável bate no meu rosto exausto e ao mesmo tempo na minha alma realizada,
faltam mais dois metros para eu terminar de escalar esta nuvem e poder tocar o céu,
Acordei!
Distancia x amor
Distancia que faz sombra e assombra.
Assopra coração! Leva pra bem longe essa parte ruim da saudade que dói e enfraquece e deixe apenas os benefícios.
Minha alma lamenta aquilo que foi vivido, chora pelo que faz falta,
mas insisti em respirar esperança no desejo de fazer as pazes com essa tal distancia, porque ainda existe muito amor.
TROQUEI OS ABISMO PELAS PONTES.
Eu venho de muito longe, atravessei centenas de encruzilhadas para chegar até aqui, foi nescessário deixar muitas estradas para trás, algumas por vontade própria, outras por que não ter tempo de volta a trás.
A maioria por não valer a pena procurar.
No meio do caminho encontrei a solidão sozinha, por uns dias ela foi minha companhia, conversamos por pouco tempo, lembro dela me dizendo que estava de passagem, enquanto eu estava indo embora.
Das coisas que não valia a pena voltar para buscar estavam a tristeza, a saudade. Deixei para trás o que não cabia na mala, coloquei meu chapéu na cabeça e seguir a vida, seguir a lida.
Segui o meu caminho, mas a mesma estrada de terra que estava à minha frente era do mesmo tamanho que eu olhava para trás. Só que lá atrás guardei as coisas que me fizeram chegar até aqui.
A única coisa que eu trouxe foi a esperança de dias melhores, sem esquecer dos dias sombrios que vivi. Foram eles que me tornaram mais forte, mais resistente.
Voltar ao passado não é o meu caso, mais hoje sei que aquilo que não couber no peito eu trouxe na mala, o que não coube na mala vou levando no peito.
Estive no fundo do poço, fui jogado no abismo, foi lá que me vi mais forte, foi lá que encontrei a morte me dando mais alguns anos de vida, foi justamente nessa fase da vida que comecei a cuidar mais de mim, foi lá que aprendi da valor às pequenas conquistas ao longo do caminho.
Hoje consigo carregar na memória tudo o que vivi.
Peguei a estrada e seguir, peguei a mala vazia nas mãos e enchi, peguei o trem na estação a frente, e a vida tomou outro rumo, outro destino.
E assim fiz com que os abismos se transformassem em pontes.
Eraldo silva.
Mire no topo! Se você chegar na metade do caminho, já vai ter ido mais longe que a maioria das pessoas.
Parado sem estilo, mas movido pela imaginação.
Venho de muito longe, de uma terra sem nome, onde a vida foi uma aventura sem destino.
Aprendi que a transpiração é a melhor que a inspiração. Por isso, o esforço cria o sucesso, e a sorte justifica o esforço que o vagabundo nunca faz.
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