Livre em Jesus
Não temos piedade e não damos conta que mesmo os peçonhentos são bons para nós humanos, e por sermos tão diferentes,perdemos a oportunidade de apenas olhar e poder ainda guardar na memória tão linda imagem de uma serpente livre...
Já não sou preso a corrente alguma, quer seja ela atrativa ou imposta.
Aprendi o valor do "não" e a "liberdade" que ele me traz.
Hoje vivo livre, sem dogmas, sem apego, sem medo.
Não sou mais refém da minha própria prisão mental, sou livre enfim, livre de mim!
Desde sempre fui muito atrapalhada. Sabe, era uma criança que toda hora caia no chão, raspava o joelho na parede áspera, batia a testa na porta, cortava a perna na quina da escada, enfim, vivia sempre machucada.
Tudo bem, criança é assim mesmo, precisa de toda essa adrenalina pra crescer. Só que além de ser travessa, eu era (ainda sou) teimosa. Ah, quantas vezes minha mãe falou: “menina não cutuca essa ferida, vai ficar marcado”, “para de arrancar as casquinhas”.
O problema era que eu não escutava a minha mãe e, confesso, adorava puxar a proteção que o meu organismo produzia para tapar a ferida. Eu ficava admirada e vivia me perguntando, como aquilo era possível.
O tempo foi passando (eu ainda continuei caindo), só que eu já não cutucava mais as casquinhas. Aquilo que a minha mãe dizia começou a fazer sentindo. Passei a ter vergonha das minhas pernas, pois estavam todas manchadas.
Uma vez fui para a escola de bermuda. As outras crianças começaram a zombar de mim. Lembro-me de escutar “Ah que pernas finas e perebentas”. Depois disso não usei mais vestidos, bermudas e condenei as saias. Só deixava as pernas respirarem dentro de casa.
Por conta deste aprisionamento poupei meus cambitos das tardes de sol. O resultado são duas pernas brancas.
Comecei a perceber que com o tempo, as cicatrizes que eu carregava nos braços foram desaparecendo por conta do sol, mesmo assim, não libertei os membros inferiores do corpo humano. Eu ainda tinha vergonha e continuava a preferir as calças.
Dias atrás eu refleti. Essas marcas são lembranças do que eu vivi, não são motivos para eu me envergonhar. Muitas delas vieram a partir das buscas de aventuras no quintal, outras foram produtos de coisas ruins, mas que eu superei e cicatrizaram. Enquanto eu não deixá-las “livres”, elas continuarão ali. Não que eu queira esquecer, mas tenho que começar a me alforriar deste trauma.
Sábado passado usei uma bermuda pela “primeira vez” depois de muito tempo, na frente de pessoas que não eram meus familiares. E sabe qual foi à sensação? De ter saído de uma masmorra, onde eu mesma me acorrentava.
No meu pago é assim
Vejo pela vidraça
O destino
Rasgando o céu
Deixando o rastro
No imenso espaço
Onde mora o livre
Sou um cúmulo de metamorfoses. O produto de muitas reinvenções.
Em meio a tantas ousas, já até me perdi de mim. Mas senti saudades e, de braços bem abertos, corri ao meu encontro.
Já pensei não ter mais forças. Mas, de algum lugar secreto, a força sempre vem.
Já perdi a esperança... Mas a esperança é fênix. Renasce das cinzas, forte e inexorável.
Entendi que não importa quão caótica a situação, a maior demonstração de presença de espírito que se pode dar é colher os morangos da vida. Ah, os morangos! A vida os oferece aos punhados. Mas só os nota quem se atreve a sair do lamento e olhar ao redor.
Entendi que Clarice Lispector tinha toda a razão: Ser livre é seguir-se afinal.
Nada que tenha asas deveria estar preso em uma gaiola. Pássaros e pensamentos devem voar livres, pousar onde lhes convém, alimentar-se do que lhes convém, ir aonde lhes der na telha! Asas são feitas de infinito, é preciso tirar-lhes o ímpeto do vento para que caibam - tristemente - dentro de qualquer coisa...
Nem toda causalidade é feito com razão tendo algum fim, na sua totalidade do termo, mesmo que a causalidade se forma de forma intrinsecamente, ela não precisa de uma finalidade para se originar, algumas se originam do nada. Se a minha afirmação estiver errada, então não existe livre-arbítrio.
Por vezes quase somos felizes novamente.Saímos de casa,encontramos os amigos,sorrimos,brincamos,tomamos aquele café.Sorrimos na companhia da família até a barriga doer.Mas no final do dia,no final de tudo a gente lembra o que quer esquecer,o que precisa esquecer.Aí a gente lembra que sai pra não se sentir só,mas volta pra casa se sentindo mais sozinho ainda.
E aí a gente percebe que ser tão livre pesa...
Irei tentar realizar no sonho, o que na realidade é impossível acontecer. Vou deixar meu coração livre, para que ele sinta novamente o que é o amor.
Deram-me remédios dizendo "tome isto e ficarás bem" e não explicaram o que eu tinha. Um dia parei de tomá-los e me senti melhor.
Fizeram-me acreditar que eu precisava de muletas para caminhar enquanto eu tinha as pernas saudáveis para correr livremente.
Indicaram-me uma direção dizendo que aquele era o caminho. Questionei e me perdi nas incertezas... Não tinha uma direção a seguir, mas também já não tinha um fardo a carregar, por mais leve que tentassem fazer parecer aquele jugo. Então percebi que quem não tem pra onde ir inventa seu próprio caminho; é livre.
SOMOS TODOS LIVRES PRA PENSARMOS O QUE QUISERMOS,AGIRMOS COMO QUISERMOS,ENFIM SOMOS O QUE QUEREMOS SER ...
De saco cheio dessa vida mesmo... Mas quem sou eu pra reclamar!
Passarinho preso numa gaiola...
Mesmo a porta estando aberta não consegue voar
pois podaram suas asas...
Algumas pessoas acreditam que o amor é possuir ou controlar, esse movimento é ao meu ver o revés do amor, o amor é ser livre e apreciar a liberdade do ser amado!
Jardim. Para muitos, um grande ou pequeno espaço de mato, insignificante. Para mim, grande ou pequeno esse tal espaço de mato remete-me maravilhas à cabeça, poder observar um jardim é uma paz de tamanha nobreza, nobre é aquele que se dá ao prazer de desfrutar o simples. Foi no jardim que eu pude dar meus primeiros passos, ele era meu amigo, diferente do chão que quando eu tropeçava me fazia chorar. Aprendi que o céu azul é um convite para os pássaros orquestrarem. No jardim, que eu pude ter a primeira impressão do que é a liberdade, e até hoje é no jardim que eu sou livre. Convivemos sem nos dar conta que somos prisioneiros, não somos livres, não julgo prisioneiro como réu, mas sim prisioneiros do sistema à qual vivemos, das regras à qual seguimos. Tenha o prazer de ter um jardim, ele é como um livro de colorir, sem cores ele é sem graça, sem vida. A melhor forma de colorir um jardim é com momentos e sentimentos compartilhados com ele. O jardim.
A vida não nasceu para chorar nem sofrer e sim para juntar pares,corações e para viver feliz e ser livre
Paz, não é apenas aquela adquirida quando se está vivendo em dias livres de sofrimento, mas também é um estado de calma em que se consegue alcança-lo, mesmo em situações difíceis. Observe um pássaro, que mesmo preso em uma gaiola continua à cantar.
Não busque prender alguém ou achar que aquela pessoa é sua propriedade, um amor saudável é aquele sentimento livre e confiante.
Deixe quem não faz bem partir e mesmo doendo a liberdade é o maior presente para ambos.
