Linhas Gerais de Pareto
O mundo é um show
Me surpreendo ao perceber
Que as finas linhas do destino
Nos une e nos separa
Mesmo sem o meu querer
Meu futuro mais belo
Meu sonho mais alto
As mudanças me levam
E eu estou tão incauto
Mudo como pessoa
Mudo de lugar
Meu núcleo se move
E não tem como parar
Será que tudo é assim?
Que tudo temos que deixar?
Abraçar o mundo é possível?
Como então continuar?
Um fantoche pensante,
Um lindo teatro,
Uma grande peça,
Repleto de atos.
Levado eu sou
Na minha jornada de herói
Conecto-me muito
E isso me dói
Quero fazer uma grande festa
Com comida e bebida enfim
Em que amigos e amores
Estejam bem junto a mim
Que fale com todos
Em um só lugar
Saudades de tudo o que foi.
Saudades de tudo que irá.
geologia
essas minhas linhas
da mão
me dizem que nasci
sem sorte
pro amor
a linha do coração: uma trilha
entrecortada descontínua atravessada
andarilha
seguem até o meio da palma, aos buracos
aos tropeços, ainda que sem pedra
no caminho
do médio
ao indicador
como se o abismo
fosse apenas
um vão entre os dedos
Eu gosto mais das pessoas nas telas, nas pinturas, nas fotografias e presas entre as linhas de um papel (risos). Lá podemos ter a oportunidade de admirar sem ser observado, reprimido, interrompido. Sim... as pessoas fora das telas, das pinturas e fotografias machucam tudo que as tocam.
As vezes eu preciso transformar as pessoas em lindos rascunhos...Uma música, uma melodia, um escrito, um desenho, uma cor, uma respiração e até uma ilusão. Só assim eu posso continuar a lidar com essa humanidade que por vezes é muito questionável. Não seria uma prisão, apenas um escape.
Setembro Amarelo
Ei
Você que está lendo essas singelas linhas
Quero te lembrar que você é incrível
Quero te lembrar que você é importante
Quero te lembrar
Que apesar de você pensar o contrário
Quem tá do teu lado
Quem te conhece
Te reconhece
Te ama
Te quer bem
Sua vida importa
Você importa
E sempre vai importar
A vida é incrível e você também
Se você aguentou até aqui, é um sinal
De que coisas boas estão por vir
Só sucesso e fique vivo(a)
Sua vida importa.
Em vezes sinto-me incapaz de escrever
eu, que em tantas vezes utilizei estas
linhas como único refúgio possível.
Será que não mais me pertence a intimidade com as letras?
Não se sabote! - me vem à mente
A dor sempre me foi a ponte com a escrita
e agora, em tempos de paz, passo a não me sentir merecedora de tal oásis
Larga disso, doce menina
Sabes tu que este dom te acompanha
mesmo antes de quereres
é o que fica de você para o mundo,
é a sua essência mais bonita.
Venha e se entregue
ao seu mais antigo amor
Seja sempre,
e em todas as vezes que voltar,
muito bem vinda.
Respostas
E de repente o meu livro estava em suas mãos
Seus olhos correndo as linhas da minha mente
Impressionante com sua precisão
desvendando segredos, entregando respostas gentilmente
Sem querer discorri meus medos e desilusões
seus olhos entendendo cada frase estourada em sua caixa
E eu não entendo porque você é a escolhida
E eu não entendo...
E eu não pretendo entender
E eu não me atrevo perguntar
E eu não quero perder
E eu apenas aceito caminhar
Eu te escolhi sem querer?
Meu dedo nem te apontou
Eu aceito mesmo sem saber?
Não percebi quando chegou
Mas sorri quando falou
Você tem essa alma linda
E quem dera fosse vista por quem superficialmente só consegue ver
Companheira dos meus dias nublados, tirando risos frouxos engraçados
Me deixa ainda sem entender
E quem tem essa sorte de te ter por perto
Esse te deve a alma, a calma
Tem o privilegio do teu afeto
Deve a suave aura
limpa de pesares
A você, que vive e deixa viver.
A Profundidade dos Afetos na Experiência Humana
Os afetos são as linhas invisíveis que conectam as almas, tecendo laços que transcendem a razão e o tempo.
Eles não se explicam, mas se sentem, não se controlam, mas nos controlam. O amor, a amizade, a saudade, a gratidão — todos são formas de afetos que moldam a nossa percepção do mundo, tornam a experiência humana mais rica e complexa. Cada encontro, cada palavra dita com o coração, cada olhar que compartilha silêncio, é uma troca de afetos que vai além da superfície. O que nos move não são apenas os pensamentos, mas o que o coração sente e o corpo carrega em sua memória emocional. E talvez a maior profundidade do afeto esteja em seu poder de transformar: ele cura, faz crescer, ensina a verdadeira essência da empatia. No fim, os afetos são a poesia não dita da vida, que, sem eles, seria apenas uma sequência de momentos vazios.
CONCEIÇÃO PEARCE
“Nascemos como folhas em branco. Crescemos, e as tintas que preenchem nossas linhas não são iguais. Amadurecemos, arrancamos algumas páginas e reescrevemos outras. Morremos, e deixamos nossa história eternizada no livro da vida.”
"Em um universo bordado com as linhas do convencional, brilham, como estrelas desgarradas, os loucos - aqueles que dançam com os pés descalços sobre as cinzas do ordinário. Eles, que respiram fogo e falam em línguas de paixão, que veem o mundo não como é, mas como poderia ser. Eles, que ardem com um desejo indomável de viver, de salvar, de transformar - suas almas, uma tapeçaria viva de sonhos febris e esperanças inquebráveis.
São esses os visionários, os rebeldes, os poetas da ação, que seguram o futuro nas palmas das mãos trêmulas e o reescrevem com cada gesto ousado. Eles sabem que prever o futuro é um jogo de loucos, uma dança na beira do abismo do impossível.
E no coração dessa tempestade de mudança, um grito ecoa - o amor é uma arte! Uma arte que desafia, que transforma, que transcende. Amar este planeta em agonia é o ato mais rebelde, mais louco de todos. Poucos são os artistas dessa magnitude, mas ah, como o mundo precisa deles!
Que os loucos assumam o palco! Que com sua loucura, sua coragem inabalável, eles redefinam o significado de amar, de viver, de sonhar. Que suas vozes, altas e desafiadoras, acordem as almas adormecidas, inspirem os corações fatigados. Pois em um mundo que caminha à beira do esquecimento, são os loucos, os corajosos, os artistas de alma incendiária, que têm o poder não apenas de mudar o mundo, mas de salvá-lo."
O mundo é redondo.
Ao começar a traçar essas linhas estava mais perto e mais distante do meridiano... ao fim, estarei mais distante e mais próximo. Ai de ti, terraplanista.
Quanta indiferença cabe no mundo, mas pouco importa, porque a redondeza do mundo, uma hora ou outra, manda para longe a estupidez quadrada de alguns que, por benesse da gravidade, permanecem livres de serem lançados ao espaço... Ai de ti, terraplanista.
Pensei em sair deste cômodo e ir para a sala, no sentido horário do meridiano, para viajar no tempo e poder refletir melhor essas linhas...
O gato laceou minhas pernas e perdi o expresso do futuro.
Redondo é o mundo!
Carta em Versos à querida Inês
Querida Inês, receba estas linhas,
que atravessam distância e solidão,
trazendo-te a nova que ilumina:
erguemos no campo a nossa Revolução.
No Seival, o aço cantou com furor,
entre lanças, clarins e poeira do chão,
mas floresciam também — como em flor —
os corações que sonhavam liberdade e paixão.
Veio Tavares com marcha altaneira,
como quem julga a guerra uma dança,
mas encontrou na pampa inteira
o brio de homens que não perdem a esperança.
Neto, em fulgor, ergueu sua espada,
refletindo o sol nas manhãs da campanha,
e ao brado “À carga!”, a tropa inflamava,
como quem dança na chama que arranha.
O combate oscilou como fogo no vento,
mas o destino soprou-nos vitória:
o cavalo de Tavares quebrou-lhe o alento,
e a coragem dos nossos gravou-se na história.
Depois, sob as estrelas em lume,
quando o silêncio abraçava a planura,
acesa ficou a centelha que resume
o sonho da pátria, tão firme e tão pura.
Neto hesitou, fiel ao Bento
mas o mate aqueceu-lhe a razão,
e a voz firme soou como alarde:
“Sejamos República! Que assim seja a Nação!”
No Jaguarão, rio calmo e estreito,
com matas de um lado, coxilhas além,
ergueu-se aclamado, no brio perfeito,
General de uma causa que a todos convém.
Ah, Inês, não de tinta, mas de sangue e bravura,
se ergueu esta pátria em nascentes auroras,
e entre batalhas, guardo a ternura
de escrever-te meu amor nestas horas.
Sou teu Manoel, fiel combatente,
que no campo e na vida jamais te esqueceu,
pois além da vitória, trago presente:
a República é nossa — e meu coração é teu.
Manoel Lucas de Oliveira, 14 setembro de 1836
POEMA CARTA A INES
Autor - Renato Jaguarão.
Limites são linhas imaginarias que criamos em nossa mente, demarcando o espaço e o caminho, aonde nos é permitido ir com segurança. Os limites são meras e falsas direções e afirmações equivocadas celebrais. Afinal não existem seguranças exatas nos percursos e muito menos a estabilização de nossas capacidades nem para menos e muito menos para muito mais. Cada um opta onde quer chegar, só diante os primeiros passos da caminhada.
O interessante é que sonhamos passar anos na mesma página, lendo as mesmas linhas e decorando as palavras... Ai o livro nos faz mudar, esquecer o que já foi lido e continuar. Mas depois, para assombro do leitor, ele retoma o que foi dito, por quê? Será que não já estamos em outra sintonia, em nova 'página eterna'?
- O futuro é algo incerto ? Mentira , o futuro é algo tão certo , escrito nas linhas em que nenhum homem pode ler.
Imprescindível diagnosticar todas as linhas tortas e aquelas palavras engolidas a seco. Tem dias que o paradigma é ser ruim, e duram além do próximo amanhecer. Tem vezes que perco a glória dessa existência ínfima. Tanta subjetividade para nenhuma certeza. Respostas que não existem são esperas cheias de ilusão.
Escrevo pra destrinchar o que eu penso, e em algum verso pode até ser que te entenda.
As palavras doem pra sair. Parece justificativa para a pouca frequência, mas é que a felicidade não permite intervalos. Todas as vezes que escrevo sou triste. Extensão de tudo que não sei falar e que tu nunca quis ouvir por medo de saber.
Só o que tento querer é mais de você, mas tropeço no silêncio que criou pra me afastar, ao mesmo tempo me prender, sujeito a ignomínima da ingenuidade em não saber o que fazer. Em tanta instabilidade enevoa-se os sentimentos. Se eu devo esperar, vai doer saber. Quis fazer parte da redenção, mas quase todos os dias acabam em desilusão.
Me sinto preso em parágrafos sem fim, e tudo que não foi dito corrói a dor até perder a sensibilidade. Talvez meu futuro seja relembrar. Buscar sentidos sempre tirou minha paz, mas não consigo ignorar. Se é mais do que consegue explicar, é só dizer, estou aqui pra você. Só não vamos falar em prioridades, meu amor… O orgulho já me abandonou também. Viver no por enquanto é muito menos do que preciso.
Essas palavras não eram pra você, mas já não há como evitar.
Amar é:
...escrever em linhas paralelas versos contíguos...
...esboçar a dois o colorido desenho de felicidade...
...gracejar sem sentido os sentimentos da vida...
...uma conquista diária para quem vivencia o AMOR!
Pensamentos estranhos!
Começo agora a escrever para não enlouquecer.
As linhas que se seguem não as tomem por arte ou qualquer coisa que o valha.
É somente uma ordem ditada pelo “Eu”, que quer dar a luz a pensamentos (De origem que a mim ainda é desconhecida), parindo-os em letras, caso contrário apodreceriam em minha mente, envenenando-me.
Terminaria por abortá-los em forma de sarcasmo agressivo nos picos de fúria, oops, quero dizer euforia, ou frases de um pessimismo cáustico e mórbido, produzidos pela apatia angustiante.
Já sacaram do que “Eu” estou falando?
Mas deixemos os motivos e as razões para lá, pois agora preciso dar atenção aos que nascem.
Pensamentos estranhos vieram a mim, quase tive medo de pensá-los tal era a natureza deles.
Tudo começou em um dia desses, de uma semana dessas, que chovia muito, parecia que o próprio Divino liquefazia-se.
Olhando para o céu deu-me a impressão que uma nuvem recusava-se a chover, e na verdade parecia que procurava abrigo da chuva.
Viagem minha? Pode ser, talvez. Quem sabe?
O fato é isso me impressionou muito, todavia, resolvi não matutar sobre isto, e acabei por esquecer.
Até que em um dia desses, em uma semana dessas, em que fazia muito calor, parecia que o próprio Divino ardia em febre.
Tentando olhar para o Sol, queria blasfemar contra Ele, oops, que é isso? Uma nova impressão, um raio de Sol fugia de Si mesmo, e procurava uma sombra!
Eu sei, é demais até para mim mesmo que estou acostumado a viver em meio aos devaneios, porém, sendo alucinação, viagem, delírio ou não, foi a partir dessas duas visões, que desconheço a origem, e da ligação que fiz entre elas é que fecundaram minha mente onde germinaram tais pensamentos.
Será que não fugimos também de nossa natureza? Será que não nos recusamos a chover ou a raiar? Fugimos ou não de nossa virtude, ou seja, fugimos da causa primária de nossa Existência, que seria:
Evoluirmos como somos?
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp