Limpar a Casa
Eu vim caminhando voltando pra casa. Eu andei duas quadras mas foram suficientes para pensar em várias coisas aleatórias. Eu pensei que tudo na vida passa tão rápido. O que tem dinheiro, por de uma hora pra outra perder tudo. O que é feliz pode num instante ficar triste. Até o sábio pode chegar até a insanidade. Mas o ponto mais importante, é que tenho reparado que ninguém liga para o que se ganha ou o que se perde. Ninguém associa a felicidade nisso. O que geralmente vejo é que a felicidade está associada a se você tem alguém ou não. Se namora, ou é casado, as pessoas deduzem que se é feliz. O que é no mínimo estranho. Talvez o maior desafio da humanidade seja conseguir viver sem depender de outra pessoa para ser feliz. Conseguir ser livre e leve. Olhar pra solidão e fazer dela a companhia perfeita para se ler um livro. Como eu disse, tudo passa. Então se conseguir estar bem consigo mesmo vai aceitar que a vida é cheia de surpresas. E que não nos resta outra escolha, a não ser seguir o baile, ou dançar. Conseguir a evolução é se dar bem consigo mesmo, antes de se entregar totalmente quebrado e com emocional instável e dizendo: "que goste de mim pelo que sou".
É como dizem, sejamos antes um bom ímpar, para poder ser um bom par.
Aceitar-se. Viver e ser livre. Ser feliz é mais um caminho do que um destino.
Criei o costume de toda semana comprar sequilho com goiabada na padaria perto daqui de casa. Comê-lo bebendo um café sem açúcar tornou-se, sem exagero, um dos momentos mais deliciosos da semana (tirando o dia da coxinha com café).
Mas a goiabada me incomodava. Não necessariamente ela, mas sua pouca quantidade. Era um pingo no meio do sequilho. Reclamei na padaria, chamei o padeiro de casquinha e tudo mais.
Outro dia, voltando do estágio, passei pela padaria e, pra minha sorte, disseram que havia um sequilho especial pra mim. Lá estava, o meu sonho num sequilho de um real. Quase que completamente coberto de goiabada.
Chegando em casa, preparado o café e toda a ritualística necessária para consumir o apetecível sequilho, ocorreu que não comi nem a metade. Enjoei na segunda mordida. Doce demais, chegava a dar náuseas.
Dia seguinte, cheguei na padaria e lá estava: outro sequilho coberto de goiabada. Me ofereceram e, por vergonha de dizer que odiei o do dia anterior, comprei. Em casa, raspei a goiabada e comi.
O problema, o inferno, não era a goiabada nem o padeiro, era eu. Fui eu quem, amando o que amava, queria do meu jeito, sem entender que eu gostava era do jeito que era, porque se do meu jeito fosse, eu rejeitaria, enjoaria e até tentaria fazê-lo voltar a ser como era.
Assim fazemos com as pessoas também. No início as amamos como são, depois que estão conosco começamos a criticar, tentamos mudá-las, tentamos "colocar do nosso jeito", sem saber que nosso jeito são nossas projeções, pessoas que não existem, e que se existissem, enjoaríamos delas.
Transformamos para descartar, porque quando aquela pessoa muda, muito provavelmente quem gostávamos não está mais lá.
Essa semana voltei à padaria, pedi o sequilho sem goiabada e mandei avisar ao padeiro que o próximo texto quem escreve é ele, provavelmente virá algo de bom, ainda que não seja doce.
Minha casa
Minha casa é pequena,
Mas não é apertada,
Minha casa é bonita,
E bem-arrumada;
A cozinha é juntinha bem planejada,
O banheiro com o box fica ajeitada,
A sala é o recanto onde o vento vem me visitar,
Se vier muita gente teremos que apertar;
O meu quarto é o meu ninho,
Mas dele prefiro não falar,
Pois ali quietinho espero meu amor chegar.
Não desejo que tu consigas comprar um tablet, TV smart, carro novo ou uma casa.
Não desejo que nunca falte alimento em tua casa.
Não desejo que tu sejas feliz com quem amas.
Não desejo que tu tenhas saúde, que vivas muito.
Desejo, que tu ponha Deus em primeiro lugar na tua vida, pois assim todas as coisas poderão ser conquistadas - e garantidas!
Enquanto estava na casa da minha avó, uma senhora me disse: Nunca é errado escolher. Errado é ficar com qualquer um. Nunca escolha um que fume, beba ou que fique em grupinhos. Lembre-se: Nunca é errado escolher. Escolher é certo. Quero o seu bem, por isso estou lhe dizendo isto.
O termo “casa” na bíblia significa família. Uma igreja familiar. Longe da “cultura do Templo”. O Templo deve abraçar urgentemente a “cultura da igreja família”. Também não adianta apenas “igreja familiar” se esta segue as mesmas práticas do templo onde as pessoas insistem em manter suas respectivas condições dando sobrevivência às mesmas tensões e comodismos.
Aos 20 anos um sentimento e desejo de liberdade me fez sair de casa, mas não somente sair de casa, eu fui longe, fui morar em Brasília, não queria mais pai e mãe pegando no pé dizendo o que fazer onde fazer, com quem andar para onde andar, hora de chegar hora de sair! Era muito chato, era um porre, e longe eu podia tudo, e somente o telefone às vezes nos trazia para perto, anos se passaram, 5 para ser exato, eu regressei, provido de alto suficiência ainda confiante e pisando firme, nada de voltar morar com eles, continuei morando sozinho. (afinal eu era grandinho, já podia fazer tudo). Amigos casando, vários provendo suas famílias, casando e descasando, outros casando novamente, outros casando pela terceira vez e eu aqui, firme morando sozinho e só assistindo, morando sozinho, já com um presente inenarrável meu filhotinho lindo Ian Costa, mas nada de achar minha bela adormecida.
Visitando meus pais aos finais de semana, entre uns furos aqui e ali, hoje percebi que não era nada disso, ser grande e independente não e morar sozinho, e não ter ninguém para repreender pelas cagadas visíveis, pelos porres e irresponsabilidades agudas, era sim ter responsabilidade, e ser justo consigo mesmo, com seus amigos e principalmente com sua família, e depois de uma certeza descomunal interior pego as malas tranco as porta do apto e volto correndo feito louco para casa de mamãe e papai com um sorriso de orelha a orelha, e tudo que me vem a cabeça e o conselho de um grande amigo! O TEMPO DO AMOR E IRRECUPERÁVEL, diante disso eu acrescento dizendo, “o tempo do amor da família”, esse então e insubstituível, daqui não saio, daqui ninguém qualquer irá me tirar.
Sabe por quê? Por que almoçar, jantar e tomar café ao lado da sua mãe, do seu pai, ver jornal, novela, discutir politica, ver futebol ou simplesmente pedir bênção pai, bênção mãe antes de dormir, não vale liberdade de 20 poucos anos algum! Agora tô eu aqui, pomposo, cheio dos mimos, faceiro
Apenas uma dona de casa
Sem grandes talentos
Que pata não jogar palavras ao vento
As guarda com sentimento.
Eu me perco na rua de casa, quando você me olha com aquele olhar de quem não desejar nunca terminar de me esculpir.
"...Perder é bem pior do que não ter. Quem já teve casa, quem já teve asas, pode me entender.. Perder é bem pior do que não ter, eu já tive as chaves como as aves tem o céu…"
Judas Iscariotes:
O inimigo não trai, ele já é inimigo, quem trai é o amigo, ele fica em casa articulando um plano para derrubar o amigo, Jesus disse que o amigo intimo, que comia em minha mesa, esse levantou contra mim o calcanhar.
Brigadeiro, terra, bicho e flor
Bolo de aniversário, pega-pega, casa de vó.
Bicicleta, livros, músicas e o primeiro amor
Merthiolate, cadernos de enquete, dominó.
Formação, trabalho, responsabilidade, da morte a dor
Mais juízo, menos tempo e o que resta é pó.
Só no sonho continuo inventor
[inventor de mim]
Eu não quero casar com você. Não quero véu, grinalda. Não quero casa, apartamento. Eu não quero filhos, nem ficar junto 10, 15, 20 anos. Não quero planos.
Pode ser que no futuro você tenha alguém tão legal quanto eu, assim como no passado você também já teve. Mil pessoas podem me fazer feliz, mil pessoas podem te fazer feliz e cada uma de uma forma diferente.
Quem lê isso e diz que isso é falta de amor, na verdade não entendeu nada.
Esse é o amor mais purinho que eu posso oferecer. É amar sem cobrança. É amar por amar, sem planos, sem amarras.
Só me importa o hoje. E hoje, de todas as coisas imagináveis e inimagináveis, a que eu mais quero é ficar com você....sem medo, sem ter que imaginar “será que hoje vai rolar?”. Poder chegar, e te beijar. Poder estar realmente com você.
Quero deitar num sofá de camisetão e despenteada, e assistir a vídeos e filmes loucos, contigo.
Quero falar de coisa boba. E dar risada, muita risada.
Quero acordar no final de semana com você do lado. Passar a tarde toda sem fazer nada e sentir o escurecer do dia do quarto colada em você. Porque me agrada a temperatura da sua pele, sempre uns graus mais quentes do que a minha.
Quero poder saborear a sensação estranha de conversar com você, sem ter que ficar com aquela ansiedade, e ficar caçando assunto pra te falar....simplesmente, falar com você.
Hoje o que eu mais quero é ficar com você. E ontem também era. E semana passada. Mês passado. E nos últimos anos. Seja um dia feliz, seja um dia triste…
A verdade é que se um dia eu acordar ao seu lado em um apartamento nosso, ou com uma aliança no dedo vou ser igualmente feliz ao que eu sou. E vou pedir a mesma coisa, me dê o hoje.
Porque não importa o plano. Importa sim a vontade. O amanhã, quem sabe?
Saudade da época que meu dever de casa era "cortar e colar" ou "ligue os pontinhos"............sinifff!
mel
A casa dos sentimentos
Eu sou uma casa
E abrigo os meus sentimentos.
Às vezes um invasor não bate à porta,
Simplesmente entra,
Aconchega-se na cama macia e vermelha
Que pulsa na cavidade
Do peito.
Deleito-me em devaneio a sonhar
Com a possibilidade de novas aventuras
Com o forasteiro
Encontrar.
Oras,
Por que não sossega e fica de vez?
Um bom intruso sabe como permanecer, mas...
Eu sou uma casa móvel
E abrigo os meus sentimentos
Hora dispersos, mas sempre inquilinos fiéis.
Dentro de nossa mansão particular
Há recortes de uma vida,
Há lembranças,
Algumas delas nunca vão embora
E basta que o antigo e primeiro residente
De encontro ao imóvel ambulante
Abrace-o com brando sorriso
E luz emanando dos olhos,
Para que o presente seja passado
E o passado seja novamente o presente.
Eu sou uma casa,
Abrigo os meus sentimentos
E não há hoje
Que possa perpetuar
Enquanto latente
Em mim
Durar.
Quando eu chego em casa, a minha filha corre para a porta e me dá um abraço apertado. Aí tudo que aconteceu durante o dia se desvanece.
Vamos imaginar a seguinte cena:
Você sai de casa, nada de bolsa, nenhuma bagagem, não leva nem mesmo seus documentos, suas roupas sem bolso, sem nada, apenas roupa do corpo...cartão de crédito, carta de motorista, identidade,celular, nada.
Você sai e não poderá voltar para pegar nenhuma mala...
Leva consigo apenas a bagagem de sua essência, do que você é!
É dessa forma que partiremos para o mundo espiritual, sem nada, apenas com nossa essência, com o eco do que semeamos aqui.
O que estamos semeando, o que estamos plantando?
E se hoje saíssemos sem nenhuma bagagem física, somente nossa essência... o que estaríamos levando?
Já pensou nisso?
É nisso que eu tenho pensando ultimamente.
Joelma Siqueira
