Lilian poesias
Eu me vi perdida entre o passado e o futuro
Num presente flutuante
Com perfume de lagrimas
E sabor de magoas
Mais eu não me importava
Ja não sentia a dor de não sentir mais
Pois as correntes faziam parte da minha carne
Preparada com armadura de papel
Protegida do amor que queria sentir
Não precisou de muito , pra derrubar a nuvem embaixo dos meus péis que me fazia flutuar
O amor chegou e eu tinha razão
Terrível amor como a espada que atravessa meu corpo
Doce amor que faz minha alma brilhar
Não posso encontrar palavras pra descrever
o poeta se vê perdido em suas palavras
Não se pode explicar o amor
É algo que se sente
Então não espere um poema não consigo descrever em palavras oque sinto, quando te toco, quando te beijo, quando meu olhar entra em seus olhos, seus dedos cruzam os meus
Quando teu abraço me aquece
Haaaa seu abraço
Como queria ser o tempo
Nessa madrugada e poder parar um segundo na eternidade
Em meu pensamento enquanto te abraçava eu dizia me leva daqui amor
Vamos pra um mundo só nosso onde nada é proibido
Onde eu não precise de ar dês de que vc seja o meu
Onde suas mãos segure as minhas e eu nunca mais precise chorar
Onde teu calor aqueça meu corpo em noites frias
E sua voz seja a minha musica
Eu sonhei
fui oque desejei ser a vida toda
Por mais medo que eu tinha de ser eu
E me sinto sorrindo
Vc conhece o mais sóbrio da minha alma
E ainda sim decidio me amar
Há homem doce com alma de menino valente
Os brilhos dos teus olhos serão luzes para o meu caminho
Enquanto eu respirar
Eu não te perdi hoje
Pois te terei pra sempre
Meus segredos não são mais só meus
Nem meu coração de pedra que insiste em bater
Obrigado meu amor eu poderia dizer que vc é tudo mais ficaria clichê
Eu poderia pedir não me deixa nunca mais seria egoismo
Eu prefiro dizer eu amo você.
Hoje sonhei uma poesia... e dentro do sonho queria anotá-la num caderno, num pedaço de papel de pão, em um guardanapo, num cantinho da parede... em algum lugar qualquer.
Mas o sono não quis acordar, continuou dormindo e deixou a poesia voar...
Começa um tempo com um jeito de estrelas,
com cheiro de coisa nova e com um ar que promete cores.
Coloco-me assim, com vontade de viver cada nota, cada letra, cada semente...
Era uma vez...
Na manhã da criação do mundo, as estrelas cantavam em coro, e os anjos soltavam gritos de alegria.
Era uma vez uma árvore que queria ser um barco, mas ela vivia na incerteza: ter ou não ter raiz?
E assim, antes de ser barco, ela começou a imaginar-se equilibrando sem suas raízes.
Criança que é criança, brinca de luta...
Acha que fruta não é lanche...
Arregala os olhos diante de um adulto que não se coloca do tamanho dela pra falar olhando nos olhos...
Criança que é criança, dança ao vento, mente sentindo verdade, vê monstros nas sombras, formigas gigantes...
Criança que é criança, suja o pé...
Existem mundos de papel, de lã, de tintas de nanquim
As folhas secas pelos sonhos acordam com vontade de mergulhar em mel...
Chá de estrelas... luz de um barco que vem de longe...
Palavras? Às vezes ficam aqui dentro e se recusam a enfrentar florestas que deixam de ser,
água que sai de sua transparência,
flores pálidas... copos quebrados...
Vidas que se vão em nãos...
...de mão em mãos...
Ele veio de longe e encontrou-se com aquela moça de aparência delicada e atos nem tão delicados assim.
Conversas sussurradas na calada da noite quando perdiam o sono, porque perdiam o sono e jamais as palavras...
E viveram (felizes e às vezes nem tão felizes assim) juntinhos por longos anos.
João e Maria.
(sobre os meus avós)
Logo ali atrás deixei um embrulho feito de papel de pão, amarrado com cordão.
Todo mundo gosta de embalagens... papéis coloridos fitas e celofanes. Nem sempre dá tempo de arrumar um presente dentro de uma embalagem. As festas são tão rápidas e mais rápidos ainda os amores. Por isso o pacote está assim, embrulhado em papel de pão, que era o que eu tinha ontem.
Embrulhava tijolos em papel de pão, amarrava com cordão e deixava em algum lugar estratégico pra alguém achar, mal sabia eu o significado daquilo.
Os embrulhos eram para os moleques das outras ruas, os da nossa rua não eram moleques, eram meninos. E mais menino ainda era o Ivan, que era todo embrulhadinho em papel celofane. Todas as meninas gostavam do Ivan, que descia com tudo a rua com sua Caloi vermelha.
Engraçado é o gostar. Joelson também, todas as meninas da escola gostavam dele, inclusive eu. Sentava a frente dele e um dia me pediu a borracha emprestada e nela escreveu que eu era bonita. Isso serviu para eu embrulhar o Joelson num papel colorido e decorar com fita de cetim.
Mansidão é um fruto que faz com que a gente tenha um espírito simples e gentil no trato para com os outros e com a gente mesmo.
Ser manso não significa ser fraco, depreciar-se ou ser covarde, muito menos falta de autoridade. Gandhi foi manso e mudou uma Nação, Jesus foi manso e amou ao mundo de tal maneira!
Máscaras, estrelas, folhas e tintas secas espalhadas pelo chão...
engano tanto assim a mim mesma com cheiros de ópio que me vem à tenda?
uma doçura amarga que me segue...
uma paciência que não espera...
cheiro de roupas do baú, fantasias velhas e gastas pelo tempo
ponto final ou reticências?
Na verdade, gosto dos detalhes que compõem o todo, com o tempo, vc verá que coloco não só os pés, mas também olhos, sorrisos, sombras, folhas...
Porém tenho dado aos meus pés um cuidado especial, eles me carregam, agüentam o meu peso me levando por aí...
Por isso procuro ser leve, andando também com os pensamentos...
Uma vez, um amigo me descreveu como uma taça de cristal bem fino, muito delicada, parecendo muito fácil de se quebrar, porem, a base desta taça, ou seja, seu pé era de ouro, então ela se mantinha firme.
Talvez seja por essas razões hoje, que tenho destacado meus pés.
Às vezes costumo descer as ruas descontraidamente, pensando longe em coisas diversas. Sinto-me feliz porque ainda posso andar assim nas ruas de minha cidade.
Escutei um “oi” vindo do lado da calçada e olhei rápido quando ele me estendeu a mão e disse: sou o Scott e seu nome, como é?
Em pouco tempo torceu uns arames de cobre, era como se bordasse modelando uma linha sobre o ar.
Falei: Sua Arte é linda, prometo que passo aqui outro dia para comparar algo seu. Hoje não tenho nada na bolsa.
Ele pediu que eu lhe desse a mão e colocou um anel no meu dedo e disse: tem coisas e momentos que não se compram com dinheiro. É seu!
Quero um amor construído na terra,
bem dia a dia, com todos os ocres e os sulcos, bem de verdade!
Cansei de amores irreais, feito de promessas, sem alicerces.
Quero prosa, café cheiroso e verdades chocantes.
Cansei de versos, de almas gêmeas e cochichos.
Preciso de um novo olhar, uma surpresa, um caminho desconhecido.
Não quero mais me esforçar para manter histórias bonitas, de desculpas inventadas.
Quero sal, cansei do doce.
Quero o sapo, cansei do príncipe...
Teclas e Penas
Olho para as teclas e fico pensando
como é que os poetas de outrora olhavam para as penas,
buscando nelas inspiração como eu busco nos teclados de um computador.
Penas, estas vindas de alguma ave.
Penas de águia, de coruja quem sabe...
Eram únicas, singulares.
E estas teclas, de onde vêm?
De uma fabricação em série. Máquinas feitas por máquinas.
Mas o que importa mesmo, são as mãos de quem as tocam,
sejam teclas, sejam penas.
Pois as mãos de quem ama são regidas por um coração que renasce até das cinzas...
As minhas teclas viram penas...
Penas de fênix.
E na última aula, faltando uns 5 minutos pra acabar a aula com meus alunos pequeninos (8 anos), um me vem com uma pergunta: -tia Lilian, pq seu olho é diferente?
Eu:-Diferente como?
Ele: -Assim preto em baixo.
Eu disse: -ahhh, é que não sou totalmente humana, sou parente de ursos pandas.
Ele: -Sérioooo???!!!!
Qual é o problema com a velhice?
Ela é só o oposto da novice!
Ela nasce, morre e revive...
Tudo o que é velho é novo
E tudo o que é novo é velho;
Tudo que é velho existe
Tudo que existe flui
Tudo que flui vive
Qual o problema da velhice?
Quem tem corpo velho: vive
Quem tem alma velha: ensina
Quem tem mente velha é sábio.
Quem nasce hoje e morre amanhã é otário!
Qual o problema da velhice?
O tempo não me ensinou nada
Quem me ensinou mesmo
Foram os muitos erros e os poucos acertos
Que com o tempo só se proliferaram
...
Desistir por que o mundo está lotado de patetas?
Numquam
Minhas retinas nunca derramaram lágrimas em vão...
Desistir por que dos teus lábios prolifera sujeira?
Numquam
Os meus pés andam desnudos.
Recuar por que tuas aspirações são medíocres?
Numquam
As janelas dos meus olhos estão abertas...
Lutar contra ti?
Por quê?
Nossos astros estão em dimensões opostas
Minha mochila nunca está cheia
Teu engano é saber que sabe muito, mas não compreender que não sabe tudo!
Tuas ideias estão presas a tantas teorias, que tua alma esqueceu a própria natureza.
Uma redoma tosca e com espinhos para dentro, eis o teu recinto.
Somos escravos de nossas próprias ideias
Somos prisioneiro de nosso preconceito.