Liberdade pra Mim e pouco

A renúncia é a libertação. Não querer é poder.

O valor do homem é determinado, em primeira linha, pelo grau e pelo sentido em que se libertou do seu ego.

A mulher é a escrava dos escravos. Se ela tenta ser livre, tu dizes que ela não te ama. Se ela pensa, tu dizes que ela quer ser homem.

A espécie de felicidade de que preciso não é fazer o que quero, mas não fazer o que não quero.

Quando se amarra bem o próprio coração e se faz dele um prisioneiro, pode-se permitir ao próprio espírito muitas liberdades.

Ser-se livre não é fazermos aquilo que queremos, mas querer-se aquilo que se pode.

Ninguém é suficientemente competente para governar outra pessoa sem o seu consentimento.

O homem nasceu livre e por toda a parte vive acorrentado.

Querer ser livre é também querer livres os outros.

Recomeça... se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade.

A solidão é o preço que temos de pagar por termos nascido neste período moderno, tão cheio de liberdade, de independência e do nosso próprio egoísmo.

Sou escravo pelos meus vícios e livre pelos meus remorsos.

É a ambição de possuir, mais do que qualquer outra coisa, que impede os homens de viverem de uma maneira livre e nobre.

Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome. – Sou pois um brinquedo a quem dão corda e que terminada esta não encontrará vida própria, mais profunda. Procurar tranquilamente admitir que talvez só a encontre se for buscá-la nas fontes pequenas. Ou senão morrerei de sede. Talvez não tenha sido feita para as águas puras e largas, mas para as pequenas e de fácil acesso. E talvez meu desejo de outra fonte, essa ânsia que me dá ao rosto um ar de quem caça para se alimentar, talvez essa ânsia seja uma ideia – e nada mais.

No amor, a autoridade é por direito daquele que ama menos.

Um noivo é um homem feliz que está prestes a deixar de sê-lo.

A pior coisa da humanidade são os homens e as mulheres.

A morte produz algo de agradável: as viúvas.

A amizade, como o dilúvio universal, é um fenômeno do qual todo o mundo fala, mas que ninguém ainda viu com os seus próprios olhos.

É tão agradável ser amado que até nos contentamos com a aparência.