Liberdade Borboleta Fernando Pessoa

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Hoje aconteceu uma coisa engraçada, que atestou mais uma vez a minha incoerência comigo mesmo. Vivo imaginando que de repente vão aparecer fadas ou gênios na minha frente para perguntar o que eu desejo. Hoje pensei sério: se me perguntassem o que mais desejo na vida, não saberia responder. Quero tudo.

Mas eu estou viva, não estou? As pessoas estão todas aí, não estão? Só me falta somar ao invés de substituir e viver ao invés de escrever. Dá licença, vou até ali fazer diferente.

Antes de estender os braços, preciso saber o que há dentro desses braços, porque não quero dar somente o vazio.

''Fecho os olhos, faz tanto bem, você não sabe. Suspiro tanto quando penso em você, chorar só choro às vezes, e é tão freqüente.''

APEGO


Amar-te é um tempo de ódio
Odiar-te é meu profundo amor
Estar nos teus braços é uma vitória rara
Afastar de você é ir de encontro ao fim,

Enterrei-me nos teus pequenos olhos
Infiltrei-me no teu sorriso
Corri para quem me abraçar
Menti para vontade do sofrer,

Cansaço, vazio e exploração!
Porcaria de vida, rica destruição;
Índios inventando nome de gente
Gente que jamais chegou a ser índio.

" Quanto a ti, já reparaste como o mundo parece feito de pontas e arestas? Já chamei tua atenção para a escassez de contornos mansos nas coisas? Tudo é duro e fere. "

...E sabia que de alguma forma ele continuava ali. Miúdas crateras, gretas polpudas. Em algum ponto da cama, do quarto, da mente, do espaço.

O tempo corre, a gente vai descobrindo jeitos de se proteger.

Os sonhos se tornam impossiveis a partir do momento que você acredita não ser capaz de realiza-los

"E tudo por aqui, na verdade , vai bem. Pulo os poços, quando pintam - e como pintam!"

Essas que imaginam vidas vagamente inglesas, paixões contidas, silêncios demorados e gestos escassos, mas repletos de significados, preferem a estrada do leste.

Fui vivendo minha vida de maneira tão solitária, conquistando minhas coisas tão no braço, tão sempre sem nada, que aprendi a ter uma enorme admiração por mim mesmo.

Que seja doce o seu jeito, seus olhares, seu receio. Que seja doce o seu modo de andar, de sentir, de demonstrar afeto. Que seja doce a ausência do meu medo. Que seja doce. Que sejamos doce. E seremos. Eu sei! Que seja doce. Repito: Que seja doce. Sete vezes pra dar mais sorte: Doce, doce, doce, doce, doce, doce, doce...

Ah, quanta ânsia sufocante de pureza. Quanta mentira adocicada.

Preciso abandonar essa “mania de passado”, retirar os entulhos, deixar a casa vazia para receber nova mobília, fazer a faxina da mente, da alma, do corpo e do coração.

Que essa felicidade nos deixe com o coração disparado, mãos úmidas, olhos brilhantes e aquela fome incapaz de engolir qualquer coisa.

Ela era bonita. Mas não era bonita e só - como a maioria dos bonitos, ela era bonita e tinha muitas outras coisas na bagagem.

Sei que ele gosta de mim, só não sei se ele sabe o quanto eu gosto dele, o quanto eu me entreguei ao escuro, aos passos largos.

-Quando estiver muito quente, me dará uma moleza de balançar devagarinho na rede pensando em dormir com você.

Eu não vou te pedir nada. Não vou te cobrar aquilo que você não pode me dar.