Liberdade Borboleta Fernando Pessoa

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Importa apenas o teu sorriso e nada mais.

Perdi um pedaço, tem tempo. E nem morri.

Não fique aí remando contra a maré, dando murro em ponta de faca. Veja – se não fora pra ser, não vai ser.

E recomeçar é doloroso. Faz-se necessário investigar novas verdades, adequar novos valores e conceitos. Não cabe reconstruir duas vezes a mesma vida numa só existência. É por isso que me esquivo e deslizo por entre as chamas do pequeno fogo, porque elas queimam - e queimar também destrói.

Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu: O essencial da década de 1970

Daí você espera por alguém que venha te curar. As vezes esse alguém aparece, outras vezes, não.

Que seja tudo por completo. Nada de restos ou pedaços.
Por favor não me apareça pela metade.

Abraçados fortemente, e tão próximos que um podia sentir o cheiro do outro.

Te escrevi duas vezes: a primeira saiu uma coisa sincera, mas lamentativa demais, um saco. A segunda saiu “madura e controlada”, mas extremamente falsa.

Antes que pudesse me assustar e, depois do susto, hesitar entre ir ou não ir, querer ou não querer — eu já estava lá dentro. E estar dentro daquilo era bom. Não me entenda mal — não aconteceu qualquer intimidade dessas que você certamente imagina. Na verdade, não aconteceu quase nada.

(pequenas epifanias)

Ela era mais do que linda. Era viva. Sarcástica. Tensa. Meio confusa. E rainha.

Por trás da fragilidade física escondia-se uma extraordinária força.

Meu coração é um entardecer de verão, numa cidadezinha à beira-mar. A brisa sopra, saiu a primeira estrela. Há moças na janela, rapazes pela praça, tules violetas sobre os montes onde o sol se pôs. A lua cheia brotou do mar. Os apaixonados suspiram. E se apaixonam ainda mais.

Alguma coisa aconteceu comigo. Alguma coisa tão estranha que ainda não aprendi o jeito de falar claramente sobre ela. Quando souber finalmente o que foi, essa coisa estranha, saberei também esse jeito. Então serei claro, prometo. Para você, para mim mesmo. Como sempre tentei ser. Mas por enquanto, e por favor, tente entender o que tento dizer.

Ele era um anjo, e anjos não pertencem à Terra.

Estou me transformando aos poucos num ser humano meio viciado em solidão. E que só sabe escrever. Não sei mais falar, abraçar, dar beijos, dizer coisas aparentemente simples como “eu gosto de você”. Gosto de mim. Acho que é o destino dos escritores. E tenho pensado que, mais do que qualquer outra coisa, sou um escritor. Uma pessoa que escreve sobre a vida – como quem olha de uma janela – mas não consegue vivê-la.

Existe um sentimento maior, mas não menos importante que o amor, a amizade.

Depois das nossas brigas, compreendi uma porção de coisas. Compreendi, por exemplo, que eu estava mitificando e mistificando você; que estava também me anulando perto de você; que estava aceitando tudo o que vinha de você somente por achar você bacana.

Estou numa relação maravilhosa comigo mesmo. (…) Alguma coisa em mim parece que laceou, eu era tão cheio de medos.

Tenho achado viver tão bonito.

Garçom, uma dose de amnésia e duas de desapego por favor.