Liberdade Borboleta Fernando Pessoa

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É uma resposta simples pra uma pergunta simples: Você vem?

Vem, para subirmos no telhado e, lá do alto, nosso olhar consiga ultrapassar a torre da igreja para encontrar os horizontes que nunca se vêem, nesta cidade onde estamos presos e livres, soltos e amarrados.

Quando a noite chegar cedo e a neve cobrir as ruas, ficarei o dia inteiro na cama pensando em dormir com você.

Não sinto mais impulsos amorosos.

É verdade: tenho pena de mim e sou fraco. Nunca antes uma coisa nem ninguém me doeu tanto como eu mesmo me doo agora.

De qualquer forma, poderia tê-lo amado muito. E amar muito, quando é permitido, deveria modificar uma vida.

Ninguém ajudou. Me virei sozinho. Isso me endureceu um pouco mais.

O que incomoda é esta fragilidade, essa aceitação, esse contentar-se com quase nada.

Porque se você não vem é como se o tempo fosse passado em branco, como se as coisas não chegassem a se cumprir porque você não soube delas.

Mas há um caminho para chegar até esse domínio total do próprio corpo e da própria mente. A evolução é uma espiral - há fases boas e ruins.

Hoje eu pensei em você quase o dia inteiro, suas lembranças me tocavam, era como se eu sentisse sua presença, sabe? Meu pai sempre me diz que quando eu sinto isso é porque a outra pessoa tá pensando em mim, será? Talvez.

- Até quando for preciso. Estarei aqui.
- Talvez dependa de mim.
- Tudo tem seu tempo. Há o tempo deles, também. Eu sou a ponte para você, você é a ponte para eles.
- Tenho medo que você falhe. Porque, se você falhar, eu falho também. E eu não posso.
- Eu não vou falhar. Não porque não posso, mas porque não quero.
- É como um pacto?
- Se você quiser.

Com o tempo a gente aprende a rir dos nossos tropeços.

Ao mesmo tempo alguma coisa em mim não consegue desistir, mesmo depois de todos os fracassos.

No século XX não se ama. Ninguém quer ninguém. Amar é out, é babaca, é careta. Embora persistam essas estranhas fronteiras entre paixão e loucura, entre paixão e suicídio.

Ele não queria entrar noutra história, porque doía. Ela não queria entrar noutra história, porque doía. Ela tinha assumido seu destino de Mulher Totalmente Liberada Porém Profundamente Incompreendida E Aceitava A Solidão Inevitável. Ele estava absolutamente seguro de sua escolha de Homem Independente Que Não Necessita Mais Dessas Bobagens De Amor. Ela era só uma moça querendo escrever um livro e ele era só um moço querendo morar num barco, mas se realimentando um do outro. Para quê? Eles pareciam não ter a menor idéia.

Incapaz de perceber que em seu leve sorriso, bem no canto da boca, começava a surgir uma marca de sarcasmo, feito um tique cruel.

Às vezes a gente vai-se fechando dentro da própria cabeça, e tudo começa a parecer muito mais difícil do que realmente é.

Suponhamos que eu tivesse levado três, no máximo cinco minutos para apanhar a mochila, essa bagagem típica e mínima de quem não se importa de andar de lá pra cá o tempo todo sem paradeiro...

Anota aí pro teu futuro cair na real: essa sede ninguém mata.