Lia Luft Amizade
Uma coisa não podemos perder, e se perdermos vamos recuperar, e se nunca tivemos é preciso aprender: o humor, sem o qual tudo acaba com cheiro de naftalina em armários longamente fechados.
Talvez o melhor seja cerrar os dentes e fechar as mãos, abrir bem os olhos, e os ouvidos, pois a verdade ajuda mais que as ilusões
... enfrentamos o não saber cotidiano, de coração aberto e o ânimo, seja como for, ainda firme. Até porque não temos outra saída.
Queremos afecto, mas a família vai ficando complicada de mais:
como filhos, queremos fugir dos pais, que nos irritam e parecem
nada ter a ver com a nossa realidade; como pais, intimidam-nos os
filhos que não conseguimos entender. As mudanças rápidas nas relações
pessoais enchem-nos de desconfiança. Além disso, não sabemos
comunicar: confundimos palavra e grito, silêncio e frieza.
Funcionamos como solidões em grupo, embalados pelo sonho
de uma fusão impossível que aliviasse as nossas inquietações e nos
desse significado.
O olho do outro está grudado em mim e sinto-me permanentemente
avaliado, nem sempre aprovado: se eu não for como sugerem
ou exigem o meu grupo, a família, a sociedade,se não atender às propagandas,
aos modelos e ideais sugeridos, serei considerado diferente.
Como adolescentes queremos ser iguais à turma, como adultos
queremos ser aceites pela tribo: a pressão social é um facto
inegável. Não controlada, ela anular-nos-á.
Precisamos de pai e de mãe até quando adultos. Sua presença e apoio podem parecer menos essenciais com o correr do tempo, mas com eles, se relação for boa, somos mais completos – e para isso não há idade. Morta minha velha mãe, quando eu tinha mais de sessenta anos, dei-me conta que não tinha mais a quem chamar de “mãe” e foi uma dor estranha. Algo tinha mudado na minha condição. Eu nunca mais seria a mesma.
Todos esses versos, todas essas histórias, estão ficando pessoais demais. Preciso parar de sentir tua falta, me acostumar.
Eu nunca quis ser tudo o que você queria. Meu erro foi me acomodar por ser tudo o que você precisava.
Às vezes as circunstâncias nos pedem pra desistir, elas nunca obrigam. E mesmo sem armas, e mesmo sem forças, e mesmo sozinho, vou lutar nessa guerra singular. Até que você me diga que não me resta nem mais uma chance pra eu te levar, pra qualquer lugar que eu nem saiba o nome.
Teu subconciente sabe que tudo o que falo é verdade. Mas ele está em desvantagem. Deixa eu matar teu orgulho, teus medos e indecisões. Preciso desse 3x0 pra viver.
Você jura que me odeia. Eu juro que te amo. Essas coisas deveriam ser opcionais. E se fossem? Se fossem é claro que teu nome não estaria nos meus papéis.
A vida é como esta Casa Vermelha: em seu bojo roído pelo tempo, habitado de ratos e infectado de angústias, leva toda uma raça de exilados. Cada um, com sua grande nostalgia, sua insaciável sede, tenta adaptar-se como pode. Alguns jamais conseguirão.
("Exílio")
Cada indivíduo, ainda que não queira e nem saiba,
participa do processo dinâmico que é a vida:
não somos inteiramente fruto da genética física e
psíquica, na qual acredito, nem do meio onde
nascemos e crescemos. Somos também resultado
de nossos trabalhos e frustrações, e também das
alegrias. Portanto, por algumas coisas somos responsáveis.
E se eu tivesse perguntado? E se ele tivesse me dito? Se eu tivesse merecido saber? Isso me atormentou por longo tempo. Eu me sentia muito culpada. Hoje, acredito que não saber é o que torna a vida possível.
A infância é o chão sobre o qual caminharemos o resto de nossos dias.
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida (...) mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não o declare e não os procure.
Nota: Versão adaptada de trechos da crônica "Meus secretos amigos" de Paulo Sant'Ana: Link. A frase é muitas vezes atribuída, de forma errônea, a Vinicius de Moraes
...MaisDiz uma linda lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e em um determinado ponto da viagem discutiram. O amigo ofendido, sem nada dizer, escreveu na areia:
HOJE, MEU MELHOR AMIGO ME BATEU NO ROSTO.
Seguiram e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se. O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se pegou um estilete e escreveu numa pedra:
HOJE, MEU MELHOR AMIGO SALVOU-ME A VIDA.
Intrigado, o amigo perguntou:
Por que depois que te bati, você escreveu na areia e agora que te salvei, escrevestes na pedra?
Sorrindo, o outro amigo respondeu:
Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever na areia onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar. Porém quando nos faz algo grandioso, devemos gravar na pedra da memória e do coração; onde vento nenhum do mundo poderá apagar.
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