Leve como Passaro

Como é bela a juventude, / que no entanto foge! / Quem quiser ser feliz, que seja: / do amanhã não há certeza.

os teus cabelos
por travesseiro
como dormirei?

Aparece, desaparece: é toda a história de um homem, tal como a do mundo ou a de um micróbio.

Não há nada tão incómodo como o estado de viuvez.

Nenhum animal entende tão pouco a natureza humana como o cão.

Afasta esse medo pueril da morte. Sou eterna e invariável, como tu és mortal e te transformas. Sou a vida, e os teus tormentos e a tua existência não me dizem respeito.

Em diversas épocas da nossa vida somos tão diversos de nós mesmos como dos outros homens.

A mocidade é, como a primavera, uma estação sobrestimada.

O sacramento do matrimônio não apaga, como o do batismo, as manchas originais.

Na casa do avô
Havia tantos pernilongos
Em noites como esta!

sob a janela
o gato prepara o salto
como sempre faz

Mesmo com fome,
Não se apressa como as outras
A galinha manca.

A opinião da nossa importância nos é tão funesta como vantajosa e segura a desconfiança de nós mesmos.

O homem tem necessidade de Deus como tem necessidade de água e oxigénio.

Todas as paixões, como nome indica, vêm do fato de sofrermos em vez de governarmos.

O começo e a terminação do amor defrontam-se uma à outra, como enigmas.

O amor é como as epidemias: quanto mais o tememos, mais expostos a ele estamos.

Pois o homem vivo, bem como o homem morto / tem uma cabeça de morto na cabeça.

gota na água
faz um furinho como
prego na tábua

A maior parte das mulheres não é tão jovem como se pinta.