Leve como Passaro
Assim como os picos cobertos de neve são bonitos, os cabelos brancos da velhice também tem sua beleza. Não apenas beleza, mas sabedoria também, de que nenhum jovem pode se vangloriar.
SONETO
Pálida à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar, na escuma fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d'alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!
Era a mais bela! Seio palpitando...
Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...
Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!
Sabe quando você era uma garotinha e acreditava em contos de fadas? Aquela fantasia de como sua vida seria - o vestidinho branco, o Príncipe Encantado que iria te carregar até o castelo. Você se deitava na cama à noite, fechava os olhos e acreditava piamente em tudo. No Papai Noel, na Fada dos Dentes, no Príncipe Encantado - eles estavam tão perto de você que dava para sentir o gostinho deles. Mas aí você cresce e um dia você abre os olhos e o conto de fadas desaparece. A maioria das pessoas acaba então se dedicando às coisas e às pessoas em que confiam. Mas o lance é que é difícil se desprender totalmente de um conto de fadas porque quase todo mundo tem um tiquinho de fé e esperança que um dia eles vão abrir os olhos e tudo aquilo vai se tornar realidade.
Ao final de um dia, a fé se torna uma coisa engraçada. Ela aparece quando você menos espera. É como se, um dia qualquer, você percebesse que o conto de fadas é um pouco diferente do seu sonho. O castelo pode não ser bem um castelo. E que não é tão importante ter um "felizes para sempre" e sim um "felizes nesse exato momento". E, uma vez ou outra, as pessoas podem até lhe deixar sem fôlego.
Como é bom ser amado por pessoas que não se cansam de nós. Extraordinário é olhar para as pessoas que me amam e perceber que elas extraem de mim a melhor parte para que elas possam crescer com a nossa presença e com o nosso jeito de ser.
AINDA NÃO
Ainda não te esqueci
E como é que eu poderia?
Você ainda é o meu primeiro e último pensamento do dia.
Eu ainda suspiro quando escuto a tua voz,
Ainda me embriago com o teu perfume
E ainda te desejo com a mesma intensidade...
Ainda não consigo desviar os meus olhos dos teus
Também não consigo não me encantar com o teu sorriso.
Ainda desejo o teu beijo copiosamente
E ainda anseio pela tua volta.
Ainda não.
Você ainda está muito presente em mim
Em todos os dias.
Mas é difícil ver que para você eu já passei
Que fui mais uma
Que nem cheguei a ser única.
Eu passei, mas você ficou com o meu coração
E ainda há esperanças em mim
De que você volte,
Que diga que me quer
E, que finalmente, diga que também me ama.
Chapeuzinho Vermelho
Era uma vez (admitindo-se aqui o tempo como uma realidade palpável, estranho, portanto, à fantasia da história) uma menina, linda e um pouco tola, que se chamava Chapeuzinho Vermelho. (Esses nomes que se usam em substituição do nome próprio chamam-se alcunha ou vulgo). Chapeuzinho Vermelho costumava passear no bosque, colhendo Sinantias, monstruosidade botânica que consiste na soldadura anômala de duas flores vizinhas pelos invólucros ou pelos pecíolos, Mucambés ou Muçambas, planta medicinal da família das Caparidáceas, e brincando aqui e ali com uma Jurueba, da família dos Psitacídeos, que vivem em regiões justafluviais, ou seja, à margem dos rios. Chapeuzinho Vermelho andava, pois, na Floresta, quando lhe aparece um lobo, animal selvagem carnívoro do gênero cão e... (Um parêntesis para os nossos pequenos leitores — o lobo era, presumivelmente, uma figura inexistente criada pelo cérebro superexcitado de Chapeuzinho Vermelho. Tendo que andar na floresta sozinha, - natural seria que, volta e meia, sentindo-se indefesa, tivesse alucinações semelhantes.).
Chapeuzinho Vermelho foi detida pelo lobo que lhe disse: (Outro parêntesis; os animais jamais falaram. Fica explicado aqui que isso é um recurso de fantasia do autor e que o Lobo encarna os sentimentos cruéis do Homem. Esse princípio animista é ascentralíssimo e está em todo o folclore universal.) Disse o Lobo: "Onde vais, linda menina?" Respondeu Chapeuzinho Vermelho: "Vou levar estes doces à minha avozinha que está doente. Atravessarei dunas, montes, cabos, istmos e outros acidentes geográficos e deverei chegar lá às treze e trinta e cinco, ou seja, a uma hora e trinta e cinco minutos da tarde".
Ouvindo isso o Lobo saiu correndo, estimulado por desejos reprimidos (Freud: "Psychopathology Of Everiday Life", The Modern Library Inc. N.Y.). Chegando na casa da avozinha ele engoliu-a de uma vez — o que, segundo o conceito materialista de Marx indica uma intenção crítica do autor, estando oculta aí a idéia do capitalismo devorando o proletariado — e ficou esperando, deitado na cama, fantasiado com a roupa da avó.
Passaram-se quinze minutos (diagrama explicando o funcionamento do relógio e seu processo evolutivo através da História). Chapeuzinho Vermelho chegou e não percebeu que o lobo não era sua avó, porque sofria de astigmatismo convergente, que é uma perturbação visual oriunda da curvatura da córnea. Nem percebeu que a voz não era a da avó, porque sofria de Otite, inflamação do ouvido, nem reconheceu nas suas palavras, palavras cheias de má-fé masculina, porque afinal, eis o que ela era mesmo: esquizofrênica, débil mental e paranóica pequenas doenças que dão no cérebro, parte-súpero-anterior do encéfalo. (A tentativa muito comum da mulher ignorar a transformação do Homem é profusamente estudada por Kinsey em "Sexual Behavior in the Human Female". W. B. Saunders Company, Publishers.) Mas, para salvação de Chapeuzinho Vermelho, apareceram os lenhadores, mataram cuidadosamente o Lobo, depois de verificar a localização da avó através da Roentgenfotografia. E Chapeuzinho Vermelho viveu tranqüila 57 anos, que é a média da vida humana segundo Maltus, Thomas Robert, economista inglês nascido em 1766, em Rookew, pequena propriedade de seu pai, que foi grande amigo de Rousseau.
Extraído do livro "Lições de Um Ignorante", José Álvaro Editor - Rio de Janeiro, 1967, pág. 31
O que importa não é o que acontece, mas como você reage.
Deixe-me dizer em que acredito: no direito do homem de trabalhar como quiser, de gastar o que ganha, de ser dono de suas propriedades e de ter o Estado para lhe servir e não como seu dono. Essa é a essência de um país livre, e dessas liberdades dependem todas as outras.
Bom dia, minha princesa,
linda como uma flor,
de beijo doce como o mel,
dona incondicional do meu amor
Amor este sem medida,
Amor este sem explicação,
Te quero por muitos anos de vida,
Te quero pra sempre no coração
Que seu dia seja lindo,
Que minha vida seja tua,
Que nosso amor seja eterno,
Como a procura do Sol pela Lua!
É a depressão que você sente quando o mundo como é, não se alinha com o mundo como você acha que deveria ser.
A mente é como a água, quando fica agitada não se pode ver claramente, mas se permitir que se acalme, a resposta fica clara.
Não sei como explicar, mas certamente que tu e todos têm a noção de que existe, ou deveria existir, um outro eu para além de nós próprios. Para que serviria eu ter sido criada, se apenas me resumisse a isto.? Os meus grandes desgotos neste mundo, foram os desgostos de Heathcliff, e eu acompanhei e senti cada um deles desde o início; é ele que me mantém viva. Se tudo o mais perecesse e ele ficasse, eu continuaria, mesmo assim, a existir; e, se tudo o mais ficasse e ele fosse aniquilado, o universo se tornaria, para mim, uma vastidão desconhecida, a que eu não teria a sensação de pertencer..
Bom, feliz talvez ainda não. Mas tenho assim... aquela coisa... como era mesmo o nome? Aquela coisa antiga, que fazia a gente esperar que tudo desse certo, sabe qual?
— Esperança? Não me diga que você está com esperança!
— Estou, estou.
"Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas,
Quanto mais personalidades eu tiver,
Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver,
Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas,
Quanto mais unificadamente diverso, dispersadamente atento,
Estiver, sentir, viver, for,
Mais possuirei a existência total do universo,
Mais completo serei pelo espaço inteiro fora."
Viver num mundo sem tomar consciência do significado do mundo é como vagar por uma imensa biblioteca sem tocar os livros.
O paradoxo curioso é que quando eu me aceito como eu sou, então eu mudo.
A mente do homem é como um depósito de idolatria e superstição; de modo que, se o homem confiar em sua própria mente, é certo que ele abandonará a Deus e inventará um ídolo, segundo sua própria razão.
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