Letras
Por teus olhos
Por teus olhos
Colorido de um verde esmeralda
Vejo um outro mundo
Com o qual fascina minh’alma
E como enlevo profundo
Este coração trôpego, entorpecido
Tantas vezes esquecido
Estremece
De fato sem perceber
Prevalece
E outra vez procuro
Encontrar
Em teu olhar
Um motivo, uma razão
Porque meu coração
Escolheu te amar
POR QUE O PORQUÊ?
Por que o humano procura saber o porquê dele ser como ele é?
Qual o porquê de tanta curiosidade?
A Curiosidade, a grande assassina de gatos, quem fez Eva morder a maçã, quem fez Pandora abrir sua caixa, quem já fez o humano descobrir o humano... Mas por quê?
Por quê tantos questionamentos?
Por quê não deixa o humano ser humano?
Por quê essa mania de querer entender tudo?
E sabe qual a prior parte?
É que depois desse texto... Eu não posso dizer mais nada
Máscaras do poeta fragmentado
Sob a lei da máscara, da ambiguidade de todas
as tuas máscaras imprecisas, te escrevo.
Oculto por elas, assim te revelas
sem nunca te revelares. Mesmo quando detrás delas
te queres o outro de muitos outros, e sem elas
te desejas confundir com o herói homérico.
Invoco-te,
ó dividido, ó sem nome, ó viúvo de ti mesmo,
ó irrevelado de muitos nomes inventados.
Ó navegante perdido no sonho do teu Mar Português
onde o céu se espelha ― mar por ti cantado,
onde sonhaste o sonho persistente:
― no poema erguer a Pátria, porque
«tudo vale a pena se a alma não é pequena».
Invoco o teu nome,
grande e tormentoso no instante em que sendo
deixaste de ser. Navegaste no teu navio sem quilha
e sem bússola de mareante. Navegaste como se
nunca tivesses deixado este cais sem Cais ―
o cais da tua ausência e solidão.
Do tamanho do que sonhaste te fizeste
Nome Maior.
ASSIM É
Janela que dá pra lugar nenhum
Trevo que perdeu a quarta folha
Concha tirada do mar
Cobertor que não tapa os pés
Assim é aquele que perdeu a voz
Foi negado o saber
Queimada a história.
Na folha de papel
Vi que palavras não se pode prender
Senti cheiro de liberdade
Enxerguei colibris
Descobri então
Que sou feita de asas.
DESCOBRI
Um dia cresci
Descobri que o barulho na concha
Não era o som do mar
Que pai e mãe também erram
Que a cada dia sei menos das coisas
Descobri que verdadeiros amigos se conta nos dedos
Que ganhar colo é bom em qualquer idade
E que sempre vou querer raspar a vasilha de bolo
Um dia cresci
Descobri que o para sempre
Às vezes tem fim
Que nem sempre o sim é melhor que o não
E o melhor de tudo
Descobri que os grandes abismos
Podiam ser pulados feito poças d’água.
DE BARRO
Sou barro
Sem forma
Sem beleza
Barro sem serventia
Poderia ser pisado
Soprado pelo vento até não sobrar um grão sequer
Simplesmente virar pó
Sou barro
A espera que o Oleiro
Me coloque em suas mãos
E dê a forma que quiser.
MINHAS DECISÕES
Minhas decisões
Acertadas ou não
Sangraram
Rasgaram a carne
Quebraram a casca
Minhas decisões
Acertadas ou não
Fizeram-me sentir
A dor das metamorfoses
Sem elas eu não sentiria
O frescor do vento nas asas.
DONOS DA VERDADE
Procuro onde mora a normalidade
Quem dita as regras do feio ou esquisito
A quem foi dado o compasso, prumo, régua
Não acho
Se souber, me procure
Quem sabe assim eu me cure
Estarei por aí
Aqui, ali
Nesse mundo confuso
Quem sabe a louca sou eu
Ou você que me lê
Inspiro, respiro, piro
GAIOLAS
Abandonei as gaiolas
Para ganhar os ares
Enxergar novas paisagens
Sentir o vento
Larguei as gaiolas
E para surpresa minha
Escolhi o ninho.
DESATINO
Perdi-me da razão
Não mais lembro do seu rosto
Nem ouço sua voz
O que afirmam ser o certo
Acho errado!
O que ensinam ser errado
Já nem sei!
Perdi a razão!
Se achar não me devolva
Nem diga onde estou
Nessa grande maluquice
É provável que os loucos guardem o último resquício de sanidade.
RECOMEÇOS
Vou seguindo de recomeços
De todas as segundas
De tantos janeiros
Já não sei se sou pedaço
Nem sei se sou inteira
Vou seguindo desse jeito
Sou feita de recomeços.
LETRAS
Transformo-me em textos
Há dias que sou uma palavra apenas
Em outros sou sentença
Já acho que sou mais letra que gente
Às vezes amanheço verso
Anoiteço poema
Adormeço toda prosa.
A DOR QUE NÃO VIRA POEMA
A dor que não vira poema
Sufoca na garganta
Cresce um pouco a cada dia
Mata devagarinho
A dor que não transborda em poesia
Cria limo no peito
Cresce lodo na alma
Afoga a esperança
A dor que vira poema
Derrete
Esvai
Se vai.
BALANÇO
Quando criança eu não sabia do vai e vem da vida
Cada coisa estava sempre no mesmo lugar
O limoeiro, a mangueira
O pé de papoulas em que eu brincava de comidinha
O varal de roupas branquinhas que pareciam bandeiras da paz
A merenda estava sempre na lancheira
O café na garrafa
Cada coisa em seu lugar
Parecia que nada nunca mudaria
Fui descobrindo que não
Os avós não são para sempre
Muitos amigos se vão
As nuvens nem sempre tem forma
Às vezes são só uns borrões
Nos terrenos baldios nascem prédios
As estradas se bifurcam
Nos obrigam a tomar direções
Quando criança eu não sabia do vai e vem da vida
Ainda estou aprendendo a me equilibrar.
"Porque no nosso contrato, tomamos cuidado em escrever com letras maiúsculas: não existe ninguém aqui dentro. Mas quando, de vez em quando, o seu ninguém colocar ali, meio sem querer, a mão no meu joelho, só para me enganar que você é meu dono. Só para enganar o cara da mesa ao lado que você é meu dono. Eu vou deixar. Vai que um dia você acredita."
"Tempo perdido."
O início da música nos apresenta a uma rotina diária de reflexão, onde o eu-lírico se depara com a inexorabilidade do tempo que passou e, ao mesmo tempo, com a percepção de que ainda há muito tempo disponível. Essa dualidade entre a perda e a possibilidade é um convite para valorizarmos o presente. A expressão 'Temos todo o tempo do mundo' sugere uma ironia, pois, apesar de termos a vida inteira pela frente, cada momento é único e não retorna, o que nos leva a uma sensação de urgência em não desperdiçar o tempo que temos.
A música também aborda a ideia de que as experiências vividas, mesmo aquelas que parecem amargas ou difíceis ('nosso suor sagrado' versus 'esse sangue amargo'), são valiosas e formam a essência do que somos ('E tão sério / E selvagem'). Α tempestade 'da cor dos teus olhos castanhos' pode ser interpretada como as adversidades da vida que são enfrentadas e superadas através do amor e do apoio mútuo ('Então me abraça forte'). A mensagem final é de otimismo e resiliência: apesar dos desafios, o tempo vivido não é perdido, pois somos formados por nossas experiências, e é isso que nos mantém 'tão jovens', cheios de vida e esperança.
Comentário de Claucio Ciarline, professor e historiador,escritor e poeta,sobre o livro JOAZ JEANETE Uma história de vida e de amor. de autoria de Yeda de Moraes souza Machado:
"Príncipe e princesa...
Personagens imortalizados pela história...
de livros , registros e jornais...
Eternizados por seus grandes feitos, por suas belas realizações...
Através dos olhos e sentidos por sua herdeira e escritora...
Que bem os pintou...Em tela suave...límpida...
Com a leveza da alma,e a textura do coração...
Que hoje nos mostra, na verdade,escancara...
Toda a emoção de uma vida, dedicada à família...
De encontros e ensinamentos,
Percepções e aprendizagens...
Ela, que é, dentre inúmeras outras coisas...
O fruto do amor, da união, da amizade...
Desde casal que bem nos soube nos legar,
a mensagem mais importante de todas...
E qual seria...Se não o Amor?
Juntos ...sempre juntos...Eles estavam...
O Príncipe e a Princesa desta maginífica obra...
Destinados à paixão e a tantos sentimentos,
que podem e que rodeiam os casais mais eternos...
E assim permaneceram...entre sorrisos, beijos e abraços...
carinhos e palavras, declarações...
Viagens...suspiros e emoções...
Até que um dia, uma lamentável dia...
O Príncipe partiu de encontro ao Rei, como bem a filha citou..
Deixando lágrimas e muita saudade...
A quem tanto o amava e o queria por perto...
sua família - O seu porto seguro!
Porto Seguro esse que vários outros poetas já bem definiram...
que pude ter...de conhecer...e mergulhar...
Descobrir.redescobrir...
Ler e sentir...este porto seguro em especial...
essa família, esse amor...
Da linda e envolvente história de ...
JOAZ e JEANETE!"
Remover mensagemYeda Moraes Souza Machado
"Quem sabe escrever,escreva.
"Quem sabe falar, fale.
Tudo na luta pela justiça é válido!
O que não é válido é a inércia e a omissão!..." (yedamsm citando Dom Helder Câmara em trecho e discurso de posse na APAL, em 06/10/2009)
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