Lembrança
Falando de Lembranças
Deixo-me ficar assim...
Pensando, sentindo, relembrando.
Sorrio docemente , quando me revisto de tristeza, ainda que não reflita em meu olhar.
Houve certa mágoa sim, houve. Mas passou. Aquela tarde fora infinitamente feliz. Eu mergulhara de cabeça em meus sonhos fantasiosos. Havia finalmente despertado para a vida! Curiosamente despertada e simultaneamente... Perdida em um mundo irreal onde apenas minha imaginação fluía.
Ah! Como nos primeiros dias tudo doía...
Aquela migalhinha de afeto era uma ilusão feliz.
Não sou assim tão esperta. Vejo com olhos da paixão. Vejo com amor.
Não adivinho sentimentos contrários. Sentia-me comovida.
Aquele gostar denotava o máximo em caricias e pouco falar.
Mal tomava conhecimento do minuto seguinte...
Ficávamos ofegantes...
Meu olhar gritava contentamento, gratidão talvez, meu coração lhe era reconhecido.
De meus lábios saiam apenas sussurros, de meus braços, o abraço inseguro...
Você era a mescla de cheiros gostosos que atiçavam meu olfato, atravessando minha fronteira onde ninguém jamais alcançou...
Grácia Monte
Hoje sou apenas um amontoado de lembranças: Dos nossos planos para o futuro, dos nossos filhos, da nossa casa, do quadro na parede, da flor na varanda, do café forte, do sapato virado, da toalha molhada sobre a cama.
Hoje sou apenas um amontoado de lembranças e sinto saudades do que nunca vivemos.
Ainda resta algo de mim em ti?
Ainda que seja uma saudade, ou uma lembrança…?!!
Existe algo de mim em ti?
Uma resta do meu sorriso, o pesar do meu silêncio, o incômodo do meu sumiço?
Mas, por que isso me interessaria?
Só se …
Ainda resta algo de ti em mim?
Uma saudade, uma lembrança…?
O rastro do teu sorriso, o pesar do teu silêncio, o incômodo do teu sumiço?
Atos singelos, olhares diferenciados, posturas marcantes, sintonia sincronizada.
Lembranças, de um passado, do presente e de um futuro que virá.
A família que escolhemos: são eles, os amigos.
Um dia chove, mas no outro faz sol. São dias de frio, chuva e lembranças tristes que me fazem lembrar que depois do inverno sempre chega o verão.
MÁGOAS
Noite fria,
e estrelada,
só me resta
solidão
chorar
no meu colchão
de lembranças
e recordações.
POIS É
A verdade pode durar uma vida inteira, perseguir uma mulher madura, assaltada de lembranças provocadas por uma amiga que mexe com uma varinha "o fundo lodoso da memória". E, de repente, a avó percebe uma convulsão na sua realidade, porque de repente outra verdade se sobrepõe. Explica. Reduz. E ao mesmo tempo amplia. Pois é. A verdade, em Lygia Fagundes Telles, é tão crua quanto esclarecedora. O que está em seus contos é a vida, sua própria e de outros, tão real e tátil como o chão áspero de cimento.
Reli, com assombro renovado, seu Papoulas em feltro negro, que ela incluiu no livro "Meus contos preferidos". Em onze páginas, Lygia roteiriza, organiza, sumariza, romantiza, anarquiza e enfim suaviza e cicatriza uma vida inteira.
Ojeriza.
Fuga.
Medo.
Ansiedade.
Mentira.
Não foi sem intenção que a narrativa das memórias suscitadas por um telefonema se concentre na latrina do colégio. Era o ponto da tangência. O ponto da fuga. A casinha fedorenta era melhor do que a sala de aula, com aquela presença esmagadora, opressora da professora castradora. Mentira! Tão bem dissimulada que pareceu verdade, por cinqüenta anos. E a verdade, um dia, lhe atinge a face como a aba de um chapéu de feltro, ornado de papoulas desmaiadas.
A memória é sinestésica. E os elementos formais estão ali, polvilhados no conto de Lygia, a declarar a ação dos sentidos. O tato da memória traz a aspereza do giz, o suor das mãos, o pé que esfrega a mancha queimada de cigarro no tapete. A audição da memória pede que se repita a Valsa dos Patinadores, como se repetiu a lembrança pela voz da companheira sessenta e oito, da escola primária. Mas o cheiro da memória remete, primeiro, a urina. A latrina escura. E eis a visão da memória a denunciar a obliteração. Negro quadro-negro. Trança negra. Saia negra. Feltro negro.
No meio do negrume, o sol reflete o seu fulgor majestoso na vidraça. É o esplendor do flagrante descobrimento. "O sol incendiava os vidros e ainda assim adivinhei em meio do fogaréu da vidraça a sombra cravada em mim." Dissimulação - mesmo em meio a tanta luz, há uma sombra. É uma sombra que persegue a personagem até o reencontro com a professora. Sombra, por definição, é uma imagem sem contornos nítidos, sem clareza. Como a professora, morta-viva, "invadindo os outros, todos transparentes, meu Deus!" E Deus, que sombra é esta a que chamamos Deus?
Pois é. Neste conto de Lygia, o gosto da memória, ou a memória do gosto, está ausente. Não se manifesta o sabor. Por que não se manifestou o saber, é por isso?
O conto é partícula de vida. É meio primo da História. Mais do que eventos, registra caráter, caracteres, costumes, clima, ambiente, formas, cores, preferências, gostos. O conto é uma das modalidades da história feita arquivo. Por isso conto, contas, contamos. O conto oral é o livro em potência, a história em potência. Ambos pertencem a quem os usa, e a quem de seus exemplos faz uso.
A escola deve ensinar a ler. Mas também deve ensinar a ouvir. Por isso, também na escola, que é um complemento da família, é preciso haver quem conte histórias. Como Lygia, que nos faz lembrar que é preciso haver a lembrança de uma infância vivida, o acalanto de uma voz querida, contando histórias, ilustrando a vida.
Lygia é de uma franqueza pontiaguda.
Este conto, em especial, é uma escancarada confissão de humanidade. A personagem é Lygia, ou qualquer um de nós. A personagem é frágil. Conquanto pensasse, a vida inteira, que era forte. Imaginava-se executora. Conquanto pensasse, a vida inteira, que era executada. Humana, enfim. Eis a verdade. Eis Lygia. Pois é.
Jornal das Letras, edição de agosto de 2007
Todo domingo é meio lembrança, meio começo, meio cansaço, meio maçante, meio preguiça,
meio esperança.
As vezes me vejo revirando as tão simples lembranças, pois o seu lindo boa noite me faz uma enorme falta.
MINHA ESPERANÇA
G. Collyer
Tenha sempre na lembrança
Que Jesus é a esperança
De quem tem saudade e dor
Com Ele vivo na bonança
O que faço não me cansa
Pois guardo firme seu amor
O futuro Ele é quem sabe
Que a fé nunca se acabe
A vida assim tem sabor.
Guardo vivo na lembrança
O que aprendi quando criança
Que minha mãe me ensinou.
Disse ela com fervor:
"O Senhor tá lá em cima
Foi Ele que nos criou
Jesus por nós tem estima
Ele tá com o Pai lá em cima,
Ele quer que nos amemos
E ao próximo nosso irmão,
E no coração nós guardemos
Seu nome com devoção.
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19.05.2011
"Uma máscara cai, uma lembrança morre, mas use sua esperança para fazer uma identidade verdadeira e memórias para todo o sempre."
Como as folhas de uma árvore voltam as raízes alimentando-lhe a seiva, minhas lembranças voltam ao passado alimentando minha alma, para que eu continue vivendo!
Reviver lembranças de um passado não muito distante, provoca dentro de mim, um MIX de sentimentos: como raiva, dor , alegria , amor...
Como diz na Canção:
Das lembranças que eu trago na vida vc é a saudade que eu gosto de ter , só assim sinto vc bem perto de mim,,,, OUTRA VEZ!!!
De repente aquela música que parece falar de nós ai viajo nas lembranças acompanhada da saudade e do desejo de viver tudo outra vez.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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