Ledo Ivo poemas

Cerca de 783 poemas Ledo Ivo

Que o nosso silêncio não seja indiscreto, pois
somente ele sabe que tentamos.
Que nossas mentiras nunca queiram ser verdades, não há
mais tempo para recomeços.
Que não nos traímos nesses abraços cheios dos vazios de nós.

Inserida por IvoMattos

Aos olhos de muitos parecerei idiota, mas agrada-me infinitamente mais aprender com um erro a colher os louros de um acerto fortuito.
Penso que não há tempo para arrependimentos em uma vida tão breve.
A alegria que me vem ao descobrir que aprendi com um erro é, muitas vezes,
maior que o próprio arrependimento por tê-lo cometido.

Inserida por ivochagas

⁠Quando estiver viajando pelo norte do Paraná, pela BR 369, no km. 73 tem uma cidadezinha. Ela se chama Santa Mariana. Para mim ela é a mais linda de todas as cidadezinhas que eu conheco. Se vc não tiver com muita pressa, dê uma entrada e vã conhecê-la. Vale a pena. Ela não têm histórias emocionantes, mas com cada pessoa que você conversar, você se sentirá como se fosse filho dela. São pessoas amigas e que gostam de um bom papo. São saudosistas,, assim como eu. Vão te falar da velha rodoviária, da estaçãozinha de trem, do velho clube e dos grandes carnavais, dos bailes de formaturas, das debutantes, dos bailes do lions clube, do rotary clube., da quantidade enorme de pequenas industrias que já não existe mais. do velho cinema. ah, e de como era grande o movimento de pessoas nos finais de semanas. Vão te falar da revoada de jovens da década de 70, que migraram para os grandes centros e a maioria não mais voltou.
--Dê uma volta na pracinha, agora moderna (eu gostava mais da antiga pq tinha coreto e um chafariz) e visite a homenagem ao criador da uva ruby, sr.o Sr. Kotaro Okuyama, pouco lembrado por sinal.
Se você nos visitar, quando partir tenha uma boa viagem e muito obrigado. i/

Inserida por IvoMattos

⁠Os bailinhos da vida.
Quantos bailes perdi por falta de uma paletó. Todos os bailes no Fênix era exigido traje social e eu não possuía a peça principal .sem ela sem chance de entrar, Cansado com aquela situação, conversando com o Florentino, excelente alfaiate, ele me fez um paletó do jeito que eu queria, e eu podia pagar em longas prestações. Fui, então, até as Casas Pernambucanas e escolhi o tecido: um cinza igual a um que eu tinha visto numa revista. Imitação de um terno inglês Quinze dias de espera entre provas e ajustes, recebi o objeto e já torcendo para estrear no próximo baile, que não demorou muito. Porem, nem tudo correu como eu imaginava. O paletó ficou bonito, mas o tecido era fino e o baile caiu no mês de junho. O frio daquela época parece que era mais gelado. Durante a dança comecei a tremer, um pouco pela emoção e um pouco pelo frio, mesmo abraçado na parceira. Tremia tanto que ela achou melhor parar. O problema era que as outras peças também não ajudavam: camisa já bem usada a calça era de tergal, bem fina e quase transparente. Tinha tudo para dar do que deu.
No dia seguinte fui conversar com o Florentino, (alfaiate) para acharmos uma solução.. Ele sugeriu colocar um forro de flanela, coisa simples de fazer e quase sem custo. Resolvido o problema do frio, "dá lhe Fênix. Quando chegou o verão, surgiu um novo problema: eu suava até pelo cabelo. Minha camisa ficava toda molhada e aquilo me deixava com vergonha de dançar;
Ele, o paletó, ficou comigo por muito tempo até eu poder comprar um outro que fosse para o verão. I/
A vida era difícil, mas era bem divertida.

Inserida por IvoMattos

⁠às vezes, quando você menos espera,
elas fogem pelas lágrimas.
são as saudades segregadas que nunca se foram.
saudades injustas, solitárias.
bastaria, talvez, um abraços de adeus, para ter um fim, para que se fossem para sempre.Ivo Terra Mattos

Inserida por IvoMattos

⁠tudo de hoje já é quase lembranças que serão amanhã
tinha prometido não mais sentir saudades de você, mas o amanhã sempre vem quando te vejo.
Vem assim, às vezes menos pesado, outras mais,
nem avisa; apenas vai chegando. vem sempre carregado
de noites com cheiro de flores que me lembram você; como resistir?
o tempo, prometido nos abraços rápidos, das várias despedidas,, nunca foi suficiente para suprir os desejos tímidos de ter pedido para ficar.
Se entregar para a saudade, deitar a alma num cantinho
dessa caminhada e espreitar a vida pela janela com cortinas brancas, /i

Inserida por IvoMattos

⁠foi longo demais o tempo.
se mais curto tivesse sido,
ainda encontraria o calor dos abraços.
voltar para o mesmo lugar,
não ter alçado voo, só
ficado no anseio, seria uma derrota.
sentir a indiferença da ida solitário para
ganhar um olhar de provação, não valeu.
talvez as vitórias foram insuficientes.
o quê mais precisaria ter para ser um ser ? /i

Inserida por IvoMattos

Cidadãos Digitais

A menos que alguém seja um eremita, sem certidão de nascimento e documentos de identidade, morando como único ser humano numa ilha deserta, sem contato com a “civilização”, sem sinal de internet, sem eletricidade, sem possuir ou acessar rádio, TV, telefones celulares ou aparelhos de comunicação de qualquer espécie, esse indivíduo é, no século 21, um cidadão digital, passível de ser controlado, manipulado ou enganado, todos os dias, inclusive quando está dormindo. Quem não concorda, conteste, se puder!
Ivo S G Reis

Inserida por ivosgreis

⁠por que ir embora
se a alma chora
fica todos os amanhãs
não vá ainda, não vá nunca
te aqueço.. não te esqueço jamais
olha quanto de nós temos em nós
não vá. sem você eu serei menos
serei uma busca somente.
fica comigo..fica até a eternidade acabar. /

Inserida por IvoMattos

existiam tantas razões para voltar..

tantas pessoas para abraçar,

coisas para contar.

tinha até um futuro para viver..

com o tempo o caminho foi desaparecendo..

as longas ausências surgindo

os abraços desparecendo

ninguém para ouvir...

perguntas sem respostas

já não havia mais razões para voltar..

tinha tantas razões para ter ficado com você.(I

Inserida por IvoMattos

amores marcados, que fingem apagados

amores impossíveis de esquecimentos

ah, essas saudades de você !

saudades segredadas nos abraços furtivos

dos amantes eternos. (I

Inserida por IvoMattos

--vê se não perde o endereço, você vai precisar dele guando chegar lá.--;minha mãe falando."

--Deus vai te guiar! Se não der certo, volta pra casa.

--cuidado com as más companhias...

--chegando lá, escreva!

do lado de dentro da calça, costurado, uma carteira de pano com todo o dinheiro que tinha, quase nada.

na mala, quase vazia, iam umas três calças, umas quatro camisas com os colarinhos puídos. uns pares de meias, um par de sapato sobressalente, uma toalha de banho,uma escova de dentes, um pente e um tubo de dentes,pela metade.. A maioria de tudo isso era compartilhado com os outros irmãos, que ficaram sem.

na hora da partida, la estava o aventureiro, cheio de medo, mas já sem outra opção a não ser embarcar naquela nave de prata, que parecia estar gemendo ou chorando, hoje acho que chorando junto com aqueles que vieram na despedida e ficavam ali, entrelaçados nos abraços amarrados e com as mãos agarradas iguais a garras não querendo se soltar.

a nave sempre partia à noite bem melhor. não dava para ver as lágrimas de quem ia e nem daqueles que ficavam.

quando a porta da nave se fechava, outras portas se fechavam também. não eram mais sonhos, era a realidade que se iniciava

na casinha humilde, com janela de cortina branca, um par de olhos fitavam a ruazinha de terra, remoendo as lembranças, agora transformadas em espera de uma volta, que ela sabia, não mais existir (i

Inserida por IvoMattos

Era assim! Assim era.Eu sei que era!

As moças, das famílias com mais recursos financeiros, só podiam namorar os rapazes que fossem do mesmo nível financeiro ou com um bom emprego, de preferência em algum banco,. se fosse no banco do Brasil, melhor ainda. O pretendente que não se enquadrasse nos requisitos exigidos pela família da moça; só se fosse no "namoro"escondido." As moças que namoravam "escondidos", para ir ao cinema, onde ocorria os encontros tinham que sempre estar acompanhadas com alguma amiga, ou com os pais, que as levavam até a porta do cinema.,Nunca iam sozinhas. O pretendente atrevido e sem os requisitos necessários, ficava por ali , na espera, na ante sala do cinema. Quando iniciava o filme, ele, na penumbra, saia procurando a namorada. Vez ou outra,depois de estar sentado e já de mãos dadas com a namorada, "arrebentava a fita," as luzes eram acessas, era, então, a hora de se levantar e sair, deixando a moça sozinha. Assim que resolviam o problema , apagava se as luzes, voltava, no escuro o pobre coitado à procura da namorada e poder, outra vez, se sentar ao lado dela. . Quando terminava o filme, aliás, antes do fim, o namorado já tinha que ir saindo, deixando a namorada sozinha. Normalmente alguns pais ficavam esperando a filha na saída do cinema, ou então, ela ia para casa acompanhada de alguma amiga, mas nunca com o rapaz. Os encontros extras, ou seja, fora da sala do cinema, eram sempre furtivos e rápidos. Quando os pais da moça descobriam aquele namoro, vinha o desfecho, sempre com o argumento de que eles, os pais, não haviam criado a filha para aquele tipo de rapaz. Fim!

Inserida por IvoMattos

regressar seria uma derrota.

tão dolorido foi um dia sair e

deixar a casa. deixar um história..ter que se dividir

se deixar em partes, mas

regressar jamais

mesmo ferido, perdido, segui !

havia a noite para aquelas saudades que viriam.

de tudo e de todos. havia o choro silenciosos e sufocado no travesseiro para amenizar a falta

deixar que os olhos enganassem o coração paras coisas difíceis, quase impossíveis, mas voltar derrotado,não, nunca.

quase sempre mentindo para sufocar as dores dos que ficaram , fui ficando..

mas voltar teria sido uma derrota, mesmo tendo perdido tanto. /i

Inserida por IvoMattos

⁠em frente a pracinha, havia um cinema. Cine Rios.
Eu viajava naqueles painéis de fotos de "mocinhos e bandidos",Depois ficava esperando a matine de domingo, quando, então, aconteciam aquelas batalhas do "bom contra o mau". o "mocinho bom" sempre vencia. tinha ainda, a continuação dos seriados intermináveis, que sempre deixavam um suspense no final. perto do cinema, aquela sorveteria. a coisa mais linda do mundo, cada sorvete era homenageado num painel.que ficava exposto na parede. o dono, classificava os meninos que podiam ou não entrar. e foi ali, naquela sorveteria, que um dia, um homem bom,usando botas e chapéu de boiadeiro, mandou que o homem ruim, servisse o melhor sorvete que havia, para aquele menino que não podia entrar na sorveteria.
do outro lado da pracinha, tinha um bar que vendia umas balas com figurinhas de jogador de futebol, com direito a ganhar um bicicleta, desde que você preenchesse um álbum imenso. ganhar aquela bicicleta era quase impossível. mas, foi assim, que um dia, com 8 anos, eu comprei o salário inteiro do meu pai em figurinhas, mesmo ele não tendo álbum de figurinhas.- /i

Inserida por IvoMattos

⁠A vida era difícil, mas era engraçada.
Acho que eu tinha uns 7 ou 8 anos, quando ganhei de presente do meu pai uma caixa de engraxar, feita por ele mesmo. Ela era quase do meu tamanho, bem pesada. No primeiro dia de trabalho, como muitas dificuldades, consegui chegar até a praça, Era um sábado, dia de movimento\\Ajeitei a cadeira, a caixa e fiquei ali, esperando alguém que quisesse engraxar Eu, até então, nunca tinha feito aquilo; . Depois de um tempo começou a chegar outros meninos, com o o mesmo propósito que o meu, ou seja: ganhar uns trocados para ajudar em casa. Foram chegando e já me expulsaram dali. Aquele local já tinha dono e se eu quisesse engraxar que arrumasse outro local, mas em todos os locais que eu me ajeitava vinha alguém e me expulsava. No fim, acabei ficando bem longe do "ponto", isso, sem antes ter tomado uns pontapés e juras de que, se voltasse iriam quebrar a minha caixa. Depois de um longo tempo, consegui um freguês.O cara tinha uma botinona bem velha, toda suja de barro vermelho, barro cola, Lidei um tempão com aquele pedaço de couro feio e imundo., Primeiro, lavei bem lavada., barro pra tudo quanto era lado., enxuguei, abri minha latinha de graxa, zerada, marca nuget, a melhor, e mandei ver naquele couro velho, que nem cor tinha mais.-- Depois de bem lustrada até que ficou bonita, ficou meio manchada, mas ficou bonita--, o cara olhou pra botinona, agora mais parecendo um arco íris, me xingou e foi embora sem me pagar. (Mais um que me deu o cano)
Ossos do oficio., Assim começou minha profissão de engraxate, que durou uns quatro anos. Tomei muitas porradas, muitos chutes,quebraram minha caixa mais de uma vez, mas um dia cheguei no "ponto" Ali, sim, também dei muitos pontapés e quebrei algumas caixas de engraxar ,dos meninos que tinham a caixa maior do que eles, mas que precisavam ganhar uns trocados pra ajudar em casa./i

Inserida por IvoMattos

⁠...e era tanto movimento naquela cidadezinha.! Para mim, ela era a maior cidade de todas as cidades pequenas que eu conhecia, .
Nas lojas, nas ruas, na praça, por todos os lugares, havia gente. Pessoas passeando, outras trabalhando, Era muita gente.
Havia lojas de roupas, calçados, bares, praça de táxi, postos de gasolina, vendedor de abacaxi, melancia, mexerica, e crianças; uma dezena de engraxates. , Carros, carroças e Caminhões,q viam da zona rural, abarrotados de gente, .Tanta gente" parecia uma revoada de pássaros. Viam fazer suas compras, passear. Elas usavam sua melhor roupa, seu melhor calçado. ,Andavam pela cidadezinha, com aquele sorriso de felicidade. Naquele tempo as pessoas se conheciam, sabiam escutar...sorriam. Verdade, as pessoas sorriam!. Até se abraçavam.
.
E as noites? Ah, as noites eram maravilhosas! Depois de um banho com sabonete de cheiro. Uma brilhantina no cabelo, um lenço no bolso, um pente flamengo, e dá-lhe cinema, depois pracinha , brincadeira dançante, namorar de mãos dadas. .
e se não bastasse tudo aquilo, vez ou outra, vinham aqueles circos e armavam aquelas estruturas mágicas de onde saiam todo tipo de fantasia.,os palhaços, globo da morte, trapezistas,tinha show de teatrinho. Vinham, também os parques de diversões com seus brinquedos: roda gigante, balanço, tiro ao alvo, barraca das argolas, martelo, e mais uma infinidade de coisas maravilhosas, isto, sem falar nas músicas que saiam dos seus alto falantes, meio fanhosas, e que alcançavam todas as casas da pequena cidade, levando suas alegrias. Por onde andam aqueles dias ? Eles, quando ia

Inserida por IvoMattos

⁠História do Chicão Terra Mattos
Era uma manhã. mês de junho, chuva e frio. Debaixo de uma marquise, mas parecendo uma caixa de papelão, lá estava você. A principio pensei que estivesse dormindo mas você me olhou de um jeito, meio assim pedindo ajuda.. Me aproximei de você e vi que você estava ferido. Pensei que fosse acidente, pelo local, uma avenida movimentada, mas não, não foi acidente. Conforme o veterinário você foi brutalmente chutado. Quebraram a tua .perna.
Fazer o quê? Você estava sofrendo e precisava urgente de um veterinário e foi o que eu fiz. Os exames mostraram que não tinha sido atropelamento e sim, um chute que quebrou sua perna,na altura do joelho. Depois de uns 10 dias internado e após a alta, você veio morar na nossa casa, isto há 10 anos.
Um mês atrás, antes deste acontecimento, nosso cachorrinho, Xuxo Terra Mattos, havia falecido de câncer .Estávamos todos tristes em casa.. O Xuxo Terra Mattos, viveu 13 anos. Tinha toda uma história com a gente. , mas aí apareceu você e você amenizou nossas tristezas.
Você faz nossos dias, todos, diferentes..

Inserida por IvoMattos

⁠O trenzinho:
lá vai ele.
cheio de notícias boas, quem sabe
cheio de saudades, quase sempre
devagar...assim, na velocidade dos abraços saudosos...
contornando as curvas das lágrimas, brincando de esconde esconde nos túneis dos sonhos, demorando pra chegar

Inserida por IvoMattos

⁠minha alma criança
ficou escondida nas aventuras
da minha infância.
hoje, já quase não mora mais em mim.
têm dias que se abraça nas lembranças de outrora
e brinca de heroína nas batalhas
imaginárias dos meus sonhos de menino. Ivo

Inserida por IvoMattos

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