Lágrima Triste

Tem dias que você não está nada bem, que nada da certo. Por mais que tente sempre tem algo errado. Neste momento em que você precisa abaixar sua cabeça e pedir a Deus para te abençoar, pedir para que em sua vida só fique as coisas e as pessoas boas, porque para te diminuir você encontrará muitos, porém aqueles que te querem bem e te faz bem são poucos.E lembre-se que os sorrisos mais bonitos e puros são aqueles que lutam contra as lágrimas derramadas.

⁠Na melancolia das gotas que caem do céu, encontro o reflexo da tristeza que habita em meu coração.

⁠Não sabe o que dizer.
O coração queima e acelera. Os olhos estão lubrificados por um choro que não cessa.
A emoção faz os pelos dos braços e das pernas se arrepiarem, mas a boca permanece calada.
Som algum se atreve a sair dali.
A verdade é que o silêncio, ainda que nada atrativo por aqui, agora se faz dominante e, irresistivelmente, confortável.

⁠quando o sol se põe no horizonte
penso em você que está tão longe
navego esse oceano que nos separa
acho o caminho no mar entre lágrimas

⁠''A tristeza toma conta do meu coração,a solidão vai me consumindo, meu sorriso vai desaparecendo, é minhas lágrimas vão caindo''

⁠E quando eu virar a página
quero que seu rosto desenhado
fique para trás

⁠Orvalho

Há uma calma umidade que se detém,
silenciosa, atrás das cercas — nas tramas do mato,
onde o peso das horas mal se sente.
Não teve o tempo de ser apenas água,
carregou-se de sentido ao escorregar da
folha na sombra fria da noite.

Segue um curso que não escolheu,
um fio d’água, sentimento indefinido
que se perde nas dobras do ser.
Será lágrima do mundo ou suor da terra?
A incerteza do líquido que se dissolve é a mesma
da superfície breve de tudo o que vive.

Do gotejar ao chão, desfaz-se em ser,
água que se entrega ao jardim sem mágoa,
rompe as raízes, dissolve o silêncio,
sempre sendo outra, sempre fugindo de si.

Nas bifurcações da vida, onde tudo se entrelaça,
dilui-se para que a essência se revele,
ciclo de entrega e retorno, onde a fragilidade
se faz força.

Inquilina da própria queda,
desce da folha como do cílio uma lágrima,
com o gosto salgado do mar que nunca viu,
e o peso de todos os sonhos que se
perderam.

Não é a mesma lágrima de outrora,
não é a mesma gota que escorreu um dia,
quando despejada tocou as pedras que
chamei de peito.