Juízo
Minha melhor companhia, mesmo na solidão... EU! Sou meu sorriso e minhas lágrimas. Meu juízo e minha loucura [sã]. Sou meu tudo mesmo quando almejo o nada. Sou eu a pessoa quem mais me faz feliz e a mesma quem algumas vezes destrói sonhos, mas sempre a procura de realizá-los. Sorrio com os outros, mas, muito mais só. Tristeza ou felicidade? Apenas viva!
Eu tenho juízo sim, quem disse que eu não os tenho?
Eles só estão guardados por que não tenho onde usa-los.
Onde Nasceu a Ciência e o Juízo?
MOTE
— Onde nasceu a ciência?...
— Onde nasceu o juízo?...
Calculo que ninguém tem
Tudo quanto lhe é preciso!
GLOSAS
Onde nasceu o autor
Com forças p'ra trabalhar
E fazer a terra dar
As plantas de toda a cor?
Onde nasceu tal valor?...
Seria uma força imensa
E há muita gente que pensa
Que o poder nos vem de Cristo;
Mas antes de tudo isto,
Onde nasceu a ciência?...
De onde nasceu o saber?...
Do homem, naturalmente.
Mas quem gerou tal vivente
Sem no mundo nada haver?
Gostava de conhecer
Quem é que formou o piso
Que a todos nós é preciso
Até o mundo ter fim...
Não há quem me diga a mim
Onde nasceu o juízo?...
Sei que há homens educados
Que tiveram muito estudo.
Mas esses não sabem tudo,
Também vivem enganados;
Depois dos dias contados
Morrem quando a morte vem.
Há muito quem se entretém
A ler um bom dicionário...
Mas tudo o que é necessário
Calculo que ninguém tem.
Ao primeiro homem sabido,
Quem foi que lhe deu lições
P'ra ter habilitações
E ser assim instruído?...
Quem não estiver convencido
Concorde com este aviso:
— Eu nunca desvalorizo
Aquel' que saber não tem,
Porque não nasceu ninguém
Com tudo quanto é preciso!
Se um dia eu perder o juízo,que não seja por coisas banais e que seja num tempo oportuno e com coisas concretas das quais eu não venha me culpar.
Manda, quem pensa que pode. Obedece, quem tem juízo apático. Enfrenta, quem tem coragem e ousadia.
Jamais devemos coadunar com a injustiça.
Caia
Um verso nu
Sem roupa ou juízo
Tatuado na beleza
Como a própria natureza
Estampado no improviso
Um verso simples
Despido, inacabado
Estado bruto no papel
A um centímetro do céu
Esperando ser lapidado
Um verso leve
Que voa como o teu vestido
Tomara que caia
Tomara que saia
Tomara que perca o sentido.
AMOR EM BRAILLE
No juízo final, serás inocentado,
escrevi o livro de amor em braille.
Então não haverá testemunhas:
nem de defesa, nem de acusação.
Papiros sem sequer tradução.
Eu ando tão apaixonado que a minha paixão tem o fogo do juízo final que me faz tão complacente aos sentimentos direcionados;
Desejo o seu beijar para que eu tenha certeza de quê se faz doce a minha eternidade;
O seu querer é como um licor doce, porém forte ao meu ser;
Muitas das vezes você me fere, mas também me cura com suas carícias fazendo-me acostumar-se com o teu jeito que me conforta;
Tenho juízo, mas não uso muito, pois com a minha insanidade obtenho a paixão que tanto o meu prazer deseja;
Tenho razão como qual quer mortal, porém inconscientemente talvez até reprimidos pela libido excessiva em mim;
Tenho sensatez entrelaçada com a gentileza que me move diariamente em meu caminho que insistem em chamar de rota;
And, menina encantadora, juízo de adulta, mas doçura de uma criança, sonha que nem gente grande, não desiste do que quer, segue em frente independente do que vier.
