Jesus Cura as minhas Dores
Jamais terei outro amor, senão o seu;
Jamais vou beijar outra boca senão a sua;
Minhas mãos jamais tocarão outro corpo, senão o seu;
Jamais sentirei outro perfume, como o seu.
Seu olhar penetra em mim com uma faca afiada;
Quando ele entra em mim, perco minhas forças;
Não tenho forças para reagir, não tenho palavras para expressar.
Minhas mãos deslizam pelo seu corpo, viajo na sua silhueta;
Quando toco na sua boca, meu sangue ferve nas veias.
Falar sobre a Dor ...
É a forma mais verdadeira de tentar amenizar as minhas.
Falar da Solidão ...
É a forma mais sincera de ocupar tantos espaços vazios.
Falar das Lágrimas ...
É a forma mais prática de construir uma barragem,
entre Mim e as Lembranças... Feridas que não saram !
Uma vez acreditei que minhas ideias eram verdade, depois percebi que ideias mudam mas a verdade não.
Atarantadas as minhas meninas.
Carrapatos miúdos
e mosquinhas do chifre
lhes sugando sangue dia-e-noite.
Fui lá socorrê-las: apliquei do injetável
e, também, um mosquicida 'pour-on'.
É bom vê-las sem abanações
de cabeças e rabos.
Sem inquietudes: pacíficas, dengosas,
lá na vargem da Vertentinha.
Me demorei um tanto.
Mas é da lida,
é a vida...
Voltei pra casa respirando
o hálito perfumado
da boca da noite.
Vontade de te ver denovo..
te provar gostoso..
realizar as minhas sacanagens..
cabeça ta girando..
imaginando ..
planejando..
gostosas maldades..
vem logo..
Palavras minhas, palavras suas
misturaram-se
derramaram-se
espalharam-se
perderam-se pelos vãos.
Para cada sim perdido,
calado em mim
Convenço-me e disparo
ao longe um não.
E quando as luzes se apagam
Os ecos de tua voz
ainda me acordam em sonhos.
A lua sabe de todas as minhas saudades,
mas foi você que me ensinastes a contar estrelas.
Infinito por infinito.
Eu quero é tomar as rédeas do jogo, fazer as minhas regras.
Aí, eu tiro a carta que tenho na manga e faço bingo. De bônus, ainda entrego o meu cavalo em sacrifício para salvar a rainha, depois, eu faço dama e como todo mundo
Chegará um dia em que a nova geração desprezará as minhas palavras,
Minhas marcas interiores serão expelidas pela boca e notadas pelas rugas,
Meus conselhos serão antiquados e muitos direcionarão seus olhares como aves, cheios de pena.
Os poucos cabelos ralos e brancos gritarão mudos as minhas experiências.
Meu coração cheio de calos aprenderá a lidar com as perdas e ainda sim baterá.
Chegado este dia me chame de senhor, de velho, experiente. Mas nunca me deixe ser invisível.
Meus dias de vigor serão parte da memória, mas ainda dominarei a arte de sobrepujar na vida.
Depois de tudo, direi ousadamente sem repensar: Os anos me trouxeram felicidade!
O mundo não para, às vezes seria bom, se o mundo parasse. E eu pudesse corrigir meus erros, minhas falhas, amores mal-resolvidos, pois é disso que somos feitos; decepções. O único problema é que, se hoje, o mundo parar, o amor me atropela.
As lágrimas caem, eu mesma enxugo.
Um pequeno fracasso interior, eu mesma dou um tapinha nas minhas costas.
É que ninguém consegue ver, entende?
MINHAS SINAS
Queria ser a luz que brecha
O ventilador que te assopra
No frio, ser tua água morna
Pra depois virar tua coberta
E ir aquecendo tuas pernas
Naquelas noites de preguiça
Depois abrir nossas cortinas
E ser o florido do teu vestido
Guardando nos teus sorrisos
A lembrança de minhas sinas
Foram minhas fraquezas as maiores aliadas da melindre que me atirou no chão, e foi no chão, que entendi que haveria ter de me levantar para cair um pouco mais adiante.
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