Jesus Cura as minhas Dores
INTRÍNSECA
A febre intermitente
Não vai, não fica
Frita meus neurônios
Cozinha minhas ideias
As vísceras, essas
Sarapatéis baianos
Prontas à serem devoradas
Pelos corvos de Allan Poe
Intrinsecamente revirada
Sinto o enjoo da ressaca
Jogada no mar revolto
Da minha própria enseada
Levada de encontro à pedra
Deixada deitada na areia
Vomitando disparidades
Dos pensamentos fritados
Lavas de fel abrandadas pelo mel
Mareando o estômago cozido
E queres que eu escreva o que
Além dessas minhas mazelas
Um fio tênue separando
Realidade e devaneio
Embriagados num mesmo espaço
Do cérebro viciado
Sirvo-me aos corvos de Allan Poe
Expondo meu corpo à milanesa
Extenuado e sem preconceito
Para que me comam e devorem
Antes que eu mesma me refaça
E deles me sirva
Comendo-os vivos e empenados
Quando a febre for embora (de vez)
(Nane-19/05/2015)
Dormir,porque prefiro viver nas minhas fantasias do que num mundo cheio de eresias.
Dormir,porque para mim é so morrer um pouco..
Minhas loucuras não estão em minhas ações, mas em minha mente. É mais fácil domesticar o corpo que controlar sua mente. By Cyrlene Rita Dos Santos.
Esperar não é uma das minhas virtudes, mas por você eu esperarei uma volta do ponteiro do meu relógio, mesmo ele estando parado.
Vem minutar nos papeis branco da minha vida
Vem rabiscar, desformatar minhas certezas,
Vem bagunçar com quaisquer letras,
Vem poetizar, Vem grafitar,
Vem de amor em punho
Nem precisa palavras
Nem precisa rascunhos,
Wilson costa
Atormentados
Hoje nada sei sobre o tempo
Ele não me consome
Nem me pressiona
As minhas inspirações são frutos dessa inconsciência
Ardilosa mania de se sentir sem vida
Desta porta assim vigio,
Não dou entradas às emoções,
Dos castelos arruinados do amor,
A putrefação exala seus males
Grito das torres altas
Gralhas, carpideiras aves
Irritantes gemidos dos desfeitos casais,
Bocas e olhos pintados,
Ritos risos buscando argumentos,
Cada qual teve seu tempo, seu momento
Eu de mim assisto impassível seus tormentos
Nada me dizem agora,
Afora o tempo que insiste em bater a minha porta
Lá fora não existe mais
Novidade alguma
Você sempre secou minhas lagrimas e me acolheu no seu mundinho onde compartilhamos lindos sonhos e grandes sorrisos.
Eu queria tanto ter inaudito poder de transformar minhas palavras tão mais intensas do que tua dor, mas e é exatamente nessas horas... Que sinto-me assim, tão pequeno e diminuto.
O PODER DAS LÁGRIMAS.
Minhas lágrimas são poderosas,
Fazem dos meus momentos tristes,
Artes milagrosas,
A medicação natural que pra mim existe.
Equilibra a tensão psicológica.
Normaliza a pressão arterial.
Ativa o desempenho físico/mental.
Anima o estado espiritual.
Não permite que sistema imunológico baixe seu índice.
Não altera o funcionamento do aparelho digestivo.
Liberta de insônias e pesadelos.
Isso comigo ocorre a tempo...
É no entanto...
Os milagres...
Do meu pranto.
Exaurido estou de carregar minhas imperfeições no bolso, porém minhas vestimentas velhas hoje tendem a se rasgar...
Eternas aquelas palavras por mim foram ao expressar tanto amor, porém minhas rimas a existência se desfazem dante poucos e insossos amores que em mim não se exatificaram...
Cada vez mais, em minhas multipolaridades, me convenço que os animais sentem muito mais do que os humanos... os abandonados principalmente, nos seguem nas ruas e, sem me importar com os olhares de julgamento que passam, eu paro por um instante e na minha "Insanidade" os acolho... eles vem carentes aceitando o afeto oferecido, como se sentissem que é o mesmo que preciso...
Deixei de ser flor para te dar minhas pétalas!!!
Deixei de me amar para te dar meu amor!!
Deixei de sorrir para te dar meu sorriso!
Deixei de dormir para te dar meu sonho!
Deixei de ser eu mesma para te fazer feliz
Deixei de ter a minha vida para eu cuidar bem da sua
E o que você me dá em troca?
Deixou de me amar porquê a sua amiga te tratou melhor
Ainda que a vida insista em me vestir de mortalha,
rasguei as minhas vestes mortuárias.
O fantasma que impiedosamente me perseguia,
Transformei-o em camarada.
Não mais fico encolhida nos cantos da casa,
Não mais calo o grito que me sufocava...
Grito todos os gritos que calava.
As minhas noites escuras transformei-as em claro dia,
São de júbilo as minhas antigas noites de agonia.
Beijo a boca que ansiava,
Deixei de ser carne, hoje, sou navalha:
Escrevo!
