Jalal Ud Din Rumi
Para todos aqueles que estão comemorando comigo hoje à noite, vamos celebrar a humanidade que permanece viva em nossos corações.
Estou celebrando os ativistas. Os empáticos. Os corajosos. Do tipo. Os guerreiros. Os rebeldes desimpedidos pelo espectro desta tragédia.
Aqueles que têm pés no chão.
Mãos sujas.
Aqueles com corações segurando as alturas de uma visão imaculada para esta existência.
Esta celebração é uma homenagem para você.
Às histórias não contadas no meio dos escombros.
Às vozes não ouvidas.
Às almas perdidas entrelaçadas nesta catástrofe humana que despertaram muitos de nós.
– Você pode desejar qualquer coisa no mundo inteiro e quer desperdiçar com amizade?
– O que seria mais importante que amizade?
Não sei mais o que fazer. Posso ver minha vida toda à minha frente. Estou me esforçando. Tentando deixar todos orgulhosos, mas o tempo todo parece que algo está faltando.
Não sei o sentido da vida, mas o que te importa, seus amigos, sua família, valem mais do que tudo que eu já possuí. E nenhuma quantidade de ouro pode comprar isso.
O rouxinol está
no meu ombro,
a rosa na mão
e você continua
dentro do coração.
Bem longe está
o pensamento,
a poesia subiu
o Monte Uhud
e o sentimento.
Sou a poetisa
dentro de ti
em escalação,
Rumi anda
dando a mão.
E assim te dou
o meu místico
amoroso silêncio,
e me possui como
favorito domínio.
Para Meus Irmãos Muçulmanos do Futuro
Sabemos que herdarão um mundo que, por séculos, tentou reduzir sua fé a caricaturas: medo em olhares alheios, guerra onde deveria haver diálogo, estereótipos onde existem histórias. Muitos de nós falhamos em proteger o sagrado de tanto ruído, e permitimos que o ódio de alguns definisse a espiritualidade de todos.
Não se deixem enganar. Sua identidade não cabe em narrativas alheias, sejam as dos que distorcem o Islã para justificar violência, sejam as dos que usam bandeiras de "paz" para apagar sua voz. O Alcorão não é espada nem desculpa para silêncio. É chamado para a justiça, para o cuidado com o órfão, para a luta contra a arrogância do poder.
Protejam-se da divisão. O mundo tentará fragmentá-los: sunitas, xiitas, sufis, negros, brancos, refugiados, terroristas. Lembrem-se: a Ummah é plural. A verdadeira fé não ergue muros, mas dissolve hierarquias inventadas.
Se algum dia lhes disserem que ser muçulmano é sinônimo de opressão, mostrem o contrário com atos, sejam a compaixão que os impérios não tiveram, a resistência que as bombas não calarão.
Herdam uma fé que sobreviveu a desertos e navios negreiros. Não a troquem por comodidade.
Um irmão do passado, em busca do mesmo Allah que os une.
