Ja me Disseram q eu sou uma Mulher Incomum

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Se eu soubesse que ia durar tanto tempo, tinha tido mais cuidado comigo.

Sim, eu tenho milhares de defeitos, alguns medos, vários problemas. Mas e daí?

A língua é minha pátria
E eu não tenho pátria, tenho mátria
E quero frátria

Não nego nada do que eu fiz, também não tenho arrependimentos ou mágoas: eu não poderia ter agido de outra maneira - mesmo em relação a você - levando em conta o quanto eu estava confuso naquela época.

Passo cada segundo do meu dia me jurando ser indiferente com você. Você fala comigo, eu cumpro a promessa. Você não entende, pergunta se eu tô chateada e o que aconteceu. Não foi nada. Só tô cansada de você, de nós, de tudo isso. Tô de partida, malas feitas, mesmo você não acreditando. Pra não me cansar mais ainda, paro no ‘Não foi nada’. E você sai, irritado e com um “tchau” que eu odeio mais que tudo. Mas já não importa, tchau pra você também. Afinal, nada pode ser mais difícil do que ficar na situação que eu tô a tanto tempo. Ser indiferente vai ser fácil. Dor é normal, se não for forte, eu já nem sinto mais. Sempre te tratei melhor que todos os outros, e o que você faz que te torna melhor que eles? Seguindo essa lógica, teria o direito de te tratar até mal. Mas não sou assim, uma pena. Acontece que agora eu não dou mais o meu melhor pra quem me dá pouco. Não corro atrás de quem não dá um passo por mim. Não faço festa quando alguém que sabe que eu tô louca de saudades e não move um dedo pra me ver, vem numa droga de chat e fala “E aí”. Te acostumei muito mal, mas agora vou desacostumar. Porque meu medo de ter perder, virou meu objetivo, então nada me prende. E se ir te matando aos poucos levar um pedaço de mim, que leve. Porque a dor de você na minha vida me afeta inteira e eu não aguento mais.

Sempre só. Eu vivo procurando alguém que sofra como eu também, mas não consigo achar ninguém.

Eu não espero pelo dia em que todos os homens concordem
Apenas sei de diversas harmonias bonitas possíveis sem juízo final.

Eu tenho essa coisa de olhar para a pessoa, e saber de cara, se eu confio ou não.

Eu não refuto os ideais, apenas ponho luvas diante deles...

Eu precisava de ficar pregado nas coisas vegetalmente e achar o que não procurava.

Manoel de Barros
BARROS, M. O livro das ignorãças. Rio de Janeiro: Editora Record, 2000.

Eu queria escrever um livro. Mas onde estão as palavras? esgotaram-se os significados.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

[O sentido da minha vida] é inventado a cada momento, mas é claro que eu necessito da poesia, eu necessito da arte, eu necessito de estar discutindo essas coisas, de estar pensando nessas coisas que dão transcendência à vida. Eu não tenho dúvida alguma de que a arte é necessária porque a vida não é suficiente, porque senão qual era a necessidade de inventar a arte? A necessidade é essa: as pessoas necessitam dela, por mais que aconteça coisa no mundo, a arte sobrevive, como uma forma de acordo com o momento, com a época, ela é uma coisa necessária, como a ciência é necessária, como a filosofia é necessária, como a religião é necessária, como a política é necessária.

O importante, o irreversível, o definitivo, o claro nessa história toda é que eu gosto muito de ti.

Ambiciono que o idioma em que eu te falo
Possam todas as línguas decliná-lo
Possam todos os homens compreendê-lo.

E eu não aguento a resignação. Ah, como devoro com fome e prazer a revolta.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica As crianças chatas.

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Se eu não me importo, eu simplesmente te ignoro. Mas se eu me importo, eu faço de tudo pra você achar que eu não me importo

E eu olho pra você enquanto você dorme e mexo no seu cabelo bem de levinho pra não te acordar e chego mais pra perto de você e te abraço e você acorda e sorri e me abraça e me envolve com seus braços e eu sorrio e suspiro e finalmente durmo e sonho com uma vida que já existe e é bem viva.

Não, eu não me esqueci dos meus planos. E não, também não desisti dos meus sonhos. Só desentortei o caminho. Percebi que para chegar onde quer que fosse teria que tirar definitivamente dele tudo o que não me valeu.

Herança

Eu vim de infinitos caminhos,
e os meus sonhos choveram lúcido pranto
pelo chão.

Quando é que frutifica, nos caminhos infinitos,
essa vida, que era tão viva, tão fecunda,
porque vinha de um coração?

E os que vierem depois, pelos caminhos infinitos,
do pranto que caiu dos meus olhos passados,
que experiência, ou consolo, ou prêmio alcançarão?

Só esquece. Esquece tudo que te falei, cada palavra, tudo que eu sentia, esquece. Esquece todos os olhares em sua direção, todas as conversas que tivemos. Não consigo nem acreditar que por um momento achei que pudesse dar certo, que “nós” ainda podia acontecer algum dia. Você não sabe o quanto me sinto idiota. Esquece tudo que senti por você, posso te jurar que vai ser bem mais fácil pra você do que pra mim.