Ja Chorei de tanto Rir
Você quis tanto me deixar
Que eu deixei por aí
Caiu do meu bolso afrouxado
Do meu coração cansado
A vontade de insistir
Você quis tanto se livrar
Como se eu fosse uma peste
E quando teu corpo em cima do meu
Se movimentava parava o tempo
E eu via o brilho nesse teu olhar
Era um brilho medonho
Que aprendi a gostar
Mesmo que tua boca
Depois dissessem coisas
Pro meu coração sangrar
Por Deus, ah como eu chorei
Sem medo de admitir
Humano demasiadamente
Depois que eu te disse adeus
Mas era eu ou então você
Eu nunca pude ser seu par
E não havia aconchego
Depois de um dia cheio
Cê não era meu lugar
Eu tentei, tentei tanto, eu tentei tudo, tentei, novamente, de todas as maneiras; eu almejei muito, escrevi, reescrevi, muitas vezes, me inspirei como o mar sendo açoitado pelas ondas oscilantes; somente para revelar, a dura realidade, o quanto naufraguei nos arrecifes dos meus sonhos malogrados.
Temos tanto tempo, e ao mesmo tempo, não temos tempo de nada...
Vivemos na correria da vida e nessa correria vamos deixando de viver,
Na busca de conseguir coisas, conquistar objetivos ou pessoas, vamos deixando de viver o presente que é o hoje, não vemos o que já temos, não damos atenção a quem está ao nosso lado e assim acabamos por perder tudo que nos é ofertado!
Amores e amizades se desgastam...
Pessoas se “vão”...
Fotos amarelam ou se “perdem”...
Momentos felizes viram antigas lembranças....
E no final acabamos por nos dar conta que nada podemos levar,
Que nada, nem ninguém nos pertence,
Que tudo é transitório,
E nessa hora queremos mais tempo, desejamos as pessoas de volta, sonhamos reviver aqueles maravilhosos momentos, queremos poder ligar ou falar com quem a muito já não vemos, ou muitas vezes já nem nesta terra mais se encontram...
E aí vemos o tempo que perdemos...
Então vamos aproveitar o hoje, sempre que pudermos, vamos abraçar a quem queremos, vamos visitar quem há muito não vemos, vamos parar e olhar tudo que temos, vamos agradecer tudo que recebemos, vamos falar o que sentimos e precisamos, vamos nos libertar do que não nos deixa voar, vamos aceitar e curar os corações feridos, vamos “só por hoje” nos abençoar! Vamos só por hoje nos “PRESENTEAR” Mi
Amor!
Tantos sorrisos por aí e você querendo o meu
Tantos olhares me olhando e eu querendo o seu
Eu não duvido não, e não foi por acaso
Se o amor bateu na nossa porta, que sorte a nossa
Ai ai ai ai
Que sorte a nossa
Ai ai ai ai
Que sorte a nossa
Não foi a vibe, foi a letra.
Foi me ver nas entrelinhas.
Foi rever sensações.
Eu nunca tive medo,
Mas você não parece ser bem um lugar seguro...embora eu quisesse.
Assim, enquanto e tanto!
Assim que se faça presente nosso bem maior
Enquanto persite um caminho
Assim como é agora e sempre, sem só
Enquanto não consigo pensar demais
Assim por mais que eu queira, não fico triste
Enquanto o tempo me satisfaz
Assim que a culpa é minha e nela tu existe
Enquanto o tudo é saber que conseguiste
Nada causou tantos males, e bem, a humanidade que à ideia equivocada de ser especial, e não apenas mais um.
Silêncio é a resposta que não age, nem reage; é pura realização, tanto para dentro quanto para fora.
A ansiedade também tem seu lado positivo. Nada como matar a ansiedade vivenciando o que se esperava por tanto e tanto tempo.
CADA TANTO
Cada tanto que a poesia se abre, plena
E tatua o branco do papel com primores
Tenho sensação nesta tão poética cena
De atraentes sentir com criados vigores
E vou versando. A paixão não é pequena
Inspiração da alma, encantados louvores
Ali, repousados em uma sagrada patena
E, tão repleto de sentimentos amadores
Sim, eu, um casto sonhador, emocional
Dum coração, devaneador, sentimental
Enredado de uma sedutora imaginação
Na minha prosa, eu, conto o quotidiano
Se triste, o alegro, se pranto, do engano
Assim, canto, cada tanto, duma emoção
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05 abril, 2023, 14'00" – Araguari, MG
SONHO, QUE SONHA TANTO
Embalara a rima em um cântico
do sentimento, que d’alma salta
a minha paixão, e que se exalta
e vê arfar o coração, romântico
Como o delírio corre semântico
na ilusão, cantam eles na ribalta
e nem uma saudade ali me falta
compondo o encanto gigântico
Deixe-me cantar o ardor infindo
amar e reviver. Quero, sentindo
pressentir o meu verso sedutor
Não me despertes, até quanto
houver sonho, que sonha tanto
pra não tirar da poética o amor.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
11/09/2024, 19’54” – cerrado goiano