Ja Chorei de tanto Rir
TENHO MEDO DE VOAR (III)
Como pode?!...
Não entendo como a pessoa se anima tanto a voar,
E até a trabalhar,
Nas alturas,
Numa aeronave, solta no ar.
Vendo aviões nos ares
Fico a pensar sobre as criaturas
Viajando neles expondo suas vidas,
A um grau de risco no mínimo questionável.
Já busquei ajuda
Numa específica literatura,
Para ver se me encorajava voar
Em asas duras.
Mas ainda não fui convencido
Quanto a este heróico ato de bravura.
Como pode?!...
Teria que ser um brasileiro,
Mineiro,
Homem simples do interior,
Autodidata... Roceiro.
O "pai" de tamanho invento?!
É incrível alguém ter tamanho intento!
A ousadia e desenvoltura;
Para desafiar gravidades, alturas,
As Intempéries, a força do vento!...
Como pode?!...
O avião me fazer tremer de medo
Aqui do chão,
Só de vê-lo pairando no ar,
Como um colibri,
Ou em movimento,
Como um trem doido demais!
Como pode?!...
Eu viver tanto tempo,
Sem coragem de cruzar o infinito
Nas asas desse trem bonito?!...
Alberto Santos Dumont teve essa coragem de voar,
Desfrutou desse prazer e achou sua obra prima,
Um trem bom demais da conta!
Cá entre nós, sem espalhar pra muita gente,
Vou continuar dizendo o que sempre disse:
Não tenho medo nem de serpentes.
Mas prefiro viajar a pé
Até meu destino final,
Ou ainda, em lombo de animais,
A deixar os filhos e a viúva,
Em tristes ais (06.01.16).
É Tudo Que Eu Vejo
Eu vi tanta gente crescendo
E tanta gente morrendo
Vi tanto rio secando
E tanto peixe correndo,
Vi tanta água se acabando
E tanta multidão apressada
Algumas lutando por quase nada
E outras por tão pouco
Levando quase tudo,
Vi mistério gritar como surdo
E tanta promessa
Ser feita no escuro,
Vi tanta lógica perdida no fundo
E tantos rabiscos tortos
Na parede do muro,
Vi tanta bestage
E tantos outros corpos
Fazendo parte
Da mesma estalagem
Eu vi midingo correndo
Sem ter pra onde ir
E tanta coisa ele querendo
Sem saber como conseguir,
Por exemplo um pão
Pra ele estar comendo
E uma cama pra ele dormir
Tudo isso eu vejo
Todo dia com frequência
Lhe falta carinho,
Um abraço e um beijo
Lhe falta ternura
E pra quem te olha a decência,
Pra uma só criatura
Que já padece pedindo clemência
Eu já vi de tudo nessa vida
Coisas até que os meus olhos
Não queriam enxergar,
Tanta coisa estranha
Num só lugar
Todo dia me apanha
E me leva
A outra maneira de pensar,
Porque os meus olhos
Já não querem ver mais
Tanta treva
E tantas formas de penar,
Tanta loucura que só nos leva
Para trás
Nos deixando perdidos na relva
Naquele abandonar,
De quem diz adeus
E até nunca mais.
Aprendiz
Espero que você
Tenha aprendido a lição
Pra que tanto b-a-ba
Não tenha sido em vão,
Espero que você
Tenha se arrependido
Pra que tanta comunhão
Não tenha servido pra nada,
Espero que você
Tenha entendido o recado
Pra que tanta confusão
Não tenha sido pecado,
Espero que você se entregue
De corpo, alma e coração
Pra que tanto esfregue, esfregue
Não seja só paixão
Pra não ficar parecendo
Que o amor tenha acabado
Quando só restou ilusão,
Com tanto sangue fervendo
Espero que você
Tenha rezado no sábado
Pra que tanto vem me ver
Não seja só perdão.
Fala a Loucura: “Por tudo isso, observai, senhores, que, quanto mais o homem se afasta de mim, tanto menos goza dos bens da vida, avançando de tal maneira nesse sentido que logo chega à fastidiosa e incômoda velhice, tão insuportável para si como para os outros”. (Elogio da Loucura)
Se você parar para pensar sobre o que um semeador de sentimentos procura tanto discutir sobre o amor e não demais emoções, estará até pedindo para um ateu acreditar em Deus.
Observe que amor às vezes causa dor, outras vezes é impossível, noutras é recíproco e nem sempre é doce.
Eu volta e meia converso com alguém e sempre tenho um tipo de amor diferente para me inspirar e publicar nessa página.
Amores jovens, amores maduros, amores antigos, amores avassaladores, amores perdidos, amores descobertos, amores vencidos, amores amargos, amores inventados.
Cada um de nós já sobreviveu e mesmo assim não esqueceu um desses amores. Então, fica impossível não falar de amor, quando é só o que recebo do cara lá de cima.
Por mais que eu fale sobre a discussão escrita ser fictícia em algum dos textos, ou baseada no que alguém me presenteou gratuitamente num desabafo, sempre parece que a dor escrita é a minha vida, pois coloco minha emoção nas interpretações.
Na realidade, sinto-me uma vampira de paixões, sobrevivo da minha imaginação e do meu amor pela vida, mesmo quando triste escrevo e logo me sinto melhor.
Enfim, sou alguém observando sensações externas e bebendo da fonte delas, com ajuda dos contadores de estórias reais, criando fantasias que parecem vivas para outras pessoas.
Não tem jeito, pergunto como vai o dia e termino sabendo do tipo de amor que o alimenta, transcrevo, eternizando entre linhas as palavras soltas de alguém.
Use seus #conselhos
na sua própria #vida!
Seja a #mudança
que você #inspira!
Não #julgue tanto,
apenas #respeite!
#Ame de #verdade,
até mesmo os #defeitos!
#Compreenda mais,
#evite #condenações!
#Assuma suas #culpas,
todo #mundo erra!
Pare de #esperar dos #outros,
você também comete #faltas!
Vá #viver sua vida,
#esqueça quem não #ficou nela!
✍🖒💛💭
#Semeadoresdesentimentos
Sou aquele cujo os olhos tanto desejou vingança,
Conheci a verdadeira dor
Através do ódio que Eu criei Na busca de vingança eu me tornei um vingador.
Com todo esse ódio que sinto, quero destruir tudo.
Antes da dor que me ferio Eu percebi que eu era cego
Eu tenho convicções, meta a ser atingida, cansei desse mundo vou fazer uma nova revolução!
estava com tanto frio a noite
que fiquei sem o bom senso
de acreditar no seu
sentimento puro.
E quando senti o sol
aquecendo meus pulmões de manhã,
eu recuperei até a vontade
de estar com alguém especial.
Mas, já faz tanto tempo
que você ficou congelado
no meu passado
que não seria justo
continuar com o que
ficou para trás.
Afinal, ninguém liga mais
para os sentimentos mesmo!
Fica-se às vezes
Fica-se tanto tempo
Fica-se em solidão
Fica-se sem solidão
Fica-se e se deixa
Deixa-se de ser sozinho
Deixa-se de ser ausência
Deixa-se por companhia
Tem-se uma amiga solidão
Deixa-se e se torna companhia.
Fica-se às vezes
Deixa-se de ser sozinho
Fica-se tanto tempo
Deixa-se de ser ausência
Fica-se em solidão
Deixa-se por companhia
Fica-se sem solidão
Tem-se uma amiga solidão
Fica-se e se deixa
Deixa-se e se torna companhia.
Muitos se perguntam porque eu te quero tanto. Pois bem, Por que eu não sei viver sem o amor da minha "pekena"
Decisão...
Não se pode se doar tanto
ajudar é uma coisa
Porém, cansa correr atrás
implorar, exigir e obrigar
Na vida, tudo é por amor
deixe que o amor de Deus decida
Não lute sozinho contra maré
o mar é extenso
Procure, deixar Deus aja no coração
deste que sofre aos seus olhos
Não é desistir, é confiar!
Deus é mais... Nas mãos de Deus tudo é possível.
Shirlei Miriam de Souza
Caminhos que se cruzam...
Tem palavra mais bonita que amor?
Dela a tanto sentimento
Estava andando pelo mundo sozinha desamparada
E ele de certa forma estava distante sozinho pensando na vida
Pelo destinou cruzou o meu caminho
Deu um sorriso e me pegou pela mão
Dizendo palavras lindas doces e meigas
Eu com certo receio de encontra na vida alguém assim
Resolvi seguir ele por onde fosse
A cada dia mais apaixonada pela sinceridade daquele sorriso
E pelos doces beijos apaixonados
E ao lado dele viver nossa historia!
Shirlei Miriam de Souza
NERO MORDIA ATÉ O VENTO, MAS MUDOU DE COMPORTAMENTO
CRÔNICA
Na cidade nem tanto, mas, na roça o ‘melhor amigo do homem’ era de muita serventia, principalmente para as caçadas. Hoje nem tanto, devido à proibição dessa atividade.
Seu Romualdo, feliz da vida com o cão que ganhara de Zé de Dôra, de Monte Alegre; viu papai e foi logo contando as boas novas:
- Seu Natãn: demorei, mas encontrei o cachorro dos meus sonhos. O bicho é bão demais!...
- Como o senhor soube disso?! Já fez alguma caçada com ele?
- Não, mas vou explicar pro senhor: tudo que ele ver pela frente, parte pra pegar; numa valentia!... Num respeita nada; outro diinha desses, ele fez uma bramura: botou um caminhão pra correr.
- Passou devagarzinho, um bichão desses de carregar boi nas costas (caminhão-gaiola), lá na frente de casa e ele latia com bravura aquilo; vançando nas rodeiras pra pegar mermo. O motorista teve que sair numa velocidade..., mais ele continuava vançando tentando rancar pedaços. E foi botar o bruta montes longe... bem longe. Voltou de tardinha morrendo de canseira. Agora veja o senhor, se ele enfrentou um aranzé daqueles... se pôr esse bicho no mato pra caçar, num vai sobrar nada que ele não pegue...
Mas Nero deu pra morder as pessoas. Crianças, idosos e não havia tamanho de homem, paus, pedras... Nada fazia Nero recuar. E os problemas de relacionamento com a vizinhança foram acumulando-se de tal maneira que dentro de pouco tempo Romualdo já queria ficar livre da fera que botara dentro de casa.
Estava determinado: Iria matar o Nero. Não aguentava mais aquele suplício. Mas Florisbela, a esposa, tinha amor pelo cachorro, e saltou na frente:
- Se você fizer isso, eu te largo na mesma hora! Bela não aceitava uma atrocidade daquelas. E, mais: quando o marido se ausentava da propriedade,não contando com mais companhias, se sentia protegida, tendo Nero por perto.
Mas Romualdo, com raiva, aproveitando que Bela estava pra casa da mãe, deixou o cachorro amarrado sem proteção de uma sombra, o dia inteiro; sem comida e sem água. Queria-lhe dar um castigo.
Ainda bem que apareceu alguém para salvar o bichinho daquele sofrimento! E Filipe fora o outro anjo da guarda de Nero.
Geralmente numa crise surge alguém com alguma ideia ou sugestão interessante para resolução de um problema. Filipe, seu velho conhecido, e proprietário de um terreno pros lados da Venerana; viu que poderia aproveitar o Nero nas caçadas que fazia por lá; juntamente com seus cachorros treinados.
E garantiu que, se ele lhe desse o cão, iria dar um jeito nele, e não morderia mais ninguém. Então Romualdo não pensou duas vezes: deu o Nero de presente ao amigo. E lhe entregou também um cambão para condução do cão pela estrada.
Alguns dias depois pela manhã, choveu. E, geralmente quando isso acontecia, os caititus iam fuçar a beira da lagoa, na mata remanescente, nos terrenos de Felipe; pra comerem os tubérculos dos pés de caités, abundantes por lá.
Então o Nero teve sua primeira oportunidade de dar um passeio e conhecer de perto os habitantes da floresta...ter contato com um outro ambiente. E foram para a caçada costumeira.
Seus colegas eram treinados, e conhecia cada palmo daquele chão e os bichos que moravam nele; mas, para Nero, aquilo era um mundo totalmente estranho. Os outros cães adentraram naquela densa florestal. E Nero não parava de pisar nos calcanhares dos caçadores - o tempo todo.
E por fim, pintou a primeira e única caça no trajeto dos cães farejadores de Felipe! Cãe!...cãe!...cãe!... Nero saiu derrubando tudo pela frente pra ver o que estava acontecendo. Se fosse uma caça pequena, só daria para uma bocada das dele.
Acuaram a caça, e os caçadores correram pra lá. Na cabeça de todos eram os caititus. Mas ao chegar ao local de difícil acesso, tipo uma gruta, ainda na mata fechada, avistaram uma imensa onça pintada que não crescia mais encima de uma rocha, e ouviram os gritos desesperados e doídos de Nero - vindo no sentido contrário do enorme felino que avista.
A dor de barriga de Nero, no momento que viu o bicho, foi tão intensa que era percebível pelo mau cheiro das fezes líquidas que vazavam sem parar, do seu intestino. Nero desapareceu na floresta escura; correndo e gritando até não se ouvir mais. Caim!...Caim!...Caim!...
Infelizmente mataram a onça; e ao regressarem à sede da fazenda, perguntaram por Nero, e contaram o que aconteceu. Ninguém deu notícia dele.
Penduraram o animal no alpendre, nos fundos da casa para tirara couro depois. Não demorou e Nero adentrou-se na casa, morto de cansado, com um palmo de língua de fora, procurando uma água, uma comida, na cozinha. Olhou pro quintal e avistou a onça pendurada... Deu novamente seguido gritos, pulou para trás e desapareceu daquela casa para sempre. Caim!...Caim!...Caim!...
Com uns anos apareceu na casa de Felipe o outro dono de Nero, Seu Manoel dos Reis, que morava a muitos quilômetros de distância, no Pouso Alto, trazendo notícias dele: - Nero apareceu lá em casa e não saiu mais. Está bem!... Todo mundo gosta dele! Ponderou o senhor. E continuou com os relatos a seu Felipe:
- Tá gordo que nem um capado; não ataca as pessoas e não late. É incapaz de ofendes uma mosca. Não vai ao mato por nada desse mundo, e o seu trajeto é da lagoa do caldo pro morro do pirão. Um AMOR DE CACHORRO!
Morder as pessoas inocentes, e o vento, é fácil, quero ver é encarar uma onça nervosa.
Ainda bem que Nero aprendeu com seus erros do passado! (15.02.18)
Como o sistema educacional pretende formar cidadãos para a vida? Pois que tanto "profissionalismo" ainda está longe do ideal?
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