Irrita

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Quem te irrita, te domina.

Aliás o que me irrita é que tudo tem de ser “do modo certo”, imposição muito limitadora.

Clarice Lispector
Para não esquecer. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Nota: Trecho da crônica Mentir, pensar.

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No fim das contas quem sofre é você

Se tem uma coisa que me irrita é gente carente. A carência cega as pessoas. É claro que todo mundo tem um lado carente. Quando estou na TPM fico toda cheia de manha, de dengo, querendo atenção. Fico meio mala, meio chata, meio magoadinha com qualquer resposta mais firme. Mas a gente pode culpar os hormônios.

Só que uma tensão pré-menstrual dura sete dias. E tem gente que tem esse comportamento desde que veio ao mundo. Quer um exemplo? A Renata, do Big Brother. Eu achava ela ingênua no começo. Que nada. É uma chata de galocha. A carência impede que ela use os poucos loirônios que tem. E de quebra ela ainda leva a fama de "fácil", digamos assim, pois se envolve com qualquer um que dê mais de cinco minutinhos de atenção.

Não entendo quem entra em qualquer tipo de relação sabendo que é furada. O medo de ficar só não pode ser maior do que o amor que você tem por você mesmo. Desculpe, mas você é obrigado a se amar. Ninguém ensina isso pra gente na escola, mas é a mais pura verdade. A vida acaba te mostrando isso dia após dia. A gente tem é que se amar muito, se respeitar muito pra chegar para o outro e dizer: se é isso que você me oferece, agradeço, mas recuso. Não quero esse pouco. Não quero essas partes. Não quero a sua metade. Vem inteiro, completo. Ou não vem. Ou nem te apresenta. Ou pega teus brinquedos e sai logo daqui.

Uma amiga conheceu um cara. Depois de uns beijos, soube que ele era casado. Aquele velho papo estou-me-separando rolou, mas ela deu uma prensa e descobriu que os dois estavam inclusive construindo uma casa juntos. Ela podia ter sido clara e direta: não quero mais nada contigo, isso não vai pra frente, não vai dar certo. Mas não. O cara é bonito, querido e ela ainda não se sente segura pra dar um chega pra lá no moço. Conclusão? Ele vai continuar enrolando ela, pois é super fácil ficar com duas pessoas ao mesmo tempo. É só inventar de vez em quando uma reunião, algum compromisso de trabalho ou uma cervejinha no fim da tarde com os amigos. Mas é com a esposa que ele vai ao cinema. É ao lado dela que ele vai deitar todas as noites. É o olhar dela que ele vai encontrar todas as manhãs. E a minha amiga? É uma mulher bonita que ele beija, abraça, transa, conversa banalidades, ri um pouco e se diverte. Se pra ela fosse só isso, tudo bem. Mas ela está realmente curtindo o cara e se envolvendo. Preciso mesmo dizer pra você como essa história vai acabar?

Já muitos casos assim acontecerem. E fico com uma certa raiva de quem não se dá conta. A gente sempre percebe o que o outro quer. É só prestar atenção no que ele diz. Honestamente, se você quer só dar uns beijos e curtir uns momentos com um cara que é casado com cinco mulheres e tem um filho em cada canto do mundo, vai em frente. Se é diversão, entra na onda, aproveita, te diverte. Só que normalmente não é. Normalmente todo mundo quer uma continuidade, uma historinha, um amor. E a história termina com lágrimas. Sempre. É por isso que a gente tem que ligar o desconfiômetro e pensar: se está escrito encrenca, bye bye. O bom é evitar tudo isso desde o começo. Mandar a carência para o quinto dos infernos. Olhar para o espelho, ter uma conversa honesta e amiga com você mesma e dizer: vem cá, essa pessoa vale tudo isso? Vale tanto esforço? Me envolvi ou é só carência? Essa pergunta é essencial. Porque no fim das contas quem sofre é você.

De repente me passa pela cabeça que a minha presença ou a minha insistência pode talvez irritá-lo. Então, desculpa não insistirei mais.

⁠O que mais me irrita? Fácil. Não cuidar do meio ambiente. Só temos uma Terra. Ela tem que ser a nossa prioridade, no mínimo.

Outer Banks
1ª temporada, episódio 1.

Tudo que me irrita nos outros pode ajudar-me no conhecimento de mim mesmo.

Carl Jung
Memórias, sonhos, reflexões. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.

⁠Algumas pessoas nunca irão gostar de você porque o Espírito Santo que habita em ti, irrita o demônio que vive nelas.

Os fracos estão destinados a deitar-se sob as botas dos fortes. Se isso te irrita, supere seus déficits.

Família é totalmente maluca e perdida: briga, ama, é intrusa, se irrita, irrita, dá gargalhadas, chora, faz cobranças sentimentais, e no final se enche de beijos e abraços confortantes e cheios de aconchego... Vai me dizer que isso não é maluco?

Eu e a chuva: Durante o dia ela me irrita, mas, a noite ela me acalma...

Se tem uma coisa que me irrita profundamente é querer chamar minha atenção provocando ciúmes. Além de achar infantil e brochante, me perde antes mesmo de me ter. Esses joguinhos não têm efeito comigo, não mesmo.

Não saber.

Não há nada mais irritante do que respostas não-respostas.
Engarrafamento irrita, trânsito de sexta-feira, buzina ignorante, gente contraditória, fila que não anda, vizinho com rádio potente e nenhum bom gosto irrita.

Falta de educação, respostas atravessadas, atitude desnecessária, tudo isso. Mas nada mais desconcertante que um "não sei".

"Não sei" é termo que não vale, "não sei" não é resposta, "não sei" não é cabível. Falo daquele "não sei" inteligente e esperto não o desprovido de informação.

Aquele que é parente próximo do "talvez", vizinho do "pode ser", amigo fiel do "quem sabe".

"Não sei" não rende assunto, não dá chance nem esperança. Não dá audiência. É preguiça, provocação.

"Não sei" é arrancar as páginas de possibilidades e reflexões de um livro bom, é posição de impedimento, é tirar o corpo fora. Puro descaso, covardia. O boicote das justificativas. A alergia dos práticos. A úlcera dos ansiosos.

É ter todas as respostas guardadas, preparadas, apontadas e ainda assim se esquivar. Ter a mancha de um crime nas mãos e negá-lo.

"Não sei" é a fuga dos que não se comprometem. É vazio de sentido, tentativa frustrada de absolvição. Inconveniente, conservador, teste e tortura da paciência.

"Não sei", piada mal contada. Cretina, infundada. Se esconde atrás da sombra e do suposto respaldo das abstenções.

"Não sei" compactua com o "porque sim" e o "porque não" como escape de continuação do asssunto. Simbióticos e injustos. Tenta parar o trânsito da prosa, mas é atropelado pelas interrogações.

É a pressa e o pecado da língua insana, o tormento das personalidades combativas, o desespero dos descordantes.

"Não sei" é a negação do recurso. Não remete ao passado e não liga ao futuro, é a pedra no caminho da decisão, a pedra no sapato dos objetivos.

"Não sei" como comodismo, escolha mais conveniente.

Nada bobo o "não sei", bastante sábio. Um perigo, um abuso. Deveria ser censurado, abolido, abortado. Ahhh o "não sei"... descabido e desnecessário!

Responda "não sei" pra mim e prepare-se para o show de questionamento. Tenha certeza de sua resposta, de sua falta de posição. Esteja seguro e armado. Armado de argumentação.

[b]Uma mistura de menina e de mulher,sempre intensa que às vezes se irrita com a própria maneira de ver a vida, ou melhor de como espera a vida, mas que definitivamente nasceu pra ser feliz! \" Por que eu sou feita pro amor da cabeça aos pés....

Porque eu sou uma garota louca, todo mundo sempre pensa automaticamente que eu sou má. Ou que eu carrego um segredo negro comigo ou que eu sou obsessiva com a morte. A verdade é que eu sou provavelmente a pessoa menos mórbida que alguém pode conhecer. Se eu penso mais sobre a morte que outras pessoas, é porque provavelmente eu adoro a vida mais que elas."

Fico muito chateada por não conseguir mudar algumas coisas. Mas o que mais me irrita é não conseguir me conformar com as coisas como elas são.

A humildade é uma virtude emocional que
nunca se irrita com coisa alguma.

Sou uma dessas pessoas sem graça. Que se irrita fácil com barulhos, se sente tímido em multidão, se deixa levar pelo coração.

Irrita-me a felicidade de todos estes homens que não sabem que são infelizes. A sua vida humana é cheia de tudo quanto constituiria uma série de angústias para uma sensibilidade verdadeira. Mas, como a sua verdadeira vida é vegetativa, o que sofrem passa por eles sem lhes tocar na alma, e vivem uma vida que se pode comparar somente à de um homem com dor de dentes que houvesse recebido uma fortuna — a fortuna autêntica de estar vivendo sem dar por isso, o maior dom que os deuses concedem, porque é o dom de lhes ser semelhante, superior como eles (ainda que de outro modo) à alegria e à dor.
Por isto, contudo, os amo a todos. Meus queridos vegetais!

Fernando Pessoa
PESSOA, F. Livro do Desassossego por Bernardo Soares. Vol.I. (Recolha e transcrição dos textos de Maria Aliete Galhoz e Teresa Sobral Cunha. Prefácio e Organização de Jacinto do Prado Coelho.) Lisboa: Ática, 1982
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Eu finjo ser feliz pra eu não ficar chateada comigo. E isso irrita demais as pessoas.

O que me irrita, é que quando você sorri, eu esqueço que estava brava com você.

Quem ama reclama, briga, implica, irrita. Quem ama erra, finge que não se importa, pede perdão, fica bobo. Quem ama, ri quando você tropeça e faz você chorar. Mas também sempre vai lhe estender a mão. É muito simples dizer sim para tudo, mas quem ama de verdade também vai dizer não, quem ama não te abandona, cuida de você e te protege. Quem ama não trai, sente ciúmes, abre mão de tudo por você, e vai te fazer feliz!

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