Invisível
Eu sou invisível, entenda, simplesmente porque as pessoas recusam-se a me ver. Como as cabeças sem corpos que às vezes se veem em exibições circenses, é como se eu estivesse rodeado de espelhos feitos de vidro grosso e distorcido.
Acho que Deus decidiu ser invisível pra não ter que morrer de vergonha diante dos espetáculos desnecessários feitos em seu nome.
Coisa mais linda e mágica é o vento... É invisível mas podemos senti-lo, podemos ouvir o seu canto... E deixam delicadas marquinhas de pegadas na areia por onde passou..
Considerando que "o essencial é invisível aos olhos", é natural que o Universo nos confunda, colocando-o exatamente onde acreditamos que não somos capazes de enxergá-lo.
Pôr-do-sol...
Ele está lá deslumbrante, mas invisível a muitos olhares apressados, que não se dão conta que ele deixa o céu em tons diferentes e radiante...
Que ao olhá-lo, você se esquece dos problemas e por um segundo que seja, é só você e ele...
Ah! Os olhos destraidos, como deixa passar despercebido algo tão deslumbrante...o que emociona aos amantes ao entardecer a beira mar.
O que faz o encontro de dois corações, mesmo sem poder se tocar.
Ah, olhos... Se soubesse o que está a perder, ficaria atento não só no pôr-do-sol, mas também no amanhecer.
Tem pessoas que se escondem por trás
De uma mascara invisível ao olho humano ,
E nos surpreendem ao revelar sua verdadeira face .
O medo do poder invisível, fingido pela mente, ou imaginado a partir de contos publicamente permitidos, é religião, se não permitidos, é superstição. E quando o poder é verdadeiramente imaginado, como nós imaginamos, é a verdadeira religião.
Minha fé me faz acreditar naquilo que eu não posso ver
Assim como o ar que mesmo invisível me faz viver.
📘 5. Fragmentado — O Peso de Ser Invisível
> Já percebeu que ninguém pergunta se você tá bem...
quando acha que você é forte?
Já percebeu que homem doente é chamado de mole?
Que homem triste é motivo de piada?
Tem homem que dorme com um buraco no peito.
E acorda no meio da noite, sem saber por que ainda tá aqui.
A sociedade criou uma armadura pra gente.
Mas esqueceu que por dentro ainda somos carne.
Ser invisível cansa.
Cansa demais.
E o pior é que quando o homem some,
só aí perguntam:
“Mas ele parecia tão bem...”
Tarde demais.
Fragmentado.
E ninguém viu.
“O tempo é o mestre invisível que ensina a existir, molda com dor, corrige com o silêncio e, ao final, consome o próprio ensinamento para devolvê-lo à eternidade.”
M. Arawak.
Silêncio do Tempo
Às vezes, o tempo passa como um inimigo invisível — leva embora os dias, os sonhos, e me deixa aqui, olhando o reflexo de alguém que não reconheço.
Há um vazio que não dói com gritos, mas com silêncio.
Um vazio que não pede ajuda, só quer entender onde tudo se perdeu.
Mas mesmo nesse vazio, algo resiste.
Um fragmento pequeno, quase apagado, sussurra:
“Ainda há algo em você que quer viver.”
E talvez seja isso o que resta de mim — a vontade de voltar a sentir o mundo,
de reconstruir o que deixei ruir,
de calar o medo e ouvir, enfim, o meu próprio renascimento.
A Bagagem Invisível
A Mente que Tudo Absorve
A mente não é apenas onde pensamos —
é onde tudo chega, entra e se instala.
Ela absorve o que o corpo vive,
mas também o que nunca aconteceu de verdade,
apenas foi sentido… ou imaginado.
Ela não distingue com precisão o que é memória, sonho ou trauma.
Guarda o que foi dito…
e o que apenas achamos que ouvimos.
Armazena não só os fatos,
mas também as suposições, as projeções, os medos, os desejos.
Tudo vira experiência — mesmo que só mental.
Um gesto mal interpretado.
Um silêncio carregado de expectativa.
Um olhar que julgamos de desprezo.
Nada disso talvez tenha existido fora de nós…
mas a mente vive como se fosse real.
E o corpo responde.
A ansiedade aparece.
A raiva se inflama.
O coração acelera por guerras que só aconteceram na imaginação.
Mas a dor é autêntica.
A mente, como solo fértil, não seleciona o que brota.
Ela acolhe tanto as sementes do que foi vivido,
quanto as ervas daninhas do que só foi sentido.
É por isso que muitos sofrem por histórias que nunca existiram,
por rejeições que nunca aconteceram,
por palavras que nunca foram ditas —
mas foram criadas dentro, moldadas pelas emoções.
A mente absorve não só o que lhe fazem,
mas também o que ela acredita que lhe fariam.
Ela é o espelho quebrado de todas as possibilidades:
o que foi, o que poderia ter sido, o que jamais será…
e o que insistimos em reviver.
A Morte: A Porta Que Se Fecha
A morte não é o fim.
É a abertura de uma porta.
Não uma porta comum…
Mas uma daquelas que, ao se fechar atrás de nós,
não se pode mais abrir para voltar.
Quando cruzamos essa soleira,
não levamos o corpo, nem os títulos, nem os pertences.
Levamos apenas o que acumulamos por dentro:
as intenções, os pesos, as culpas, os gestos, os silêncios, os afetos.
Lá, nesse novo espaço que não sabemos nomear,
seremos cercados por tudo o que deixamos de ver em vida:
as palavras que engolimos, os amores que negamos,
as escolhas que feriram, os sonhos que enterramos em nome do medo.
Nada se perde,
tudo nos espera do outro lado.
A morte é espelho.
É a projeção ampliada daquilo que evitamos encarar.
Lá, não há distrações.
Não há tempo.
Só presença nua…
e consciência crua.
Morremos com o que fomos — não com o que fingimos ser.
Talvez lá a dor não venha da morte em si,
mas do confronto com a vida que não vivemos.
Das chances desperdiçadas.
Da coragem adiada.
Do amor que sabíamos dar, mas recusamos por orgulho.
A porta se fecha.
E não se abre mais.
Mas não como punição…
como consequência.
Porque tudo o que era externo perde sentido —
e tudo o que era interno ganha voz.
Quando a Mente se Fecha e a Morte se Abre
A mente é um receptáculo.
Ela absorve tudo —
o que vivemos, o que inventamos,
o que sentimos, mesmo sem ter acontecido.
Carrega dores que ninguém nos causou,
traumas que nasceram apenas de ideias,
feridas abertas por suposições,
e amores que existiram só na imaginação.
Ela não julga o que é real,
ela apenas registra.
E enquanto estamos vivos,
continuamos alimentando esse cofre invisível —
feito de lembranças reais e fantasmas emocionais. Mas então… a morte chega.
E com ela, uma porta se abre.
E ao atravessá-la, não levamos o corpo,
nem as certezas que fingíamos ter.
Levamos apenas a bagagem mental:
nossos atos, nossos afetos,
nossas intenções escondidas e sentimentos silenciados.
A morte fecha a porta atrás de nós,
mas nos eterniza no conteúdo que deixamos.
Porque a mente — esse cofre que absorveu tudo —
se transforma agora em memória viva no mundo.
Nossos gestos passam a viver nos pensamentos de quem tocamos.
Nossas palavras ecoam no inconsciente de quem ouviu.
Nossas ausências se transformam em presença psicológica.
Somos arquivados no subconsciente alheio.
Nos tornamos lembrança.
Presença mental.
Símbolo.
A morte eterna não apaga.
Ela espalha.
Não somos mais vistos, mas continuamos sendo acessados.
Não respiramos, mas seguimos influenciando.
A mente que um dia absorveu o mundo,
agora é o mundo que absorve a mente que partiu.
Somos lembrança viva nos que ficaram.
E isso… é uma outra forma de eternidade.
👉🏼 O Eu Invisível: A Essência que Transcende Corpo e Pensamento
“Não somos nosso corpo, nem nossos pensamentos; somos a consciência que observa. Ela não se prende ao tempo, não se perde nas ilusões, não se abala com a forma. Eternamente livre, silenciosa e pura, ela revela quem realmente somos: essência infinita, conexão com o todo.”
👉🏼 Entre o Invisível e o Real: O Mistério que Sustenta a Existência
“Há um mistério que transcende a compreensão humana: fonte da vida, da morte e da experiência consciente. É o Todo, o Infinito — invisível e intangível —, mas real, presente no pensar e no sentir e reconhecido pela mente em toda a existência. Em diferentes tradições e visões de mundo, recebe nomes diversos — alguns o chamam de Deus.”
Às vezes, estou aqui, mas sou invisível para você.
Às vezes, olho para você, mas você não me vê.
Às vezes falo, mas você não me ouve.
Às vezes, quero caminhar ao seu lado...
mas você não me espera.
Às vezes, quero sentar ao seu lado, mas você me repudia com gestos e atitudes que me machucam.
Às vezes, quero te ajudar no seu dia, mas você não permite, porque você se considera auto-suficiente
demais para precisar de mim.
Às vezes, penso que morri...mas ao olhar para mim vejo o universo inteiro, lindo e maravilhoso. Vejo às flores desabrochando, as borboletas voando, os pássaros cantando...vejo o universo inteiro ao meu redor, mas sou igualmente a tudo isso, invisível para você. O mundo é maravilhoso, mas você não tem tempo, porque os seus compromissos são mais importantes; suas reuniões são mais importantes; seu umbigo é mais importante do que qualquer um e qualquer coisa! Mas para e pense! Reflita com o coração e se quiser chore...deixe que as lágrimas desobstrua as travas da sua alma e do seu caminho e assim verá quão é maravilhoso viver, quão maravilhoso é o mundo, o universo e tudo nele, inclusive você e eu!
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