Insatisfação
Muitas pessoas insatisfeitas com o que tem nunca serão satisfeitas com nada, buscarão sempre o vazio.
Agir com brio, é desafiar-se constantemente, é perguntar a si próprio se a vida que você tem e o modo como se porta diante dela te satisfaz? E é exatamente a nossa insatisfação que nos faz sempre buscar o melhor para nós e para os outros.
Os valores indispensáveis para a vida humana – não somente para as civilizações, mas também para cada um dos indivíduos – são sete:
1) Uma consciência clara e definida da objetividade da inteligência humana. É preciso saber que a inteligência humana é objetiva;
2) É preciso saber que a vontade humana é livre;
3) É preciso saber que educando os teus instintos você será capaz de sentimentos nobres;
4) A inteligência humana opera sobre dois domínios diferentes: o domínio do imutável (necessário) e o domínio do contingente; mas não podemos esperar que ela tenha a mesma clareza no domínio do contingente como tem no domínio do necessário;
5) O sujeito precisa ter uma ideia do seu papel na humanidade e aprender a usar as circunstâncias concretas para a realização desse papel. Se ninguém, ou um número muito pequeno de indivíduos fizer isso, a sociedade será infeliz, e uma massa muito grande de infelicidade é uma das principais causas de revoluções e destruições civilizacionais. Quando muitas pessoas são infelizes, torna-se fácil manipulá-las;
6) O ser humano precisa conhecer as vidas plenamente realizadas;
7) Ele precisa estar cônscio da possibilidade da vida mística.
Se faltar alguma dessas coisas numa vida individual, o sujeito será privado de uma dimensão humana e certamente sairá prejudicado. Qualquer civilização tem de oferecer, numa dose mínima que seja, o acesso a essas sete informações. Se faltar alguma delas a civilização será incompleta e necessariamente será substituída por outra.
Não satisfaz o que recebo,
não recebo o que desejo.
Torno escasso o que me sobra
e abundante o pouco que me falta.
Quando seu celular vem com um defeito,você liga pra assistência e resolve. Mas e quando sua vida vem com defeito, liga pra quem?
Por que certas canções trazem nostalgia
A minha alma?
Reminiscências de uma vida em eras outras?
Um pulsar acelerado de um coração enfraquecido
Em tédio agonizante de uma vida vazia
Hoje. Estúpida mesmice. Estúpida vida.
Coração não se aguenta no peito
Clama por um porvir, um renovo,
Que insiste em não vir
Não mostra a cara
Por mais que eu queira...
Sonhos são quimeras, cinzas que o vento leva
Água a escorrer-me pelos lassos dedos.
Angústias infindas, sem sentido
Roubam-me a calma
Traz tormentos a alma...
Esta dor atávica
A lacerar o peito.
(Lá, bem atrás das retinas de um inconsútil tempo
(Que não houve),
A vida pulsava em prazeres e cores
Sons e alegrias...)
Não me cabe, tamanha saudade...
Do quê mesmo?
Você pode até ganhar muito dinheiro e sair da pobreza, mas se você é uma dessas pessoas que têm insatisfação crônica, a pobreza nunca vai sair de você.
Sempre fui encantado com a ideia de amor perfeito.
Lembro-me muito bem do sentimento inesplicavel que me sobreveio ao ter contato pela primeira vez com a obra classica de Romeu e Julieta. Eu era ainda um menino, e como menino acreditava em coisas de menino.
Para todo dia a noite é a salvação.
Para toda noite o dia é a salvação.
A questão é: a estagnação diária nos deixa insatisfeitos
A última pessoa que restar no mundo será a mais rica, a mais esperta e a mais completa, mesmo assim ela não sentirá satisfação por não haver ninguém para apreciá-la.
A inveja da felicidade alheia é uma armadilha perigosa que nos prende em uma espiral de insatisfação e amargura. Quando nos comparamos com os outros e nos sentimos inadequados em relação à felicidade que eles possuem, perdemos de vista o que realmente importa em nossas próprias vidas. A inveja nos impede de apreciar o que temos e nos mantém presos em uma busca interminável por algo que nunca nos trará satisfação verdadeira.
Chegou em casa com olhos de sangue, inchados, e ainda sentindo o gosto amargo do fernet.
Escovou os dentes, lavou a aparente derrota estampada em seu rosto, vestiu um pijama, deitou-se na cama solitária e fria, fechou os olhos, como se naquela noite ainda fosse possível dormir.
As coisas vão num espaço curto de tempo.
E voltam como se nada valesse apena.
Um dia abra os olhos e perceba o mundo dos homens.
Nele o simples não é belo.
A realidade é uma imaginação fértil.
E o adubo é vontade de viver.
Momentos de prazer se misturam com a fustração de não poder.
O que não se pode ter.
Onde a sensação é longa.
A viagem é curta.
E a insatisfação é prolongada ao infinito.
