Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza 😉

Ainda não vi ninguém que ame a virtude tanto quanto ama a beleza do corpo.

ConfĂșcio
Anacletos

METADE

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
NĂŁo me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim Ă© o que eu grito,
Mas a outra metade Ă© silĂȘncio...

Que a mĂșsica que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante;
Porque metade de mim Ă© partida
Mas a outra metade Ă© saudade...

Que as palavras que eu falo
NĂŁo sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a Ășnica coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade Ă© o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensĂŁo que me corrĂłi por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim Ă© o que penso
Mas a outra metade Ă© um vulcĂŁo...

Que o medo da solidĂŁo se afaste
E que o convĂ­vio comigo mesmo
Se torne ao menos suportĂĄvel;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infĂąncia;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu nĂŁo sei...

Que nĂŁo seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espĂ­rito
E que o teu silĂȘncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim Ă© abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela nĂŁo saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque Ă© preciso simplicidade para fazĂȘ-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim Ă© amor
E a outra metade... também.

Oswaldo Montenegro
libreto da peça “João sem Nome”. 1975

Nota: MĂșsica "Metade". A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuĂ­da a Ferreira Gullar.

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O passado nĂŁo reconhece o seu lugar: estĂĄ sempre presente...

Mario Quintana
Poesia Completa

Até que o sol não brilhe, acendamos uma vela na escuridão.

ConfĂșcio

Nota: Possível adaptação de Link

As mulheres podem tornar-se facilmente amigas de um homem; mas, para manter essa amizade, torna-se indispensĂĄvel o concurso de uma pequena antipatia fĂ­sica.

Friedrich Nietzsche
Humano, Demasiado Humano

A alegria estĂĄ na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e nĂŁo na vitĂłria propriamente dita.

Mahatma Gandhi
BOSE, Nirmal Kumar. Selections from Gandhi. Ahmedabad: Navajivan Pub. House. 1948

Nota: Tradução livre de trecho do livro referido.

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O prĂłprio viver Ă© morrer, porque nĂŁo temos um dia a mais na nossa vida que nĂŁo tenhamos, nisso, um dia a menos nela.

Fernando Pessoa
Livro do Desassossego, por Bernardo Soares. SĂŁo Paulo: Montecristo, 2012

Tu te tornas eternamente responsĂĄvel por aquilo que cativas.

Antoine de Saint-Exupéry
SAINT-EXUPÉRY, A. de. O pequeno príncipe. Rio de Janeiro: Agir. 1994.

Aquele que conheceu apenas a sua mulher, e a amou, sabe mais de mulheres do que aquele que conheceu mil.

Leon TolstĂłi
Anna Karenina

Assim que se olharam, amaram-se; assim que se amaram, suspiraram; assim que suspiraram, perguntaram-se um ao outro o motivo; assim que descobriram o motivo, procuraram o remédio.

Creio no riso e nas lĂĄgrimas como antĂ­dotos contra o Ăłdio e o terror.

Charles Chaplin
Chaplin: Vida e Pensamentos. SĂŁo Paulo: Martin Claret, 1997.

Para Sempre

Por que Deus permite
que as mĂŁes vĂŁo-se embora?
MĂŁe nĂŁo tem limite,
Ă© tempo sem hora,
luz que nĂŁo apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
ĂĄgua pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que Ă© breve e passa
sem deixar vestĂ­gio.
Mãe, na sua graça,
Ă© eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirĂĄ-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
MĂŁe nĂŁo morre nunca,
mĂŁe ficarĂĄ sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
serĂĄ pequenino
feito grĂŁo de milho.

Carlos Drummond de Andrade
"Lição de Coisas: poesia". São Paulo: J. Olympio, 1965

A vida Ă© a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.

Vinicius de Moraes
Samba da benção - Álbum "Vinicius"

Nota: Trecho de "Samba da benção", composto por Vinicius de Moraes e Baden Powell.

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Soneto de separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mĂŁos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a Ășltima chama
E da paixĂŁo fez-se o pressentimento
E do momento imĂłvel fez-se o drama.

De repente, nĂŁo mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo prĂłximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, nĂŁo mais que de repente.

Vinicius de Moraes
Livro de letras

Chorar Ă© diminuir a profundidade da dor.

Escrever Ă© esquecer. A literatura Ă© a maneira mais agradĂĄvel de ignorar a vida. A mĂșsica embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretĂȘm. A primeira, porĂ©m, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, nĂŁo se afastam da vida - umas porque usam de fĂłrmulas visĂ­veis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana.
Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.

Fernando Pessoa
SOARES, B. Livro do Desassossego. Vol.II. Lisboa: Ática. 1982. 505p.

Quando vocĂȘ quer alguma coisa, todo o universo conspira para que vocĂȘ realize o seu desejo.

Paulo Coelho
O Alquimista. Rio de Janeiro: Rocco. 1990.

Nota: Trecho adaptado do livro "O Alquimista".

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Quem sabe um dia

Quem sabe um dia
Quem sabe um seremos
Quem sabe um viveremos
Quem sabe um morreremos!

Quem Ă© que
Quem Ă© macho
Quem Ă© fĂȘmea
Quem Ă© humano, apenas!

Sabe amar
Sabe de mim e de si
Sabe de nĂłs
Sabe ser um!

Um dia
Um mĂȘs
Um ano
Um(a) vida!

Desconhecido

Nota: O poema costuma ser atribuĂ­do a Mario Quintana, mas nĂŁo hĂĄ fontes que confirmem essa autoria.

Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugna-la-íamos se a tivéssemos. O perfeito é o desumano porque o humano é imperfeito.

Fernando Pessoa
Livro do Desassossego, por Bernardo Soares. Vol. II. Mem Martins: Europa-América, 1986.

O verdadeiro homem quer duas coisas: perigo e jogo. Por isso quer a mulher: o jogo mais perigoso.

Friedrich Nietzsche
Assim Falou Zaratustra

✹ Às vezes, tudo que precisamos Ă© de uma frase certa, no momento certo.

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