Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza đ
METADE
Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
NĂŁo me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim Ă© o que eu grito,
Mas a outra metade Ă© silĂȘncio...
Que a mĂșsica que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante;
Porque metade de mim Ă© partida
Mas a outra metade Ă© saudade...
Que as palavras que eu falo
NĂŁo sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a Ășnica coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade Ă© o que calo...
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensĂŁo que me corrĂłi por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim Ă© o que penso
Mas a outra metade Ă© um vulcĂŁo...
Que o medo da solidĂŁo se afaste
E que o convĂvio comigo mesmo
Se torne ao menos suportĂĄvel;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infĂąncia;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu nĂŁo sei...
Que nĂŁo seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espĂrito
E que o teu silĂȘncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim Ă© abrigo
Mas a outra metade é cansaço...
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela nĂŁo saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque Ă© preciso simplicidade para fazĂȘ-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim Ă© amor
E a outra metade... também.
Até que o sol não brilhe, acendamos uma vela na escuridão.
Nota: PossĂvel adaptação de Link
As mulheres podem tornar-se facilmente amigas de um homem; mas, para manter essa amizade, torna-se indispensĂĄvel o concurso de uma pequena antipatia fĂsica.
A alegria estĂĄ na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e nĂŁo na vitĂłria propriamente dita.
O prĂłprio viver Ă© morrer, porque nĂŁo temos um dia a mais na nossa vida que nĂŁo tenhamos, nisso, um dia a menos nela.
Tu te tornas eternamente responsĂĄvel por aquilo que cativas.
Aquele que conheceu apenas a sua mulher, e a amou, sabe mais de mulheres do que aquele que conheceu mil.
Assim que se olharam, amaram-se; assim que se amaram, suspiraram; assim que suspiraram, perguntaram-se um ao outro o motivo; assim que descobriram o motivo, procuraram o remédio.
Creio no riso e nas lĂĄgrimas como antĂdotos contra o Ăłdio e o terror.
Para Sempre
Por que Deus permite
que as mĂŁes vĂŁo-se embora?
MĂŁe nĂŁo tem limite,
Ă© tempo sem hora,
luz que nĂŁo apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
ĂĄgua pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que Ă© breve e passa
sem deixar vestĂgio.
Mãe, na sua graça,
Ă© eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirĂĄ-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
MĂŁe nĂŁo morre nunca,
mĂŁe ficarĂĄ sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
serĂĄ pequenino
feito grĂŁo de milho.
A vida Ă© a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.
Nota: Trecho de "Samba da benção", composto por Vinicius de Moraes e Baden Powell.
...MaisSoneto de separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mĂŁos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a Ășltima chama
E da paixĂŁo fez-se o pressentimento
E do momento imĂłvel fez-se o drama.
De repente, nĂŁo mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo prĂłximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, nĂŁo mais que de repente.
Escrever Ă© esquecer. A literatura Ă© a maneira mais agradĂĄvel de ignorar a vida. A mĂșsica embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretĂȘm. A primeira, porĂ©m, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, nĂŁo se afastam da vida - umas porque usam de fĂłrmulas visĂveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana.
Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.
Quando vocĂȘ quer alguma coisa, todo o universo conspira para que vocĂȘ realize o seu desejo.
Quem sabe um dia
Quem sabe um dia
Quem sabe um seremos
Quem sabe um viveremos
Quem sabe um morreremos!
Quem Ă© que
Quem Ă© macho
Quem Ă© fĂȘmea
Quem Ă© humano, apenas!
Sabe amar
Sabe de mim e de si
Sabe de nĂłs
Sabe ser um!
Um dia
Um mĂȘs
Um ano
Um(a) vida!
Adoramos a perfeição, porque nĂŁo a podemos ter; repugna-la-Ăamos se a tivĂ©ssemos. O perfeito Ă© o desumano porque o humano Ă© imperfeito.
O verdadeiro homem quer duas coisas: perigo e jogo. Por isso quer a mulher: o jogo mais perigoso.
âš Ăs vezes, tudo que precisamos Ă© de uma frase certa, no momento certo.
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