Ignorância
Para mim, todos aqueles que falam maldades do pai da psicanálise, além de serem irmãos da ignorância, afirmam algo sobre o qual não têm conhecimento.
As vezes me calo diante da estupidez, da ignorância, não por por não ter argumentos pra me defender, me calo para evitar contaminar a alma.
Receita para Felicidade
1kg de Ignorância
2 litros de Desapego
3 colheres Autoconhecimento
1 ramo de Otimismo
2 xicaras de Liberdade
500gr de Arrependimento
1 litro de Humildade
2 barras de Coragem
Recheio
2 Tabletes de Amizade
2 Latas de Amor
Modo de Preparo:
Misture a Ignorância com o Desapego em uma panela e reserve.
Bata o Autoconhecimento com Otimismo e a Coragem, depois espere por uns 20 minutos para massa crescer.
Rale a Humildade com Arrependimento peneire e reserve.
Unte uma forma com Liberdade, despeje a massa, misture a Humildade com a Ignorância e o Desapego. Recheie com os tabletes de Amizade e cubra com as latas de Amor.
Leve ao forno alto por 20 minutos. Retire depois sirva.
Dica de acompanhamento: Sofrimento e tristeza combinam muito bem com felicidade. Experimente!
Um conhecimento extremo pode levar um homem a loucura. Uma ignorância acariciada pode leva-lo a escravidão.
A ignorância pode ser algo belo, quando se aproxima ingenuidade, como pode ser algo monstruoso, quando se compara a intolerância.
A escravidão animal deveria ser enterrada juntamente com a ignorância humana no cemitério do passado”
O Poeta
Felizes os ignorantes que nada sabem,
Que não se questionam sobre o mundo,
Sobre a vida, sobre os problemas da civilização,
Sobre as guerras que tantas vidas ceifam
Sobre a nossa história claramente imperfeita.
A ignorância é o maior dom da humanidade.
Invejo um cérebro plenamente letárgico,
Uma mente inútil, fraca e impotente.
Aquilo que faz de nós poetas, o nosso sentimento,
Faz também de nós infelizes incuráveis.
Sinto uma refrescante sensação de caneta na mão.
O unir letras em versos quase arbitrários faz-me sonhar
No meio da subjectividade deste novo ambiente.
A tinta corre-me nas veias, pelo meu já velho coração
E dá-lhe a força de uma vida nova. A força da imaginação.
No final da minha alucinação extasiante, embriagante,
Posso rever vezes infindáveis este segundo maravilhoso
E por momentos voltar a cair numa ilusão quase perfeita.
Quase perfeita… Porque infelizmente a tinta não é eterna
E algum dia a folha teria de chegar, tristemente, ao fim.
Se a pessoa merecer o desprezo por conta de alguma atitude que fez, não é nem ignorância e tampouco infantilidade, é apenas retribuição.
Nas profundezas do orgulho é encontrado o desejo de estar no pedestal da ignorância, levantando o troféu do ego e procurando mostrar a vaidade enlouquecida como prêmio de quem não se importa com o próximo, preferindo ultrapassar as barreiras da humildade e dos princípios