Humanidade
Por militância de vida, sem qualquer conotação religiosa. Dou o melhor de mim para quem não conheço. E em algum momento, recebo generosamente o melhor que existe, de quem não me conhece. Por isto, muita gratidão.
Luto por lutas sem vitorias, sonho por sonhos que não se realizam e permaneço acreditando por fé em um único Criador que "creou" uma humanidade em semelhança para ser mais digna, amável, responsável e consciente perante o mundo, a vida e com ela mesma.
A paz é própria dos grandes seres humanos em qualquer tempo, os menores, os covardes, os parias e desajustados de qualquer cultura, preferem a guerra, como oportunidade marginal de se sentirem vivos.
O egoísmo da geração contemporânea é tão grande que a maioria vive em defesa dos animais e das florestas mas se afastam e não apóiam ou defendem qualquer causa humanitária.
Bem mais fácil a convivência afetuosa solitária com os animais, pois eles não falam e não reclamam.
O Deus, o amor, a caridade e o perdão estão presentes em todas as culturas civilizatórias da humanidade, das mais diferentes formas mas com um único sentido.
A Igreja católica desesperada na busca de novos fieis, se perde em uma agenda pastoral e abre a teologia de gêneros, reavalia o direito a vida pelas mulheres, faculta o celibato e por fim se finda por ela mesma. Só falta admitir a união de Jesus com Madalena, e a sua prole com dois filhos.
Deus é para todos, e está presente em tudo e em todos os lugares mas a religião são para poucos. Aqueles que não tiverem a verdadeira compreensão da dimensão entre a vida e o sagrado, serão escravizados por ela.
A parte mais difícil e virtuosa da fraternidade maçônica, é exercer maçonaria fora dos templos, entre os desiguais e profanos. Ser justo e perfeito, ser livre e de bons costumes, assim como tratar a todos como fraternos e iguais para a construção arquitetônica de um lugar melhor e mais humano em todos lugares do mundo.
As religiões são caminhos humanos em direção a vida por suas culturas ancestrais mas o Senhor do Tempo é um só. Inominável e sem a possibilidade de representação coerente alguma pois está presente no menor grão da poeira cósmica e com o todo no maior planeta do universo.
Toda coleção de arte deve estar sempre viva em constantes movimentos, com novas compras, novas vendas, exposições, participações, publicações, restaurações e significações. A coleção de arte, parada está morta, é um doentio complexo cumulativo sem sentido, um distúrbio de personalidade de posse do que não tem dono, pois pertence a todas culturas da humanidade.
A vida passa por sua própria métrica de tempo, alguns conseguem com louvor escreverem seu nome, no livro da vida mas outros anônimos são só instantes.
A verdadeira arte e a verdadeira cultura nunca estão nem poderão estar interligadas e algemadas por proposições étnicas, politicas, sociais ou religiosas. Quando assim aparecem, não se tratam mais de arte e nem cultura mas sim de uma maldosa doutrinação de meias verdades que vão estimulando a polarização divergente por meio indevido da liberdade.
As boas historias, de afeto e de carinho independente da religião e da cultura de quem nos conta, se repetem. Isto justifica se por amor e humanidade.
Na escassez dos princípios civilizatórios, na falta da ética e da moral, a lei deve chegar de forma avassaladora, onde o bom senso, não chega.