Homens Desconfiados
Os poetas místicos são filósofos doentes,
E os filósofos são homens doidos.
Porque os poetas místicos dizem que as flores sentem
E dizem que as pedras têm alma
E que os rios têm êxtases ao luar.
Mas as flores, se sentissem, não eram flores,
Eram gente;
E se as pedras tivessem alma, eram coisas vivas, não eram pedras;
E se os rios tivessem êxtases ao luar,
Os rios seriam homens doentes.
Há duas espécies de homens: uns, justos, que se consideram pecadores, e os pecadores que se consideram justos.
Muitos são os homens que falam de liberdade, mas poucos são os que não passam a vida a construir amarras.
Os que se chamam grandes homens são etiquetas que dão o seu nome aos acontecimentos históricos; e assim como as etiquetas, não têm relação com esses acontecimentos.
As esposas são amantes dos homens mais jovens, companheiras para a meia-idade e amas para os velhos.
Os homens sentem uma grande atração pela esperança e pelo receio, e uma religião sem inferno nem paraíso não poderia agradar-lhes de modo algum.
Os regulamentos assemelham-se aos ritos de uma religião, que parecem absurdos, mas moldam os homens.
Os leitores servem-se dos livros como os cidadãos dos homens. Não vivemos com todos os nossos contemporâneos, escolhemos alguns amigos.
Quase todos os homens vivem inconscientemente no tédio. O tédio é o fundo da vida, foi o tédio que inventou os jogos, as distrações, os romances e o amor.
Um povo é o rodeio da natureza para chegar a seis ou sete grandes homens. - Sim: e para depois se desviar deles.
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