Homem Pobre
Coração Abstrato
"Pobre coração, tão abstrato.
Cheio de sentimentos guardados.
É amor, paixão, carinho, compreensão.
Tristeza, dor, raiva, e ilusão.
Pobre coração, tão abstrati.
Ora triste, Ora feliz.
Ora sendo amado,
Ora sendo magoado.
Pobre coração, tão abstrato.
Já foi tão ferido.
Tão pouco foi retribuído.
Talvez nascerá para ser iludido.
Pobre coração, tão abstrato.
Foi muito magoado,
Está pronto parar amar e ser amado
A espera de um candidato."
Quem conhece segredos respeita enredos, pobre quem rouba a lousa de alguém, felizes os que enfeitam, prósperos os que se ajudam.
Terá que sentir
O poeta fica pobre de palavras para descrever, todavia tenta com sutileza falar dos maus tratos e das alegrias que a saudade causa.
Já riram bastante das histórias contadas, quando em instantes...
As cenas ficaram registradas.
Falam de grandes acontecimentos, de pequenos detalhes, de histórias mal resolvidas e outras bem-sucedidas.
Quantos tiram vantagem com altas gargalhadas das saudades de amizades.
Choros copiosos em quartos trancados, dos beijos nas fotos,
dos vídeos centenas e centenas de vezes vistos como se fossem inéditos.
O silêncio, o grito, percas e ganhos de duradores amores e dos amores repentinos.
Músicas irão sempre trazer um ritmo certo e como um fundo musical projetar as lembranças das cenas, das histórias.
Assombrados por um passado enquanto outros animados com os aprendizados.
O que dizer desse sentimento que fez até Cristo chorar, ao Mestre fez sentir a partida.
Cada um com as suas histórias, com as suas personagens envolvidas.
Há quem acrescente mais emoções em drama, tragédia, romance e ação.
O que de fato importará, passara sempre despercebido a quem ler ou escuta.
A saudade pode ser universalmente sentida por multidões, mas a cada um irá saciar com grandes doses de singularidades.
E nada poderá impedir.
Terá que sentir.
Pobre Rafaela Silva, em um país que qualquer mérito próprio é prontamente transferido para instituições, organizações e ideologias. Agora o exemplo dela é o exemplo de cada teoria, cada partido, cada movimento, cada politica. A vitória dela é um "tapa na cara" da direita, da esquerda, do machismo, do feminismo, da meritocracia... cada um usa a vitória dela como se de fato fosse sua. Ela deve as primeiras feministas, assim como deve aos primeiros militares, deve a esquerda pelas politicas de inclusão e pelo fim da meritocracia, deve a direita etc...
De repente ela deve a uma nação, não somos nos que devemos à ela por seu esforço, exemplo e dedicação, por conquistar uma medalha pra uma coletividade de sedentários que até ontem não sabiam sequer da existência da mesma e não possuem um pingo de patriotismo. E não querendo usar a vitória dela pra confirmar uma teoria minha, uso a reação da sociedade, diante da vitória de um indivíduo, para confirmar a teoria do "viés de confirmação", de David McCraney; "é ver o mundo através de um filtro uma compilação sobre pensamento irracional e autoilusão."
Somos uma coletividade de preguiçosos, vestindo o mérito alheio como se de fato fosse nosso.
Pobre chamado carregado de murmúrios atentes, vazas lamentações difames, baseadas em costas alheias, acordes.
Interrogações
Pobre janela que nem coração tem, se tu soubesses o que eu vejo, talvez nem existiram, um homem se explodindo numa avenida, terrorista, por falta de um bom dia, uma palavra de amor.
O que é isso?
Um bandido?
Um agente da corrupção?
nem precisa gritar : Perdeu!
mata humildes sonhos, talvez os meus, os seus.
E que leis são essas?
não há justiça que tanto se espera, olho pro lado, mas que tanto de zumbis rodando a cidade?
batendo em minha porta:
- Onde está, a dona oportunidade?
"Brasil, país do futuro", como tu es grande, como tu és belo, como deixa um mosquito te roubar?
Vidas... mais vidas
é preciso lutar, mas não chore, guarde estas lágrimas, porque talvez um dia seja, seu último copo d'água.
Planeta Terra,
cadê outros filhos?
Já não estão mais aqui?
Cadáveres?
Pela crença, de fome, de bala perdida, na guerra ou no terremoto do Haiti?
Onde vamos parar?
Onde nossos sonhos se perderam,
Cadê a paz?
A paz que não machuca, a paz que não é falsa, a paz que fica escondidas, esquecidas, à beira das praças.
Mas mesmo assim,
" veras que teus filhos, não fogem a luta"
Seja no trabalho,
em casa ou nas ruas,
sempre estão, em busca de um melhor:
Um melhor de si,
Um melhor país,
Um melhor planeta,
e mesmo que restem tempestades,
tsunami, maremotos , destruição e se não encontramos mais pessoas boas nas ruas,
sejamos nós então.
Infância pobre, mas... rica.
Não vivi em área nobre
mal tinha água na bica
mesmo que a seca dobre
a esperança multiplica
e na saudade se descobre
que aquela infância pobre
na verdade foi tão rica.
"Não quero ser rico, tampouco pobre,
só quero ter pão na mesa, roupa pra vestir, sapatos bons pra calçar e uma casa confortável pra me abrigar! é pedir muito?"
Nenhum ser humano é tão pobre o suficiente que não seja capaz de desejar a felicidade espiritual de outrem...
Não existe ninguém pobre o suficiente que não possa ofertar, entretanto a pessoas pobres por não ofertam.
Vida de pobre é sem grana
Vida de atoa é sem serviço
Mas vida infeliz é a de um tolo,
Portanto; Não à explicação que o faça entender.
O pobre não tem maiores salários por não ter nível superior ? Ou não tem nível superior por não ter maiores salários ?
