Hipopotamo com Alma de Anjo

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O homem é a medida de todas as coisas.

Os homens honrados casam-se rapidamente, os inteligentes nunca.

Não se pode formar bom conceito de quem não tem boa opinião de pessoa alguma.

As leis inúteis debilitam as necessárias.

A solidão está para o espírito como a dieta para o corpo, mortal quando é demasiado prolongada, embora necessária.

Um povo corrompido não pode tolerar um governo que não seja corrupto.

A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios.

O arrependimento é ineficaz quando as reincidências são consecutivas.

Aquele que lê muito e anda muito, vê muito e sabe muito.

Também a dor tem suas hipocrisias.

Machado de Assis
Helena (1876).

Se a mulher nos ama, até as nossas insuficiências nos desculpa, mas se não nos ama, não desculpa nem as nossas prioridades.

Segundo a definição dos estoicos, a sabedoria consiste em ter a razão por guia; a loucura, pelo contrário, consiste em obedecer às paixões; mas para que a vida dos homens não seja triste e aborrecida Júpiter deu-lhe mais paixão que razão.

Na vida de um homem não há dois momentos de prazer parecidos, tal como não há duas folhas na mesma árvore exatamente iguais.

Todos nós podemos errar, mas a perseverança no erro é que é loucura.

Quando vou a um país, não examino se há boas leis, mas se as que lá existem são executadas, pois boas leis há por toda a parte.

Tudo é bom quando é excessivo.

Estamos habituados a julgar os outros por nós próprios, e se os absolvemos complacentemente dos nossos defeitos, condenamo-los com severidade por não terem as nossas qualidades.

O seu trabalho não é a pena que paga por ser homem, mas um modo de amar e de ajudar o mundo a ser melhor.

Há certos passatempos e prazeres ilícitos, que censuramos nos outros, mais por inveja do que por virtude.

Gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou.

Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).