Haverá
Não haverá nunca
pós ou vida vazia,
sou a que não é
nem será perfeita;
porque de poesia
nasceu feita porque
é cheia de vida.
Como ocupação
mansa e divina
de um por um
dos teus enigmas,
virei conhecedora
das tuas armadilhas.
Sei o quê quero
e como mereço,
quando percebo
o sentimento fútil,
apenas não aceito,
porque não convivo
e total me pertenço.
Como dona de si,
alma sacudida
e origem igual a tua;
sem pensar você
se tornou entrega,
e fui pela rota de fuga.
Sob todas as luzes,
sóis, luas e estrelas:
não gostei do que vi,
certa, como e tal
a Fortaleza Santana,
optei daqui adiante
distante ficar de ti.
Haverá troca de
regente no Império,
os maus hábitos irão
se repetir certamente,
e os vícios em se
ajoelhar igualmente
neste Hemisfério.
Presta declaratória
explícita da memória
ainda viva e para quem
sabe ler a fronteira
da amável Guatemala
que foi convulsionada,
e tudo continua sendo
uma velha novidade.
História de tramas
perturbações,
a cruz das próprias
línguas seguem
trincando, o povo
padecendo de fome,
de solidão e medo.
O daqui a pouco
é evidente utopia,
ainda falta oxigênio
e vergonha na cara
de muita gente que
impõe e não arca,
propagandeando
sem usar a cabeça.
Para da memória
não apagar saiba
que há um General
preso de consciência,
uma tropa como ele
e uma justiça esquiva,
e que não somente
lá ainda tem gente
nesta absurda situação;
neste continente pela falência
de quem na vida não
aprendeu a se reconciliar
ainda tem um oceano de gente presa.
Sempre haverá um
condor acompanhando
cada passo meu,
neste peito devoção
há pelo continente,
não sei qual será
o destino da nossa gente.
Talvez a segunda onda
virá ainda mais forte,
será usada como álibi
para a injustiça culposa
do vício daqueles tais
que têm poder evidente.
Sempre haverá um
condor acompanhando
cada verso meu,
que insiste rogar
pela liberdade do General
que está preso inocente,
e por uma tropa igualmente.
Talvez a segunda onda
virá ainda mais atroz,
o Peru amanheceu mais
uma vez sem presidente,
apareceu mais de um algoz,
e não há grupo interferente.
Pela primeira vez nunca
tivemos tão distantes
de alcançar a luz do final do túnel
de cada rincão e dos instantes,
não arrisco a previsão
que virá daqui para frente.
Só sei que a vida por aqui
está a cada dia mais indecente,
e o povo sendo condenado à indigente,
que cada poema me custe o sangue,
tenho orgulho da minha insônia
serena de quem não vive indiferente
neste mundo onde nem as araucárias vivem livres.
Ao dar conta
do General
e de cada
preso político,
haverá de se
entender que
manter ele
e alguns já é
desproporcional.
Não faz
sentido nessas
prisões insistir
porque não
levará cada
um a lugar
nenhum,
e quando se
tem consciência
disso é melhor
não prosseguir.
Cada um com
o seu fardo,
porque quem
não tem sangue
nas mãos merece
ser poupado,
da mesma forma
quem não foi
sequer julgado;
e até que se
encontra há
muito tempo
aprisionado
merece ser
libertado,
pois com
boa vontade
dá para fazer
isso sem
nenhum embaralho.
Onde houver juventude
e sonho de liberdade
sempre haverá rebeldia,
O nosso Brasil das mãos
se desgarrou das mãos
da cruel colonial agonia.
O caminho foi estreito
e não foi pacífico,
Duro, justo e necessário,
assim foi o destino
por coragem de todos
aqueles queriam o País
plenamente libertado.
Hoje estamos vivendo
depois depois de tudo
o nosso Bicentenário,
Nada e ninguém vai
impedir que um futuro
melhor não seja alcançado.
Lá no São Pedro Velho
haverá a festa tradicional
que leva o nome do Santo,
É uma herança festiva
do nosso povo italiano.
Na Igreja, no salão de festas
com o nosso povo da nossa
linda Rodeio que tanto
nós amamos festejaremos
e pediremos proteção
para nós e nossa Nação.
Lá no São Pedro Velho
festejaremos com a alegria
que também é dom celestial
esta celebração mundial,
e que também é nacional.
No Bairro São Pedro Velho
tem muita história para contar
da nossa gente que fez
de Rodeio um recanto sereno
do Médio Vale do Itajaí
para o futuro aqui morar.
Rodeio 12
Na Estrada do Rodeio 12
olhando para os caminhos
que me levem até você,
Nada haverá de confundir
nossos amorosos destinos
e nos uniremos bem mais
rápido do que imaginamos;
É neste Médio Vale do Itajaí
que habitam os teus planos.
Adoçar com os meus
beijos a sua boca
é a minha mais louca
e maior ambição,
E você não haverá
de querer outra coisa.
Que você está caindo
na minha mão,
Por premonição vejo
que é todo meu
o seu desassossegado
e doido coração.
É fato que não está
escrito em nenhum lugar,
Eu sei que você faminto
há de se lambuzar
com o mel da sedução:
coloquei você em revolução.
Você foi transformado por mim
em Poemário Nacional
sem a expectativa de que
tu haverá de ser meu no final.
Porque algo me diz que você
é o próprio Boto-Cor-de-Rosa
que brinca com as moças
durante a festa e depois
sempre acaba voltando para o rio.
A última coisa que quero é
me preocupar se um dia você
volta porque obrigar alguém
a amar na vida não compensa.
Perto da beira do Rio sou o Pau-Rosa
que não tem espinhos que fico
muda e quieta a espera de que você
perceba que eu sempre ali estive enquanto passava como um cometa.
Meu bonito Boto-Cor-de-Rosa
conforme a lenda com o rosto encoberto e Poemário Nacional
feito por mim para que se renda
e na vida tenha uma mulher-poema.
Para quem vive
como boi-tatá
sempre haverá
o mesmo final
sem nada
incluir ou excluir;
faz parte
do que é natural
e do sobrenatural.
(O Mal se consome sozinho).
Queijo Canastra
Essa inquietação que não passa
por nada só haverá de ter jeito
na vida quando estivermos juntos,
eu te mimando como merecemos,
te cobrindo com doces beijos
e pedacinhos de Queijo Canastra.
Polenta com Fortaia
Para que o teu coração
do amor não se distraia
não haverá de faltar uma
boa Polenta com Fortaia,
e todo o dia um encanto
novo traduzido num poema
para que do meu peito
para o seu peito não
falte paixão e aconchego.
Abracei Ipês-preto
pelo caminho,
Porque amar o meu
lindo país sempre
haverá de ser o destino
que jamais abrirei
mão de viver isso.
Os meus Versos Intimistas
atravessam o destino
sob a benção das montanhas
antigas que haverá
de colocar você no caminho
para juntos cumprirmos
o nosso amoroso rito
com entrega e próprio ritmo.
O meu Ipê-preto floresceu
no Espírito Santo,
Tu haverá de ser meu
além dos meus Versos Intimistas,
E eu haverei de ser tua
até o final dos nossos dias.
,
Depois não haverá depois
porque contigo escolhi
permanecer por nós dois,
E todos os dias hão somar
para que felizes sejamos
para sempre sem se preocupar.
Novembro de Jacarandá
Ondeante pela brisa
Vitória da vida que haverá
Em nós a poesia
Mensageira de amor
Bem feito que nos fará
Risonhos e satisfeitos por
Onde o destino nos levar.
Nos seus braços
haverá o verão
de desejos apaixonados,
Que só acontecerão
numa viagem que só haverá
espaço para o amor e a paixão.
Aruaru vai mostrar
quem não para por
um só segundo
da própria língua afiar
E não haverá um que
por aí estará a avistar,
Avisado todo mundo está,
e depois não adianta reclamar.
Haverá sob a Ceiba pentandra
a oferenda da Guatemala de amor
que é o meu coração entre o Céu
e a Terra seja por onde cada um for.
A Ceiba pentandra sempre
que florescer nós trará a certeza
de vida e de fertilidade,
para celebrarmos a ancestralidade.
A cosmovisão Maya nos segue
sempre mais forte do que nunca
mesmo quando não há Sol ou Lua.
No meu paraíso interior seguindo
sendo mais sua do que minha
entregando o melhor todo o dia.
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