Habito da Leitura
Lembranças perfeitas I
O seu mundo não se move mais pelas lembranças?
Estão por que, se sentir assim todo o tempo?
E tenta corromper com esse sentimento de angústia.
Mas não consegue!
É mais forte que você.
Vai ao mar? Estou lá
Vai à montanha? Também estou lá
Vai à beira do rio? Sentes falta de mim.
Deita-se na cama e pela janela vês as estrelas?
Eu sou uma delas.
Atravessou o oceano para sentir a mesma coisa de antes?
Errou. Nada é igual.
O cheiro é diferente
O diálogo é diferente
A música é diferente
E então, a poesia? Bem diferente.
É débil demais, não é?
São muitas as tentativas do esquecimento,
Mas você não consegue me esquecer.
Lembrança III
É tarde de outono,
O oceano, da janela do apartamento, se apresenta mais cinzento.
O homem nada todos os dias no mesmo lugar,
Deve ser norma do seu médico, pois água está fria.
Mergulha e, em cada braçada quando,
A cabeça vem à tona para respirar
É você a nadar no meu mar.
Corro à varanda
Fixo bem os olhos para distinguir quem realmente é,
Leva tempo para decifrar.
O cérebro está condicionado
Para enxergar o que desejo
Que deveria além do horizonte estar.
Depois de algumas horas
Com olhos a transmitir ao cérebro a real imagem,
Conscientiza a interpretação,
É outra pessoa a se exercitar e, já caminhando,
Ele sai do meio da nuance preguiçosa da estação.
Achei que seria possível ser você vindo a nado,
Mas você já cá está a nadar em outro mar.
Talvez, mesmo sendo outono,
Seja um mar mais significante e mais brilhante
Que o mar que lhe tenho a ofertar.
Fuga a esmo
Fez juras que não pode cumprir,
Agiu como se conhecesse o futuro,
Criou expectativas no outro,
Conjeturou promessas em devaneios,
Gritou com sentimento único,
Humilhou-se,
Iludiu-se,
Destituiu-se,
Faltou-lhe o poder de mostrar a própria força,
À sua amante prepotente.
Atou de fato,
Uniformizou o ato
Tornou-se dependente de haveres.
Impotente, buscou a própria acepção.
Foi certo na escolha,
Estás agora no seu impressionante cenário,
Hilário.
Não tens mais juras a fazer.
Uniu-se a pessoa de iguais atributos,
Num Estado de quinta classe,
No país de terceiro mundo,
Florescendo da história de um passado
Das coisas habituais.
Nada notável,
Escondeu-se.
Insignificância
Cura a sua dor meu caro
Assim sai da latência do imaginário,
Honra-te da insignificância.
O trabalho é pouco,
Mas tens um teto com palmos medidos,
A abrigar os teus prazeres.
És tão apoucado
Que esta choça
O torna ancho.
Não lutaste pelo abundante,
E a pouca monta em que tu te apoias
Irá satisfazer-te.
E nem mesmo depois de todas as mentiras ele consegue ser de verdade! Tudo muda, o contexto é alterado, as pessoas são outras e o que continua estático é o jeito hipócrita que ele possui camuflado com a máscara de bom homem! Talvez seja esse o consolo para quem vive um mar de mentiras: enganos em cima de enganos na tentativa de fugir da realidade vazia em que se encontra.
Dói compreender o quanto tudo foi efêmero para você e ao mesmo tempo tão real para mim. Hoje já não entendo o que foi a nossa história, acho que uma mistura de desejos da minha parte e obrigações da tua.
Sem destino I
Não, não é assim que você é,
Você é mais, muito mais de tão pouco,
É o verão que está a consumir o seu pensamento.
O outono já vem,
E logo, logo o inverno, para esfriar a sua irreflexão.
Quando fores refletir no inverno
Sentirás como foi o inferno
De como o verão te encolheu.
Não te aflijas por enquanto
O inverno tem os seus encantos
De curar os desencantos,
De um verão discricionário.
Não, não é culpa sua,
Faltou-lhe a decência plena
De um homem que não cresceu.
Sem destino II
Viveu e viu as façanhas da vida
Armou-se em seu campo de força
Arrebanhou todas as ovelhas
Caricaturou a própria vida.
Fumou, bebeu, iludiu
Construiu e destruiu
Sem arregaçar as mangas.
Vida fácil, vida bruta,
Enquanto encontrou certezas
Que não fez por merecer.
Agora, homem, chegou a verdade
Das incertezas incondicionais.
Ontem o seu passado
Hoje o seu futuro impensado
Resultando na sua tormenta.
Escreveu a vida e criou os próprios tropeços
Devido o seu desajeito e negligência
Da sua bússola desordenada
Que insistiu seguir.
Não tem como seguir mais caminho
Vai navegar sozinho
No mundo único que construiu.
Quero aguçar meus sentidos para contemplar o seu corpo. Meus olhos para apreciar sua beleza, minha audição para ouvir a doçura de sua voz, meu olfato para sentir seu terno cheiro, meu paladar para saborear sua beleza, meu tato para tocar sua pele e, acima de tudo, meu corpo para ficar junto ao seu.
Acordei.
Acordei, despreguicei e me levantei
Abri a janela pela primeira vez
Deixei a luz do sol iluminar o quarto
E recuperar meu coração quase quebrado
Me dei um novo motivo para abrir um sorriso
E apagar o que havia de ruim dentro de mim
Olho pela janela e vejo tudo que não ví
Quanta coisa não viví
Me escondendo em mim
Mas acordei, despreguicei e me levantei
Abri a janela pela primeira vez
E me permito ser feliz desta vez.
Kaline Silva
Santa Maria, por favor, protege com o teu amor,
A cidade de Santa Maria que agora queima de dor!
Guria da Poesia Gaúcha
A inclusão por meio da Educação Musical é uma alternativa que precisa ser valorizada e apoiada por todos nós.
"O verdadeiro dom da felicidade,não é mate-se feliz,e sim transmitir a felicidade,as demais pessoas que a procura"
"No momento da furia ou eufuria,o pensar embrutece ou se anula, a escuridão chega,os olhos cegam e o irreal inesperado toma conta do ser. Neste momento a vida e morte ficam juntas e num segundo uma vai prevalecer, a vida acaba ou tudo continua..."
"Porque da morte tanto espanto,
se ao nascer já trago a sina
de viver até que esta assasina
acabe da vida os seus encantos?"
"O passado continua intacto, o presente hoje desenhamos, o futuro logo é passado, quando o amanhã se torna o novo ontem".
"Nem pensar ficar calado,
A fala é maior que o pranto
Em calar a esperança,
Matar a perserverança,
E mudar os versos meus.
É mimha arma empunhada,
a armadura entranhada
A força que Deus me deu".
Nem pense que vou calar
nem me sentir ofendido
Posso até ter me perdido
Mas logo vou me encontrar...
Este sim é o meu recado
Da força do meu falar!"
"Amigos, que bom que existem,
Sem eles a vida seria triste,
E tudo que mais existe,
Não teria mais sabor.
Tem aqueles que se foram,
E os que nos cercam agora,
tem uns que nos esquecem,
E outros que nos adoram".
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