Habito da Leitura
Falsa Filosofia
Eu sou quem deseja compreender
Essa sua doutrina de bem viver
Que andas a defender
Da literatura ficcional árabe e europeia
Da Idade Média,
Através dos sete mares,
- Que se vive sem ordenado -.
E se manifesta com veemência
Exteriorizando os sentimentos e pensamentos
Com ardor e entusiasmo,
- O que alimenta a vida é viver do amor -.
Estou a dar o devido apreço
A essa ideia triunfal.
Mas, como posso acreditar nisso, nessa sua espiritualidade?
Nessa vã filosofia?
E o vinho, o pão de onde virão?
Pois acordo todos os dias,
Vejo com transparência
Famílias inteiras em penúrias
Na míngua de víveres.
Ah! Não sei se caio nessa cilada
De um dia possuir
A pedra filosofal.
Nossos dias de Modernidade
Da treva fez- se a luz,
realidade que seduz
para a sua adoração.
Do silêncio muito pouco,
o Deus agora é outro,
que num simples toque
esbanja informação.
Se antes o homem
era lobo do próprio homem,
hoje é devorado
por sua própria criação.
O criador subestimou sua obra,
pensando que só seria sobra,
filha da sua razão.
Da Revolução fez- se a democracia
ou mesmo a técnica, a máquina,
que no dia a dia
reduz tudo à padronização.
Que autonomia existe,
diante de tamanha racionalidade,
que na verdade
é só instrumento da burocratização?
Não se engane,
pois se da divindade
foi- se ao penso, logo existo,
se do inferno nasceu
aparente paraíso,
a liberdade não está na lei,
visto que essa tão esperada liberdade
é só luz no fim de um túnel
que ilumina a tempestade
que os homens criaram para se submeter.
As bocas clamam por justiça.
Ainda assim, a mordaça insiste em lhes fazer calar,
renegando um direito que é só mesmo a liberdade,
a beleza das vozes de um povo que quer falar.
Por muito tempo viveu latente
essa força do homem, coisa revolucionária.
Mas, da queda da Bastilha nasceu a batalha
de lavar a honra
com o vil sangue de alguns canalhas.
Acordou com a aurora a liberdade,
os grilhões se rebentaram
para nunca mais prender,
mãos humildes, de inocentes,
que na democracia que acreditavam
só querem mesmo fazer justiça
de seu direito valer.
Canta liberdade,
sopro de justiça,
canta povo,
pensante caniço,
canta democracia,
com seu olhar em riso...
Silencia o clamor que há em mim,
Sossega o calor,
Me revela o amor
Que somente os teus lábios,
Tão juntos aos meus,
Podem apagar essa dor,
Que é tão ruim.
Demagogia?
As vozes dentro de mim ecoam suas falas.
Estou constantemente numa encruzilhada de decisões:
Isso ou aquilo, certo ou em vão.
Nada é eterno,
Posto que partícula nada absoluta.
Minha mente, tão pouco resoluta,
Insiste em minha indecisão.
Aprisionado por vozes de gigantes
Vou me transformando num marionete.
Apesar disso, minha consciência,
Um pêndulo suspenso em meus delírios,
Liberta o que eu respiro do espiar constante
Da autarquia de meu próprio pensar.
Não se pode dizer sim àquilo que em vão
Escorre entre os dedos para o chão.
Libertar a mente é a semente
Que plantada em campo fértil
Germina e produz frutos,
Outrora amargos,
Agora, doces.
Se a minha mente
Agora isso me aduz
Só mesmo tais palavras
São promessas
Que seduz.
No passar do dia- a- dia,
a rotina do tédio
as vezes nos surpreende
com o nascer calmo
da amizade.
Ela que vem de um bom dia,
de um sorriso,
de um porquê.
Que faz de cada segundo
celebração de instantes
em que a presença constante
de um amigo
faz valer a pena a dureza de viver.
E transporta os sonhos
à realidade,
momentos de saudade
de não ter por perto
alguém para dar um abraço,
e simplesmente dizer
que passar os dias ao seu lado
é presente de Deus
a um mundo ingrato
que não tem assim como eu,
você.
A diferença está na razão oculta
que nos faz pensar constantemente
porque os dias passam
e carregam a juventude absoluta,
o vigor e o ânimo de viver,
posto que dessa sensação ainda não resoluta
só fica mesmo a insensatez, a velhice,
a dicotomia da alegria e do sofrer.
A aurora traz o sol dos meus tormentos,
ilumina a dor,
reflete o amor,
da loucura constante
desse sentimento.
Transforma em admiração,
revolve a tristeza,
aquilo que a razão
libertou da jaula mais escura,
de dentro da mente,
de dentro dos sonhos,
da possibilidade mais remota
e distante do arrependimento...
As vezes o tempo pára,
só para ver nossa vida amarga
passar e deixar o rastro,
do que outrora fez viver,
mas que agora faz sofrer, e sofrer,
e crescer a cada tropeço, a cada tombo...
Até a morte sabe
que sua hora chega
quando não existe mais o sopro
daquilo que alimenta
no corpo
o desejo de viver
As reticências
escondem segredos
que o medo
não nos deixa escrever.
É preferível ocultar os sonhos,
a presenciar perdas
que inspirariam o nosso não viver.
Os gestos são o início de tudo.
Primeiro vem as mãos.
Depois de irmãos,
vem o afago.
Depois do afago o sorriso,
depois do sorriso,
o abraço.
Depois do abraço,
tudo se desmancha em beijo
ou se desmorona o paraíso.
Se tudo viesse fácil demais
não teria o mesmo sabor de vitória.
As lutas, os conflitos,
fazem da minha, da tua história,
um livro sem contos,
onde só mesmo as vozes
são os algozes
que unem os nossos rostos...
Palavras de cada dia,
entoadas no silêncio de uma oração
embalam os sonhos mórbidos,
de pequenos pensamentos sórdidos,
de hipocrisia e dissimulação...
De todo o sussurro, só fica o silêncio,
pois ele conserva as respostas
para toda a dor,
todo sofrimento
que provoca esse sentimento
chamado amor...
A esperança ainda não morreu.
Carrega no ventre aquilo que o amor promete,
que no tempo certo vai fazer do sonho,
alegria que já nasceu...
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