Ha mil Razoes para Nao Amar uma Pessoa

Não há nada que deprima mais o ser humano (mais depressa) do que a paixão do ressentimento.

Não há nada que faça um homem suspeitar tanto como o fato de saber pouco.

Não há conselho mais leal do que o que é dado num navio em perigo.

Não pense que não há crocodilos só porque a água está calma.

Nos acontecimentos, sim, é que há destino:
Nos homens, não - espuma de um segundo...
Se Colombo morresse em pequenino,
O Neves descobriria o Novo Mundo.

Não há outro pecado além da estupidez.

Não há ninguém que não se envergonhe de ter amado outro, quando o amor já acabou entre eles.

Não há nada mais gratificante do que o afeto correspondido, nada mais perfeito do que a reciprocidade de gostos e a troca de atenções.

Não há nada que não se consiga com a força de vontade, a bondade e, principalmente, com o amor.

Não há ordem sem justiça.

O sapato que se ajusta a um homem aperta o outro; não há nada para a vida que funcione em todos os casos.

Não há no mundo exagero mais belo que a gratidão.

Não há nada de mais belo do que distribuir a felicidade por muitas pessoas.

A pobreza não é, necessariamente, vergonhosa. Há muito pobre sem vergonha.

Não há assuntos pouco interessantes; apenas há pessoas pouco interessadas.

Não entendo como é que alguns escolhem o crime, quando há tantas maneiras legais de se ser desonesto.

Não há culpa maior do que entregar-se às vontades. Não há mal maior do que aquele de não saber contentar-se. Não há dano maior do que nutrir o desejo de conquista.

Depois da morte não há nada e a morte também não é nada.

Fumo

Longe de ti são ermos os caminhos
Longe de ti não há luar nem rosas
Longe de ti há noites silenciosas
Há dias sem calor, beirais sem ninhos

Meus olhos são dois velhos pobrezinhos
Perdidos pelas noites invernosas
Abertos sonham mãos cariciosas
Tuas mãos doces, plenas de carinho

Os dias são outonos: choram, choram
Há crisântemos roxos que descoram
Há murmúrios dolentes de segredo
Invoco o nosso sonho, entendo os braços

e é ele oh meu amor, pelos espaços
fumo leve que foge entre os meus dedos.

Não há beleza perfeita que não contenha algo de estranho nas suas proporções.