Ha mil Razoes para Nao Amar uma Pessoa
Era uma vez, um dia que amanheceu
Simples, puro e singelo
E que nos trouxe uma poesia
Um poema que versava sobre o dia que nasceu
Onde o sol brilhou pra mim e pra vocês
Como uma folha em branco
Um tecido de linho
Um pássaro num ovo em casca
Uma garrafa ainda cheia de vinho
Uma lasca de madeira que queimava
Pra acender a fogueira do longo da vida
E que logo se espalhava
Pelo dia, pela vida toda; inteira
Era uma vez uma manhã
Que não era como outra qualquer
Era a primeira
Tão pura, a ponto de desconhecer
Que de fato nem sempre a primeira
Chega a ser a mais importante
Apesar da primazia
Com o tempo ele tornou-se
Apenas um outro qualquer
Só mais um dia
Os sinais do mundo
Espalhados pelo caminho
Assim como o branco do linho, de vinho entornado
Um pássaro que alçava voo
E o galgou pra distante do ninho
O poder sutil do tempo
Uma tarde se setembro
A flor que se abriu
O olhar que se foi
Existe uma parte na vida
Que se chama nunca mais
Tempestade em tempestade fez o rio
O leito, a corredeira
Que correu do seu jeito a vida inteira
E que um dia secava
Porque nada é pra sempre
Além do nascer dos dias
No seu ciclo eternamente interminável
Onde a ausência de regras
Era a única que se seguia
Amanhece pra que pássaros acordem
Que se entreguem a formidáveis canções
Em poemas que versassem
Sobre cada dia que corresse
E que fossem ímpares aos pares
À espera de nada, nem de olhares.
Edson Ricardo Paiva.
Hoje entrei para uma equipe de caçadores. A nossa missão é perigosa. Temo que seja a última, mas, curiosamente, não estou com medo, pois esses Caçadores com quem luto são inteligentes, atenciosos, corajosos e enriquecem o meu mundo.
O que é uma frase sem tom ou ritmo? Uma mulher morta, uma múmia. Ah, linda voz humana, alma das palavras, mãe da linguagem, que rica, que infinita você é!
Pessoas vitoriosas têm uma visão tão apurada das situações que enfrentam, a ponto de encontrar nas dificuldades, habilidades pessoais extraordinárias.
Lá no mundo espiritual existe uma lista de quem vai reencarnar e de quem vai desencarnar, nada no universo é do jeito que pensamos ou imaginamos
O homem se destrói sozinho enquanto busca uma solução para suas agonias, sem saber que ele é sua própria agonia"
A natureza tem seus acordes. O som das águas e o silêncio da noite, nos desperta para uma introspecção. Nesse momento acontece nosso encontro com Deus. E Ele, como uma brisa, sussurra ao nosso coração nos dizendo. Ei! Estou aqui, me revelando , e cuidando de toda a minha criação. E com maior zelo, por " Voce" .
"Eu escolhi você..
Ontem, hoje e amanhã...
Mais uma, mais duas, mais outras tantas vezes..
Sempre e sempre.
Sem pausas.. sem dúvidas.
Em cada batida do meu coração..
Eu continuo escolhendo você."
Ela sabia que era uma palavra dita pela luz do sol. Ela ria do medo da morte. Entendia para que nasceu e o que estava destinada a realizar.
Se você está esperando uma mensagem, espere.
Demonstrar interesse também faz parte da vida.
Via de mão dupla.
Bom Dia
É por isso que te amo, Stella. Você tem um bom ouvido, mas também uma língua afiada. A combinação perfeita.
De manhã, acordei com uma crosta salgada de lágrimas ao redor dos olhos - minha dor lutando para vir à tona quando eu estava mais fraca, perdida no sono. Mas de dia eu não me permitia sentir.
erguem-se
majestosos
os pilares de hércules
no mar de escuridão
e uma eólica negra
e distinta
feita da mesma carne
com o sangue pulsante
observa o vítreo sonho
à distância de um palmo
todos os terrores findando
onde o mundo começa
um preto
enterrando os pés
no medo e hesitação
enche o peito de ar
ou de coragem
e num salto
que ninguém vê
e num grito
que ninguém ouve
não sabemos
o seu destino.
(Pedro Rodrigues de Menezes, "mar de escuridão")
uma crisálida indecifrável
que respirasse
na perpendicularidade
das minhas pálpebras
como uma força
vibrante e extraordinária
a desenhar as novas veias
fartas e cálidas
do dogma
filosofia ou religião
paradoxais
um paradoxo forte
imbatível e irrefutável
que fizesse esvoaçar
a inércia do verão
que é na memória póstuma
dos outros
o solstício
permanentemente sombrio
uma silhueta contendo
os risos verdes
lá atrás
onde os braços descansam
nus
no imponente esquecimento
do mundo.
(Pedro Rodrigues de Menezes, "crisálida indecifrável")