Ha mil Razoes para Nao Amar uma Pessoa
Temos uma sociedade medrosa, de pouca lucidez, acuada, que teme perder tudo. Em vez de irem atrás das coisas para conquistá-las, as pessoas acomodaram-se. Não decidiram superar essa conveniência. Não entenderam que o sucesso delas vem do treino.
Quem ficar sentado, aguardando por uma epifania, vai se cansar, se frustrar ainda mais e sentir um vazio crescente, que traz malefícios não apenas à realização financeira, amorosa e profissional, mas também – e principalmente – à saúde mental, espiritual e física.
Como líder, minha missão nunca fora limitada a ganhar dinheiro, mas sim construir uma grande empresa na qual todos lucrassem de forma saudável.
Se hoje o China in Box traz a família para o balcão de uma loja, é porque, desde criança, eu sabia que a cozinha era capaz de manter a harmonia e de reunir uma família como nenhum outro lugar podia fazer.
Até hoje, quando me vejo diante de um problema, uso a frase de meu pai como uma bomba mental para atacá-lo. O “Eu acredito em você” é uma fórmula que me desafiava a ser melhor, e o ponto de partida de todas as minhas realizações.
Quem acha que uma ideia milionária surge assim, com harpas tocando, num insight poderoso depois de uma meditação, é porque assistiu a muito filme da Disney.
Todos os caminhos
Todos eles levam pra lugar nenhum
E em nenhum lugar existe
Uma estrada que te leve
Uma estrada leve
Que te leve à infância
Nem por breve instante
Nem que fosse só
Pra sentar-se novamente só
No espaldar lá da varanda
E olhar de novo o não passar da banda
Nem que fosse só pra olhar o trem
O trem do tempo
O trem que vem lá da distância
O trem que vem do nada
E leva ao nada
Nada nunca vai levar
A gente a trilhar de trás pra frente
A velha estrada
Que nos leve novamente à infância.
Edson Ricardo Paiva.
A sincronicidade é uma força que direta ou indiretamente nos conecta a fatos, acontecimentos ou pessoas que estão na nossa jornada evolutiva.
Cada dia é uma página nova do livro de nossa vida que escrevemos através de nossos atos, pensamentos e desejos.
A vida é um rastro de ilusões que criamos nos nossos mais íntimos pensamentos, uma bolha limitada de versões de nós mesmos para lhe dar com um círculo finito de pessoas. Somos a minoria sem notoriedade e com a escassez de recursos racionais... é o que faz com que nos achemos tão significativos.
Somos poeira, somos passageiros, hoje somos, no amanhã éramos.
Jornada de um corpo
Uma gota de amor é o bastante para uma explosão de sentimentos.
Basta uma memória para as reações químicas causarem desequilíbrio no corpo.
As distrações são estreitas e passageiras, passam por um filtro no coração e são reconhecidas como ações sem propósito.
Nas lágrimas, reside a representatividade, uma expressão corporal de alegria, por vezes de tristeza, depende do contexto.
Um coração cultiva a beleza abstrata, compartilhada pelo nosso interior e pelo nosso exterior, ela esta presente na nossa inocência, na nossa convivência, na nossa resiliência e até mesmos nas nossas desistências.
Baseado nas experiências, a mente se auto recicla, ganha o aprendizado através dos erros e acertos, conquista o seu mundo cavalgando em cima da coragem e sentando o reio nos seus medos.
Num piscar de olhos, a jornada de uma vida é revisada e depois uma história é contada.
Você tomou uma atitude, eu também tomei;
Você escolheu um caminho, eu escolhi outro;
Você foi embora, e eu fiquei;
Você se arrependeu, e eu não!
Passei dias tentando achar uma forma de começar esse texto, o resto fluiu bem, eu soube exatamente o que dizer, mas o começo… Me fez questionar várias coisas, e eu queria que fosse perfeito, que o texto inteiro fosse perfeito, e para assim ser, teria que ter um bom início. Sendo assim, eu decidi falar de quando eu soube que realmente te amava, do início dos meus sentimentos. Eu li há anos a seguinte frase: “Se você gosta pelo físico, é desejo. Pela inteligência, é admiração. Pelo dinheiro, é interesse. Mas se você não sabe o por quê, é amor”, e nunca fez muito sentido pra mim. Eu imaginava que quando se ama alguém, você é capaz de dizer exatamente o porquê de amar aquela pessoa, que teria mil maneiras de explicar aquele sentimento. E aí eu te conheci, e eu nunca soube explicar o porquê de eu não conseguir tirar os olhos de você, o porquê das minhas mãos suarem perto de ti, o porquê do meu corpo tremer com o seu toque, o porquê dos meus olhos brilharem quando você está perto. Eu não sabia explicar nada, apenas sentir. E aquela frase nunca fez tanto sentido. Eu nunca havia sentido tantas coisas, e não conseguia nem colocar aquilo em palavras, pois eu só sentia e pronto. Quando me perguntavam eu realmente não sabia o que dizer, apenas sorria e a pessoa já vinha com um: “tá apaixonada, não é?”, ambos sabendo que o sentimento existia, mas sem ter uma explicação para isso. Foi a coisa mais linda que eu já me vi sentindo, e eu nem sabia que era capaz de sentir tanto assim. No meu mundinho não tinha espaço pra mais ninguém, e de repente eu quis te ter ali, morando comigo e fazendo do meu mundo, o nosso. A pior coisa que eu fiz foi tentar lutar contra isso, me causou angústia e eu ainda feri a pessoa que eu mais queria bem. Acho que nunca vou me perdoar por não ter estado mais preparada pra isso antes, por ter deixado meu medo de ficar com alguém te afastar de mim. Você foi a melhor pessoa que já apareceu na minha vida, e eu queria ter a certeza que tenho agora há mais tempo. Agora eu sei que é contigo que eu quero ficar, que só você é capaz de me fazer feliz. Só você pode me levar do céu ao inferno em questão de segundos, e ainda me deixar sorrindo no final. Queria ser capaz de dizer a todo momento que te amo e que te quero comigo, mesmo soando grudento e clichê, mas é isso que eu realmente sinto. E eu espero que você consiga sentir o meu amor mesmo que eu não expresse ele sempre em palavras, pois ele está em alguns detalhes também. Quando eu digo pra você se cuidar, na verdade eu estou torcendo e orando para que você realmente faça isso, porque eu não suportaria perder você ou te ver mal. Quando eu não demonstro ciúmes ou pareço não ligar com algumas coisas, é porque eu prefiro mil vezes estar bem contigo, sentir que não tem sentimento ruim nenhum entre a gente, e essa vontade consegue ser maior do que qualquer implicância boba que eu possa sentir vontade de fazer contigo. Não são palavras, mas ainda assim são sentimentos. Cada mínimo detalhe é uma demonstração de amor diária. Mas mesmo não conseguindo demonstrar direito, não conseguindo entender o porquê, o amor está aqui, crescendo a cada dia, tão intenso que parece transbordar no meu coração. Só consigo sentir vontade de sempre ter os seus carinhos, pela minha nuca, meus cabelos, me fazendo ir ficando mole e aninhando meu corpo ao teu, fazendo eu me sentir amada e me fazendo esquecer de todos os problemas. E é por isso, e por mais um milhão de motivos que eu não quero desistir. Que eu quero ir até o fim, ou adiá-lo para sempre. Eu confio no que eu sinto, e sei que eu não iria sentir tanto se não fosse pra dar certo. O universo não me daria um amor tão avassalador, se já não estivesse escrito nas estrelas que iríamos terminar juntos. Já disse antes, mas se você soubesse o quanto me tem, não iria nunca ter medo de me perder. Meu coração é teu, completamente teu, e só bate por ti. Eu te amo, com todo sentimento bom que há em mim.
A verdade desagrada? Sim! Prefiro ouvi-la mesmo que naquela hora pareça uma injustiça. Melhor do que ser "acariciado" com inverdades apenas para eu ter um falso conforto. A primeira, dura para sempre e traz lições, já a segunda, o tempo apaga e não me leva a fazer possíveis correções.
O SITIO
Uma vez eu e meus irmãos, mais precisamente no período da adolescência, inventamos de passar as férias no sitio do meu avô no interior de Pernambuco. Pegamos um ônibus aqui em Recife na rodoviária e rumamos para o município de Limoeiro, e após umas duas horas de viagem, chegamos. Perto da Praça da Bandeira embarcamos noutro ônibus, que levava de tudo, além de gente, óbvio, galinhas, papagaios, bodes, pessoas simples que vinham da feira, em sua maioria, com sacolas. Saindo do centro da cidade, o citado coletivo pegou uma estrada de barro ladeado de canaviais, e continuou embalado enquanto ia levantando, atrás, rolos de poeira. Descemos daqui a pouco tempo num povoadozinho, já com luz elétrica, que noutra ocasião não tinha, animador acdei. Nos encaminhamos a uma casa próxima e pedimos água, e interessante, que no lugar da água serviram suco de maracujá, isso mesmo, suco de maracujá! Que gentileza, que gente acolhedora, amável, a conhecida hospitalidade interiorana, não é todo dia que a gente pede água e nos servem suco de maracujá. Estava natural, mas, deixa pra lá, seria querer demais. Quando provei... Xiviiii!!! Salgado!!!! Onde já se viu! Puseram sal em lugar do açúcar por engano. Fiz uma careta indisfarçável. Ai a dona da casa disse: - É a água da cacimba que é assim mesmo! Ou seja, barrenta e salobra. A tal cacimba era uma espécie de poço. Agradecemos e, depois, seguimos por outra estrada de barro, dessa vez a pé, o sol cozinhando o juízo, umas 2 horas da tarde. O que estimulava e distraia eram, aqui, ali, no caminho, uns pés carregados de laranjas amarelinhas, uns juntinhos dos outros, baixinhos, vários, parecendo arvores de natal, fora de época, carregadas! Umas até caídas apodrecendo, maior fartura e de graça, era só pegar e ir comendo. Depois de um pedaço bom de chão percorrido aos poucos ia se divisando, surgindo, ao longe, uma casa, perdida no meio do nada, o sitio, finalmente, que nem o de Dona Benta. Lá tinha de tudo, perdido num fim de mundo, e curioso que tinha, na propriedade, rodeando-a, em frente da casa, loja, farmácia, mercearia, igreja, até cemitério, tudo pelo meu avô construídos. Talvez por um capricho dele, porque se fosse depender de clientela, só de vez em quando que saia no meio do mato uma viva alma, surgida não sei de onde pra comprar algo, e ai ele despertava do cochilo na cadeira de balanço e ia atender. Ou alguém precisando de um socorro, ai meu avô incorporava o Farmacêutico, misturador das formulas acondicionadas nuns frascos grandes, uma farmácia de manipulação as antigas, também dava injeção e mandava a vitima rezar, se fosse de noite pra chegar vivo até de manhã e pegar o ônibus na cidade vizinha, a do "suco de maracujá" que começava a circular as 8 da manhã e as 5 da tarde e ir para um hospital mais próximo, após caminhar um pedaço bom, se não morresse no caminho, mas, se morresse, tinha problema não, seria enterrado no cemitério do sitio, como disse. No sitio do meu avô não tinha energia elétrica, ai, à noite, perdia a graça, não se divisava o céu do chão, só em noite de lua cheia ficava bonito, os caminhos iluminados, dava até pra caminhar sem problemas e as copas das arvores prateadas. A noite mesmo era na base do candeeiro, feito nas novelas e filmes de época. Batia um sono cedo na gente, oxê, 8 horas ainda, uma lezeira, sonolência repentina. Mas, durante a semana, de dia, era divertido, subia nas arvores e comia muita manga, de varias qualidades, feito diz o matuto (espada, rosa, manguito, sapatinho), cajus, laranja geladinha das primeiras horas da manhã, tiradas do pé, molhadas de orvalho, leite do peito da vaca, galinha do quintal, de capoeira, mortinha na hora, uma tal de carne seca, que depois vim a saber que era a velha e boa carne de charque conhecida. Aonde até os cachorros da casa eram vegetarianos, isso mesmo, vegetarianos, comiam só macaxeira, (também conhecida como mandioca, aipim, pros sulistas) ou comiam ou morriam, toda manhã e a noite, era só isso, que davam. A gente mesmo só variava no almoço ai era feijão, arroz, macarrão, carne como todo mundo. No meio da semana, minha tia nos chamou pra buscar água pra tomar banho no barreiro (Um buraco que os homens do campo cavavam para armazenar água da chuva e usar durante o resto do ano ou por um bom tempo, menor que um açude, destinado ao mesmo propósito), ai foi a gota d'água. No sitio também não tinha água encanada, esqueci de dizer. Fomos, cada um com a sua respectiva lata, com a alegria e a inocência da novidade. Andamos um pedaço considerável atrás do precioso liquido, no meio do caminho passamos por uma grande poça d’água suja, com uma camada de lodo por cima, esverdeada, espumando e um sapo boi boiado de papo por ar. Que nojo! Eca! Passei ao largo e prossegui pro barreiro. Quando, atrás de mim, ouvi a voz de minha tia chamando: - Eiiii!!! Vai prá onde?! – Pro barreiro, respondi. – Mas, é aqui!!! Disse, ela. – Ai?! Essa água suja com um sapo boiando?! Vou tomar bando com essa água?! – Sim. Tu bebe dela! Respondeu. Água limpa só a do teu avô que é um homem idoso, a gente bota um paninho, coa as folhas, galhos e depois bota no filtro. Só sei que no final da semana tava todo mundo desesperado, querendo voltar pra civilização. Meu avô na cadeira de balanço, vendo tudo, a aflição, nos chamou e deu o maior carão, dizendo: - O que vocês vieram fazer aqui?! Aqui é só trabalhar e dormir! Eu poderia até puxar eletricidade da cidade vizinha, mas não quero não. Vejo quando vou em Recife. Começa a novela e o mundo para, é aquela malandragem! Quero isso aqui não. Voltamos no outro dia, de manhã, num sábado. Só não entendo, tava lembrando disso um dia desses, porque não fizeram uma cacimba ao lado da casa, seria melhor, mais prático, água limpinha. Mas, tudo eram os hábitos, os costumes, a tradição.
(13.11.2016)